terça-feira, 27 de março de 2018

Dono de laboratório suspeito de fazer exames no ‘olhômetro’ admite que ensinou faxineira a coletar sangue, em Goiânia

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Marco Marques .
Bom dia para todos os amigos .
Estou de volta temporiamente em respeito a todos os amigos .
POA RS Brasil 27/03/2018


Fonte de informação .

G1 globo.com

Dono de laboratório suspeito de fazer exames no ‘olhômetro’ admite que ensinou faxineira a coletar sangue, em Goiânia

Segundo ele, empregada tinha 'sonho' de fazer procedimento: 'Ela nos auxiliava'. Suspeitos de fraude, proprietário e biomédico chegaram a ser presos, mas acabaram soltos; local está interditado.

Por Sílvio Túlio, G1 GO
 
Dono de laboratório suspeito fraudes admite que ensinou faxineira a coletar sangue
O farmacêutico e bioquímico Selim Jorge, suspeito de fraudar resultados de exames autorizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Laboratório Previa, de sua propriedade, admitiu que treinou uma faxineira para coletar sangue na unidade, em Goiânia. Ele, que é acusado de fazer os testes no "olhômetro", sem auxílio de máquinas, além do biomédico Edson Yukazu Ozawa chegaram a ser presos em flagrante, mas acabaram soltos após passarem por audiência de custódia. O estabelecimento está interditado.
"Essa senhora disse-me que era um sonho dela, que ela queria fazer técnica em enfermagem, pediu para aprender. Sabe onde o pessoal quando eu ensino aprende? A primeira agulhada é em mim. As outras agulhas são entre os colegas. Quer dizer, ela nos auxiliava”, afirmou Selim.
A empregada em questão, já havia confirmado a situação ao G1 na última quinta-feira (22), dia em que Selim e Edson foram detidos em flagrante. No entanto, a faxineira, que preferiu não se identificar, alegou que tinha apenas o ensino médio e que fez o procedimento a pedido do patrão.
"Uma vez ele pediu para eu fazer a coleta, ajudar o Edson. Cheguei a fazer a coleta umas três vezes, mas quando a vigilância sanitária esteve lá no mês passado, falei para ele que não ia mais fazer e pedi demissão. Estou de aviso", argumentou.
Conselheira do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), Marília Cordeiro condenou a atitude do dono do laboratório. Ela afirmou que este e vários outros tipos de procedimentos só devem ser realizados por profissionais habilitados.
Selim e Edson chegaram a ser presos, mas acabaram soltos (Foto: Silvio Túlio/G1)Selim e Edson chegaram a ser presos, mas acabaram soltos (Foto: Silvio Túlio/G1)
Selim e Edson chegaram a ser presos, mas acabaram soltos (Foto: Silvio Túlio/G1)
"Apesar de parecer um procedimento muito simples, a coleta de sangue venoso é um procedimento invasivo Ela requer habilitação e capacitação de profissionais para sua realização. Podemos citar o técnico de laboratório, o biomédico, o técnico em enfermagem, o enfermeiro. São profissionais que devem ter um conhecimento teórico associado a pratica", destaca.
Marília considera a situação "absurda" e pontua que, se a coleta for feita de forma incorreta, pode acarretar danos à saúde do paciente.
"Pode ter um simples hematoma a uma perfuração de artéria, uma lesão de nervo, um processo infeccioso. Não é um procedimento tão simples. Sem conta que o próprio material pode ser comprometido no ato de uma coleta errada, o que vai atrasar o diagnóstico desse paciente", explica.
G1 entrou em contato com o Ministério da Saúde questionando sobre a situação do credenciamento do laboratório junto ao SUS e aguarda retorno.
Laboratório localizado no Setor Aeroporto está interditado por tempo indeterminado (Foto: Sílvio Túlio/ G1)Laboratório localizado no Setor Aeroporto está interditado por tempo indeterminado (Foto: Sílvio Túlio/ G1)
Laboratório localizado no Setor Aeroporto está interditado por tempo indeterminado (Foto: Sílvio Túlio/ G1)

Outras irregularidades

Durante a inspeção que interditou o laboratório, situado no Setor Aeroporto, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária apontaram várias outras irregularidades.
Uma delas foi o acondicionamento de amostras de sangue e urina em uma geladeira junto com alimentos como mandioca e linguiça (veja vídeo abaixo). Além disso, no local também havia reagentes vencidos há 14 anos. Seringas e agulhas estavam misturada à fezes de rato. Além disso,
Selim é acusado de não fazer os exames em equipamentos técnicos. Ele se defendeu das acusações.
"O bom técnico é o melhor padrão de serviço. É por isso que gosto eu mesmo ou o doutor Édson [biomédico] de fazer os exames. Um aparelho não vê isso”.
Sobre os reagentes vencidos, ele tentou justificar. “Se passar um kit desses na geladeira, um ou outro, na hora de utilizar para fazer o exame é conferido. Se está vencido, não se usa. Mesmo porque não funciona”, disse.
Vídeo mostra material coletado em laboratório guardado junto com alimentos, em Goiânia

Investigação

Selim e Edson foram soltos na última sexta-feira (23), um dia após a prisão, durante audiência de custodia. Apesar disso, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), o laboratório segue interditado por tempo indeterminado até que sejam cumpridas as exigências sanitárias.
O delegado responsável pelo caso, Izaias Pinheiro, afirmou que não é possível mensurar quantas pessoas foram prejudicadas pela ação dos suspeitos. Ele indica que os clientes refaçam os exames.
"O conselho que a gente dá é que as pessoas que nos últimos tempos passaram por aquele laboratório que procure um médico para fazer tudo de novo. Porque não é confiável aqueles resultados que ele apresentou”, destaca.
Pinheiro contou que tem 30 dias para concluir o inquérito e que possui elementos para indiciar os dois.
O advogado de defesa dos presos, Breno de Freitas Kechichian, disse por telefone ao G1 que as acusações contra os clientes dele são "frágeis".
 
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