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FONTE DE INFORMAÇÃO G1 POLITICA LAVA JATO ...
26/11/2015 10h36 - Atualizado em 26/11/2015 16h06
Teori autoriza inclusão de advogado de Cerveró em lista da Interpol
Édson Ribeiro, que defendeu Cerveró, teve prisão decretada nesta quarta.
Ele foi para os EUA, e a inclusão na Interpol é requisito para a prisão.
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou a inclusão do nome do advogado Edson Ribeiro, que defendia o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, na difusão vermelha da Interpol. A decisão foi tomada na noite de quarta (24) e foi remetida agora pela manhã para autoridades policiais.
Ribeiro chegou a ser localizado nos Estados Unidos na quarta, mas não foi detido porque era aguardada a decisão do Supremo sobre a inclusão do nome na lista da Interpol.
Segundo informações do Supremo, com a decisão do ministro, a ordem de prisão deverá ser cumprida em breve.
Edson Ribeiro é suspeito de ter atuado para ajudar o senador Delcidio do Amaral, líder do governo no Senado, a tentar prejudicar acordo de delação premiada entre Cerveró e o Ministério Público. Ou, caso o acordo fosse firmado, impedir que o ex-diretor citasse o nome do parlamentar e do empresário André Esteves, que foram presos nesta terça.
A Polícia Federal (PF) sabe em qual cidade dos Estados Unidos está o advogado, mas não revela para não atrapalhar na prisão. O visto dele foi cancelado.
Relatório da PGR
Em diversos trechos, o relatório da PGR que pediu a prisão do senador, do banqueiro e do advogado aponta supostas tentativas de Delcídio de “embaraçar as investigações”. Fala em “atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e “tentativa de interferência política em investigações judiciais”.
Em diversos trechos, o relatório da PGR que pediu a prisão do senador, do banqueiro e do advogado aponta supostas tentativas de Delcídio de “embaraçar as investigações”. Fala em “atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e “tentativa de interferência política em investigações judiciais”.
A PGR afirma que os R$ 50 mil mensais prometidos a Nestor Cerveró seriam repassados à família do ex-diretor mediante um “acordo dissimulado” entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.
Ainda conforme o relatório da PGR, parte dos valores prometidos a Cerveró seria repassada a partir de honorários advocatícios pagos por André Esteves, ao advogado Edson Ribeiro.
O senador Delcídio do Amaral também teria prometido a Ribeiro, segundo o documento da PGR, mais R$ 4 milhões em honorários advocatícios.
O relatório foi baseado em gravações realizadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, de duas reuniões recentes – realizadas nos dias 4 e 19 de novembro – com a participação de Delcídio Amaral e André Esteves.
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