Interlocutores do presidente Temer avaliaram nesta terça-feira que o debate preliminar entre ministros do TSE já sinaliza a posição dos integrantes da corte sobre questões centrais da ação Dilma-Temer.

Um dos exemplos foi a intervenção do ministro Napoleão Nunes Maia, que questionou se é válida a inclusão de testemunhas que não foram pedidas pelas partes.

Foi o ministro Herman Benjamin quem pediu para ouvir, em fevereiro, delatores da Odebrecht. Já a inclusão do casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura foi um pedido do Ministério Público, mas acolhido pela maioria do TSE em 4 de abril.
Disse Maia: 

 "Nunca imaginei que eu pudesse indicar ou testar uma testemunha que ninguém referiu. Eu estou sabendo que aquela pessoa detém informações que interessam o julgamento? Como eu sei?", questionou.

Para assessores de Temer, a fala do ministro sinaliza que ele não concorda com a inclusão destes depoimentos da Odebrecht -  na linha da estratégia de defesa e argumentos dos advogados de Dilma e de Temer.

Para assessores de Temer, a fala de Benjamin também sinaliza sua posição, mas, no caso do relator, o Planalto espera hoje um voto duro pela cassação da chapa.

Herman Benjamin disse, após a fala de Napoleão Maia, que as preliminares desta quarta estão "ligadas como irmãs siamesas ao mérito".