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Fonte de informação .
G1 globo.com
JORNAL NACIONAL
'Vamos agora deixar de historinha', diz promotor a Emílio Odebrecht
Durante o depoimento do dono da Odebrecht, o promotor de Justiça Sérgio Bruno Fernandes se referiu ao preço que o país paga pela corrupção.
Como uma reportagem do Jornal Nacional mostrou na quinta-feira (13), o dinheiro que os corruptores usam para corromper os corruptos é roubado do dinheiro que a sociedade paga em impostos.
Durante o depoimento do dono da Odebrecht, o promotor de Justiça Sérgio Bruno Fernandes se referiu ao preço que o país paga pela corrupção. Foi quando Emilio Odebrecht explicava o relacionamento da empresa com os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega.
Promotor: Isso era doação de campanha mesmo ou era um pedido para manter as portas abertas como o senhor já falou?
Emílio: Olha, eu não sei lhe informar. Nem que seja nem que não seja. Minha percepção é que tinham outras coisas. O que eu tiro é o lado pessoal. Conhecendo as figuras eu tiraria o lado pessoal. Mas, que sem dúvida nenhuma, devia ter outras coisas. Acho, eu seria leviano de querer afirmar uma coisa que eu não tenho como provar.
Promotor: Vou ser bem honesto com o senhor. Servidor público ele não pode pedir nada para ninguém. Essa história de doação de campanha é uma desculpa para se pedir propina e corrupção. Se um candidato quer pedir uma contribuição ele tem que pedir, a empresa vai lá no TSE e registra. O pior ainda é caixa 2 é pago em espécie em seis anos, todo mês, todo ano, todo tudo. Então, aí é engraçado que quando é campanha é para campanha, quando não tem campanha é para pagar a despesa da campanha. Isso é uma desculpa que é usada no dia a dia, mas aqui agora é hora de jogar limpo. Não é possível que R$ 300 milhões pagos em seis anos seja doação de campanha. Isso aqui, na nossa visão, é considerado propina e corrupção. O que a gente quer saber é na visão do senhor como colaborador.
Emílo: Como colaborador?
Promotor: Como colaborador. Porque quem eu sempre falo quem fez doação de campanha não precisa estar sentado aqui como colaborador. Quem fez doação de campanha está acobertado pela lei eleitoral. Não tem que colaborar. Qualquer servidor público que receba 1 real fora da lei e uma das leis que ampara esse tipo de recebimento é a lei eleitoral. O servidor que receba isso é crime de corrupção. Então o Palocci e o Mantega na qualidade de ministros, cada qual em sua época, ao solicitar um valor a qualquer pessoa, ao senhor, cometeu crime de corrupção.
São R$ 300 milhões que foram gastos sei lá com que ainda que fosse na campanha, com santinho, com tempo de televisão, com marqueteiro que podia ter sido construído escola, hospital e todo esse Brasil que o senhor sonha e quer ver esse dinheiro poderia estar lá. Então vamos agora deixar de historinha, de conto de fada e falar as coisas como elas são. Está na hora da gente dizer a verdade como a coisa suja é feita. Não é possível que um ministro da fazenda fique pedindo dinheiro todo mês para um empresário. Isso não é admissível. Por mais que a gente esteja acostumado com isso, não é o correto e o senhor sabe disso porque o senhor tem a visão dos EUA e da Europa como o senhor falou e lá eu te pergunto isso acontece?
Promotor: Isso era doação de campanha mesmo ou era um pedido para manter as portas abertas como o senhor já falou?
Emílio: Olha, eu não sei lhe informar. Nem que seja nem que não seja. Minha percepção é que tinham outras coisas. O que eu tiro é o lado pessoal. Conhecendo as figuras eu tiraria o lado pessoal. Mas, que sem dúvida nenhuma, devia ter outras coisas. Acho, eu seria leviano de querer afirmar uma coisa que eu não tenho como provar.
Promotor: Vou ser bem honesto com o senhor. Servidor público ele não pode pedir nada para ninguém. Essa história de doação de campanha é uma desculpa para se pedir propina e corrupção. Se um candidato quer pedir uma contribuição ele tem que pedir, a empresa vai lá no TSE e registra. O pior ainda é caixa 2 é pago em espécie em seis anos, todo mês, todo ano, todo tudo. Então, aí é engraçado que quando é campanha é para campanha, quando não tem campanha é para pagar a despesa da campanha. Isso é uma desculpa que é usada no dia a dia, mas aqui agora é hora de jogar limpo. Não é possível que R$ 300 milhões pagos em seis anos seja doação de campanha. Isso aqui, na nossa visão, é considerado propina e corrupção. O que a gente quer saber é na visão do senhor como colaborador.
Emílo: Como colaborador?
Promotor: Como colaborador. Porque quem eu sempre falo quem fez doação de campanha não precisa estar sentado aqui como colaborador. Quem fez doação de campanha está acobertado pela lei eleitoral. Não tem que colaborar. Qualquer servidor público que receba 1 real fora da lei e uma das leis que ampara esse tipo de recebimento é a lei eleitoral. O servidor que receba isso é crime de corrupção. Então o Palocci e o Mantega na qualidade de ministros, cada qual em sua época, ao solicitar um valor a qualquer pessoa, ao senhor, cometeu crime de corrupção.
São R$ 300 milhões que foram gastos sei lá com que ainda que fosse na campanha, com santinho, com tempo de televisão, com marqueteiro que podia ter sido construído escola, hospital e todo esse Brasil que o senhor sonha e quer ver esse dinheiro poderia estar lá. Então vamos agora deixar de historinha, de conto de fada e falar as coisas como elas são. Está na hora da gente dizer a verdade como a coisa suja é feita. Não é possível que um ministro da fazenda fique pedindo dinheiro todo mês para um empresário. Isso não é admissível. Por mais que a gente esteja acostumado com isso, não é o correto e o senhor sabe disso porque o senhor tem a visão dos EUA e da Europa como o senhor falou e lá eu te pergunto isso acontece?
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