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15/05/2017 07:54 horas .
Fonte de informação
ÉPOCA NEGÓCIOS .
Funaro volta a depor e pode ampliar pressão sobre Temer
Operador foi chamado para esclarecer questões sobre o primeiro interrogatório
14/06/2017 - 19H26 - ATUALIZADA ÀS 19H26 - POR AGÊNCIA O GLOBO
O operador Lúcio Bolonha Funaro está prestando um novo depoimento à Polícia Federal no inquérito para investigar o presidente Michel Temer e o ex-assessor Rocha Loures pelos crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução de justiça. Funaro foi chamado para esclarecer algumas questões relativas ao primeiro interrogatório a que foi submetido no último dia 2. O operador deverá ainda fornecer mais detalhes dos casos mencionados anteriormente. As revelações do operador podem aumentar complicar a situação de Temer e do ex-ministro Geddel Vieira Lima, entre outros.
No primeiro depoimento, Funaro acusou Geddel de fazer sondagens para saber se ele iria mesmo fazer acordo de delação premiada, como estava sendo ventilado pela imprensa. O ex-ministro, um dos principais aliados de Temer, teria ligado várias vezes para a mulher de Funaro em busca de informações sobre os planos do operador. Numa conversa com Temer, em 7 de março deste ano, o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, disse que estava pagando mesadas a Funaro e ao ex-deputado Eduardo Cunha para que os dois não fizessem delação. Temer teria dito, "tem que manter isso. Viu ?".
Funaro afirmou também que até ser demitido, Geddel era o principal interlocutor de Batista no governo. A questão é importante porque, ainda na conversa com Temer, Batista diz que, com Geddel fora de cena, precisaria de um novo interlocutor. Temer indica, então, Rocha Loures para tratar de "tudo" com o empresário. Dias depois, o ex-assessor sai a campo, trata de decisões e cargos estratégicos do governo com Batista. Num outro momento, é filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil de Ricardo Saud, operador da propina da JBS.
O dinheiro seria a primeira parcela de um suborno que, pelos cálculos da Policia Federal, bateria casa dos R$ 600 milhões ao longo de 25 anos. Segundo Saud, o dinheiro seria para Temer. As conversas e o recebimento do dinheiro resultaram na abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal e na prisão de Loures. No início Funaro se mostrava reticente em colaborar. Mas, há duas semanas, contratou o advogado Antonio Figueiredo Basto para negociar acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República.
Na semana passada, o advogado Bruno Espiñeira Lemos, coordenador da defesa de Funaro, disse que operador está decidido a colaborar com a Justiça.
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