quarta-feira, 14 de junho de 2017

Com falta de combustível em duas ambulâncias, transferência de bebê leva 15h em SC; menina morreu

ORDEM E PROGRESSO .

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Porto Alegre .
Rio Grande do Sul Brasil .
15/05/2017 07:54 horas .

Fonte de informação

Face Book.
Brasil no seu dia a dia .
No Brasil mais uma vida que se perde por falta de combustível mas dinheiro não falta para os corruptos .
Ate quando fala Brasil .
Família chegou a se oferecer para abastecer veículo no Norte do estado; caso será investigado pela Polícia Civil.
G1.GLOBO.COM
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G1 globo.com


Com falta de combustível em duas ambulâncias, transferência de bebê leva 15h em SC; menina morreu

Família chegou a se oferecer para abastecer veículo no Norte do estado; caso será investigado pela Polícia Civil.

Por falta de combustível em ambulância, transferência de bebê leva mais de 15 horas
Uma menina de 1 ano morreu por complicação de uma pneumonia em Joinville, no Norte catarinense, depois de levar mais de 15 horas para ser transferida de hospital. Segundo a família, houve falta de combustível em duas ambulâncias acionadas para transportar a criança, como mostrou o RBS Notícias desta quarta-feira (14).
Heloísa, que tinha acabado de completar um ano, havia sido internada no Hospital São Vicente de Paulo, de Mafra, na última quarta-feira (7). Na quinta-feira (8), o quadro piorou. A empresa responsável pelo Samu e a secretaria de estado da Saúde informaram que irão apurar o caso.

Falta de combustível

Como o hospital não tem UTI infantil, foi pedida a transferência dela para o Hospital Infantil de Joinville. A vaga foi confirmada, mas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município disse que faltava combustível.
"Eles alegaram dificuldade financeira para abastecimento das ambulâncias. Que era um problema que estava ocorrendo não só no município de Mafra, mas no estado", disse o coordenador de enfermagem de Mafra Ossimar Carlos Friedrich Filho, do hospital de Mafra, que acompanhou o caso.
"Todo o hospital se mobilizou em relação ao abastecimento para que pudesse ser feita a transferência, no entanto nos foi negado o abastecimento do veículo", afirmou.
A família também chegou a se oferecer para pagar combustível para a ambulância, mas diz que o Samu informou não poder aceitar. Uma alternativa era usar uma ambulância de Rio Negrinho, mas o Samu teria dito que não havia médico pra acompanhar a transferência. Enquanto aguardava o impasse, a menina piorou e precisou ser reestabilizada no hospital.
"Eles negaram pra gente, falaram que nenhum terceiro pode abastecer as amubâncias do Samu", contou o pai, Alexandro Ferreira da Silva Lisboa
Heloísa havia acabado de completar 1 ano (Foto: Arquivo Pessoal/Edilaine Mathias)Heloísa havia acabado de completar 1 ano (Foto: Arquivo Pessoal/Edilaine Mathias)
Heloísa havia acabado de completar 1 ano (Foto: Arquivo Pessoal/Edilaine Mathias)
Também foi feito contato com helicóptero da Polícia Militar de Joinville, mas o mau tempo não permitia o voo. A menina só deixou o hospital às 12h de quinta, em uma ambulância de Canoinhas , mas só havia combustível suficiente para ir até Rio Negrinho. De lá, uma terceira ambulância, de Jaraguá do Sul levou a menina até Joinville.
Com isso, a criança chegou ao hospital cerca 15 horas depois do pedido de transferência. Ela foi internada, mas sofreu a terceira parada cardíaca ao meio-dia de sábado (10) e não resistiu.

Chances menores

"Quem estava fora, Samu, discutindo a ambulância, discutia como se fosse um frete, como se fossesó a gasolina, quem ia abastecer, quem não ia abastecer. Em nenhum momento pensaram a situação dela situação dela : ela pode esperar, ela tem que ir agora ou pode esperar", disse a mãe da menina Edilaine Mathias.
Como mostrou a reportagem, não é possível determinar se Heloísa teria sobrevivido se tivesse sido transferida antes, mas o coordenador de enfermagem de Mafra, que acompanhou o caso, diz que as chances caíram muito com a demora.
"Obviamente, transferir um paciente fora de uma condição de emergência fica muito mais fácil do que fazer a transferência de um paciente com entubação e medicações para controlar funções vitais", diz Ossimar Carlos Friedrich Filho.

Investigação

Os pais registraram boletim de ocorrência e o caso será investigado pela Polícia Civil. "Foi instaurado inquérito policial para investigar os fatos, verificar se houve alguma falha de cunho administrativo, operacional ou clínico-médico. E se essa falha, se é é que houve, pode consubstanciar um crime ", diz o delegado Nelson Vidal.
A SPDM, empresa que administra o Samu em Santa Catarina, disse que vai se manifestar depois da apuração dos fatos. A secretaria de Estado da Saúde também disse que vai investigar o que aconteceu. O governo admite que tem débitos com a SPDM, mas que na semana passada depositou R$ 1,5 milhão reais para a empresa.
O Ministério Público também vai abrir um procedimento pra investigar.

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