A Justiça espanhola emitiu uma ordem internacional de busca e captura contra o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira.
O ex-presidente da CBF é acusado de lavagem de dinheiro, que teria sido obtido através de comissões ilícitas na venda de amistosos da Seleção Brasileira. A ordem de busca e captura emitida na Espanha se baseia na acusação de que ele teria formado uma organização criminosa com o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, que está preso há quase dois meses na Espanha.
Segundo os investigadores, Rossell e Teixeira teriam dividido comissões de quase R$ 50 milhões.
O ex-presidente se mudou para os Estados Unidos depois de deixar a CBF, em 2012. Voltou a viver no Brasil em 2015. Como a Justiça brasileira não extradita seus cidadãos, Teixeira, por enquanto, não corre risco de ser preso por conta desse processo.
A Procuradoria-Geral da República ainda não foi oficialmente notificada da ordem de captura. Quando for, pode pedir os documentos do caso contra o acusado e avaliar se abre um processo contra ele no Brasil.
“O que a defesa quer é que ele seja intimado para então poder exercer a sua defesa nos autos e provar o que tiver que ser provado”, destaca Michel Asseff Filho, advogado de Ricardo Teixeira.
Tino Marcos: Ele garante a inocência?
Advogado: Sim. Pelo que está sendo publicado pela imprensa, sim, ele garante a inocência.
Ricardo Teixeira foi presidente da CBF por 23 anos. No final dos anos 90, ficou amigo de Sandro Rossell quando o espanhol era executivo da empresa de material esportivo que patrocina a Seleção Brasileira. Depois da Copa de 2002, Rossell deixou a multinacional e se tornou parceiro da CBF.
Nos Estados Unidos, Ricardo Teixeira já vinha sendo acusado também por lavagem de dinheiro e de receber milhões de dólares em propinas em troca de favorecimentos a empresas de marketing esportivo. Esse mesmo processo atingiu José Maria Marin, outro ex-presidente da CBF, que hoje cumpre prisão domiciliar em Nova York. O atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, também é acusado nesse processo.
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