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Manifestantes contra e pró-Lula entram em confronto no Aeroporto de Congonhas
Protestantes entoavam "Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e o tradicional "Olê Olê Olá, Lula, Lula"
04/03/2016 - 14H27 - POR ESTADÃO CONTEÚDO
Um grupo de aproximadamente 200 manifestantes favoráveis ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de chegar ao Pavilhão de Autoridades, onde Lula teria prestado depoimento à Polícia Federal. Na chegada ao local, os manifestantes entraram em confronto com um pequeno grupo de manifestantes contrários ao ex-presidente e rasgaram cartazes e bonecos plásticos de Lula. Algumas pessoas se machucaram no tumulto.
O grupo ocupou a frente do Pavilhão de Autoridades com cantos pró-Lula como "Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e o tradicional "Olê Olê Olá, Lula, Lula".
De dentro do edifício onde estaria Lula alguns apoiadores do petista acompanhavam os gritos dos manifestantes, entre eles o ex-ministro e atual deputado federal Orlando Silva.
Em três horas de depoimento, Lula é questionado sobre imóveis e palestras
"Foi tranquilo, ele não deve nada", disse deputado federal Paulo Teixeira, que assistiu parte do depoimento
04/03/2016 - 14H19 - ATUALIZADA ÀS 14H31 - POR AGÊNCIA BRASIL
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depôs nesta sexta-feira (4) por cerca de três horas no escritório da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, zona sul paulistana. Segundo o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), as declarações foram prestadas para dois procuradores na presença de três advogados, entre eles Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins.
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De acordo com o deputado, foram abordados diversos assuntos, como as palestras que o ex-presidente concedeu após deixar o Palácio do Planalto e a ligação com um sítio em Atibaia, interior paulista. Também foram alvo de questionamentos, segundo Teixeira, a relação de Lula com o apartamento tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e os bens que Lula recebeu nos dois mandatos na presidência do país, que devem ser mantidos por ele como acervo histórico. “[O depoimento] foi tranquilo em relação ao fato de que ele não deve nada, não tem nenhum problema de ordem jurídica”, destacou o parlamentar.
Lula, no entanto, protestou contra a forma com que foi levado para dar esclarecimentos. O ex-presidente foi trazido de sua casa, em São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, sob um mandado de condução coercitiva. “Ele registrou que já atendeu a inúmeras intimações da Polícia Federal e do Ministério Público, que passam de dez, e, portanto, não precisava dessa violência”, contou Teixeira.
“Essa operação hoje não tinha sentido jurídico. Bastasse um ofício, que ele compareceria. Ele já compareceu na Polícia Federal, no Ministério Público Federal, inúmeras vezes”, acrescentou o deputado em crítica à operação de hoje.
Em frente ao local onde Lula prestava depoimento, houve confusão após a chegada de um grupo de militantes do PT e da Central de Movimentos Populares que trocaram agressões e ofensas com os manifestantes que criticavam o ex-presidente. Também houve tumulto no saguão do aeroporto. Além de xingamentos e agressões verbais, houve empurrões e bandeiradas. Ninguém ficou ferido. Depois da confusão, a Polícia Militar passou a tentar evitar o encontro dos grupos contrários.
Além da condução coercitiva, foram expedidos mandados de busca em diversos endereços do ex-presidente, como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o procurador da República, Carlos Fernando Lima, Lula recebeu pagamentos, seja em dinheiro, presentes ou benfeitorias em imóveis das maiores empreiteiras investigadas na operação policial. De acordo com o procurador, foram cerca de R$ 20 milhões em doações para o Instituto Lula e cerca de R$ 10 milhões em palestras de empresas que também financiaram benfeitorias de um sítio em Atibaia e de um tríplex no Guarujá.
Entenda por que Lula foi levado para depor pela PF
Lula não é oficialmente réu em nenhum processo judicial, mas é investigado por ter obtido vantagens indevidas que beneficiaram sua família e seu partido
04/03/2016 - 14H34 - ATUALIZADA ÀS 14H37 - POR AGÊNCIA ANSA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (4), para dar depoimento em meio às investigações da Operação Lava Jato, que apura denúncias de esquema de corrupção dentro da Petrobras.
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Ele recebeu mandado de condução coercitiva, apesar de militantes petistas o chamarem de "preso político", e foi libertado após a colaboração.
Lula não é oficialmente réu em nenhum processo judicial, mas é investigado por ter obtido vantagens indevidas que beneficiaram sua família e seu partido. Ele teria recebido dinheiro do pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigo, que já foi preso, e de empreiteiras investigadas pela PF, como OAS e Odebrechet. As empresas teriam feito o pagamento por meio de doações ao Instituto Lula.
Segundo o procurador do Ministério Público (MP) Carlos Fernando dos Santos Lima, 60% das doações destinadas ao Instituto Lula estão ligadas às cinco maiores empreiteiras investigadas no âmbito da Lava Jato. Ainda de acordo com ele, essas mesmas empresas pagaram cerca de 57% das palestras dadas pelo ex-líder.
Além disso, um tríplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, que teriam sido reformados pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, investigadas na Operação Lava Jato, seria usufruídos por Lula e sua família. Segundo procuradores,"a suspeita é de que a reforma e os móveis constituem propinas decorrentes do favorecimento ilícito da OAS no esquema da Petrobras".
Em coletiva de imprensa, Santos Lima disse que o conjunto de indícios contra Lula é "bastante significativo". Ele, no entanto, afirmou que, até o momento, "as investigações não são conclusivas ao ponto de pedir a prisão". Em nota publicada na última noite pelo Instituto Lula, representantes afirmaram que "o ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, antes, durante ou depois de seu governo, seja em relação aos fatos investigados pela Operação Lava Jato ou quaisquer outros citados pela revista".
A nova etapa da operação, batizada de "Aletheia", que vem do termo grego "busca pela verdade", não tem relação com a suposta delação de Delcídio do Amaral publicada recentemente pela revista "IstoÉ". Segundo a revista, o senador fez um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Nela, o petista teria dito que Dilma Rousseff e o ex-presidente tentaram interferir nas investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobras e que os dois sabiam do esquema na estatal. Na tarde de ontem, no entanto, a equipe do parlamentar divulgou uma nota dizendo que não confirma a autenticidade dos documentos citados pela revista.
Investigações podem colocar em risco o desejo do ex-mandatário de autoridades do PT de concorrer novamente à Presidência em 2018.
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