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CGTEE: polícia faz buscas em Porto Alegre, Pelotas e Bagé
Mais de cem agentes da Delegacia Fazendária e do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), Polícia Civil, cumprem na manhã desta quarta-feira 20 mandados de busca em Alvorada, Bagé, Candiota, Pelotas e Porto Alegre.
A operação Antracito combate fraudes em licitações em contratos com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), subsidiária da Eletrobras. É a primeira ação ostensiva de uma investigação que se desenvolve desde 2012, quando as auditorias internas detectaram indícios de fraudes praticadas por um grupo de funcionários da estatal em licitações e compra de equipamentos para a Usina Candiota II.
Segundo a assessoria da CGTEE, o problema é localizado. Tudo indica que mesmo depois da denúncia e do início das investigações o grupo continuou agindo. O diretor Financeiro da CGTEE, Clovis Ilgenfritz, nega desvios.
Desde 2012, as auditorias de prestação de contas apontavam dispensas indevidas, fracionamento de despesas para fugir da licitação e emergencialidades que não se configuram como emergências.
A partir das apreensões, a CGU poderá verificar valores de contratos, o que, eventualmente, foi pago a mais, para então mensurar o tamanho do prejuízo.
A polícia também descobriu que empresas pagas por supostamente terem fornecido mercadorias para a usina sequer existiam ou ainda, que algumas, apesar de aparecerem em disputa como concorrentes, estavam registradas em um mesmo endereço. Foi apurado que um terço das compras realizadas por Candiota em 2013, por dispensa de licitação, tiveram como beneficiárias sempre as mesmas oito empresas.
Quanto ao superfaturamento, está registrado em depoimentos que um fornecedor chegou a comentar que quando o produto era para “a CGTEE, o preço subia 100%”.
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