sábado, 26 de maio de 2018

Colômbia escolhe substituto de Juan Manuel Santos neste domingo

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Fonte de informação .

G1 globo.com

MUNDO

Colômbia escolhe substituto de Juan Manuel Santos neste domingo

Pesquisas apontam vitória do candidato de direita, Iván Duque, com previsão de segundo turno com o esquerdista Gustavo Petro.

Por G1
 
Os colombianos votarão neste domingo (27) para escolher seu novo presidente, que irá substituir Juan Manuel Santos. As pesquisas indicam vantagem do candidato da direita, mas com a necessidade de um segundo turno. A diminuição da desigualdade, o combate ao narcotráfico, as paz com grupos armados e o controle das fronteiras estão entre os principais desafios do novo presidente da Colômbia.
O ambiente político no país está polarizado. De um lado, a direita está representada pelo “uribista” Iván Duque, à frente nas pesquisas. De outro, a esquerda tenta eleger o ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.
Outros três candidatos são: Sergio Fajardo, ex-prefeito de Medellín (centro); German Vargas, ex-vice-presidente (centro); e Humberto De La Calle, ex-negociador de paz com as Farc (centro-esquerda).
Nenhum deles parece ter a capacidade de superar os 50% dos votos necessários para vencer no primeiro turno. Nesse caso, eles teriam que se enfrentar em um segundo turno em 17 de junho.
Segundo a última pesquisa empresa Invamer, divulgada em 19 de maio, Duque tem uma vantagem de 12 pontos percentuais sobre Petro, a quem derrotaria em um segundo turno. O candidato do ex-presidente Uribe aparece com 41,5% das intenções de voto, enquanto Petro sai com 29,5%. Os outros candidatos são Sergio Fajardo (16,3%), Germán Vargas Lleras (6,6%) e Humberto De La Calle (1,9%).
A votação será realizada das 8h às 16h do horário local (10h e 18h, pelo horário de Brasília. Os colombianos no exterior já estão votando desde a última segunda-feira (21).
Pela primeira vez na história do país, segundo a agência Efe, quatro mulheres são candidatas a vice-presidente e têm a possiblidade real de alcançar o cargo.
As eleições primárias de março, em que foram definidos os candidatos presidenciais, foram marcadas por um problema na distribuição dos cartões eleitorais e denúncias de falta de transparência.

Veja quem são os candidatos:

Iván Duque (Centro Democrático)
Advogado com mestrado em direito internacional e administração pública. Foi senador entre 2014 e 2018. É apadrinhado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Uma das vozes mais fortes da oposição pelo “Não” no plebiscito para referendar o acordo de paz com as Farc. Vice: Marta Lucía Ramírez.
Gustavo Petro (Colômbia Humana)
Economista com especialização em administração pública. Foi prefeito de Bogotá entre 2012 e 2015 e senador entre 2006 e 2010. Antes, atuou como guerrilheiro do M-19 (Movimento 19 de abril), que em 1985 ocupou o Palácio da Justiça para pressionar o então presidente, Belisario Betancur, provocando uma violenta resposta do Exército que deixou 100 mortos. Vice: Ángela Robledo.
Sergio Fajardo (Coalizão Colômbia)
Matemático que ocupou os cargos de prefeito de Medellín de 2004 a 2007 e governador de Antioquia entre 2012 e 2015. Vice: Claudia López.
Germán Vargas Lleras (Mejor Vargas Lleras)
Advogado que ocupou o cargo de presidente do Congresso durante o governo de Álvaro Uribe, entre 2003 e 2004, e no governo de Manuel Santos foi ministro do Interior (2010-2012) e Ministro da Habitação (2012-2013). É neto do ex-presidente Carlos Lleras Restrepo (1996-1970). Vice: Juan Carlos Pinzón.
Humberto De La Calle (Partido Liberal)
Advogado com carreira política e diplomática. Foi embaixador da Colômbia na Espanha (1996) e no Reino Unido (1998-2001). Também ocupou os cargos de vice-presidente (1994-1996) e ministro do Interior (2000-2001). Foi o negociador-chefe do governo no processo de paz com as Farc, entre 2012 e 2016. Vice: Clara López.

Veja a seguir os principais desafios que o novo presidente deve enfrentar:

  • Economia e desigualdade
O novo presidente colombiano terá entre suas principais tarefas manter o ritmo da economia e diminuir a desigualdade social. Rica em minerais, biodiversidade e pedras preciosas, a Colômbia é também um dos países mais desiguais do continente, superada apenas pelo Haiti e por Honduras.
A pobreza afeta 17% dos 49 milhões de habitantes, com picos de 36,6% nas regiões mais isoladas, particularmente nas áreas rurais, segundo dados oficiais.
  • Paz com guerrilhas
Analistas apontam que a escolha do novo presidente terá um grande peso na implementação e manutenção do acordo de paz com a ex-guerrilha Farc, assinado em 2016. Nascido em 1964 de uma insurreição camponesa que exigia uma maior distribuição de terras, o grupo rebelde chegou a ser o mais poderoso do continente e se desarmou no ano passado, tornando-se um partido político.
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Rodrigo Londoño, chefe das Farc, se cumprimentam após assinar o acordo de Paz em Cartagena, em 2016 (Foto: Fernando Vergara/AP)Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Rodrigo Londoño, chefe das Farc, se cumprimentam após assinar o acordo de Paz em Cartagena, em 2016 (Foto: Fernando Vergara/AP)
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Rodrigo Londoño, chefe das Farc, se cumprimentam após assinar o acordo de Paz em Cartagena, em 2016 (Foto: Fernando Vergara/AP)
Manuel Santos venceu o Nobel da Paz naquele ano pelo acordo histórico, que colocou fim a um conflito que durou mais de 50 anos no país.
O partido Farc estreou nas eleições legislativas de março, quando obteve 0,5% do total dos votos parlamentares, embora o pacto lhes garanta 5 cadeiras no Senado e 5 na Câmara.
"O novo presidente da Colômbia enfrentará a decisão de implementar ou não o acordo", disse à AFP Cristian Rojas, diretor do Programa de Ciência Política da Universidade de La Sabana. Contudo, os pontos estruturais do pacto dificilmente poderão ser alterados.
Iván Duque, que aparece com vantagem nas pesquisas, é um crítico ferrenho do processo e promete reformar o acordo. Seu partido considera que ele garante "impunidade" aos responsáveis por crimes graves. Primeiro, o grupo tinha falado de "rasgar" o pacto, mas depois sugeriu reformá-lo. Já Petro diz que vai respeitar o acordo, mas defende reformas sociais para a garantia da paz.
O novo presidente eleito também deverá levar adiante as negociações de paz com a ELN reconhecido pelo governo como o último grupo rebelde. As conversas com a guerrilha estavam suspensas desde janeiro, após uma série de atentados atribuídos ao grupo, mas foram retomadas em maio, desta vez em Cuba e não mais no Equador.
  • Imigrantes venezuelanos
A Colômbia é, junto com o Brasil, um dos países que mais recebe venezuelanos que fogem da profunda crise econômica que atinge o país governado por Nicolás Maduro.
Segundo o governo, nos últimos dois anos, chegaram 762 mil venezuelanos, e 518 mil deles pretendem se instalar na Colômbia.
 Venezuelanos mostram documentos ao cruzar fronteira com Colômbia  (Foto: George Castellanos/AFP) Venezuelanos mostram documentos ao cruzar fronteira com Colômbia  (Foto: George Castellanos/AFP)
Venezuelanos mostram documentos ao cruzar fronteira com Colômbia (Foto: George Castellanos/AFP)
O novo fluxo de imigrantes é inédito no país, que durante décadas viu sua própria população migrar para outras nações. O conflito armado na Colômbia gerou 311 mil refugiados ou solicitantes de refúgio no exterior.
Segundo o economista Jorge Restrepo, professor da Pontifícia Universidade Javeriana, em Bogotá, que deu entrevista à BBC Mundo, os aspirantes a suceder Juan Manuel Santos estão sendo cobrados fortemente por uma postura diante da situação da Venezuela e, em geral, todos têm adotado um discurso de solidariedade.
  • Fronteiras e narcotráfico
O controle das fronteiras é mais um desafio ao novo governante. Após a assinatura do acordo de paz com as Farc, ganhou força o tráfico de drogas e a disputa de seus territórios chave por grupos rebeldes.
Desde os anos 80, a Colômbia está no radar mundial do narcotráfico. O país continua a ser o maior produtor mundial de cocaína, um mercado arduamente disputado pelos dissidentes das Farc, por gangues criminosas e pelo ELN.
Foto de arquivo mostra integrantes da guerrilha (ELN) em um campo de treinamento às margens do rio San Juan, na Colômbia (Foto: Luis Robayo/AFP/Arquivo)Foto de arquivo mostra integrantes da guerrilha (ELN) em um campo de treinamento às margens do rio San Juan, na Colômbia (Foto: Luis Robayo/AFP/Arquivo)
Foto de arquivo mostra integrantes da guerrilha (ELN) em um campo de treinamento às margens do rio San Juan, na Colômbia (Foto: Luis Robayo/AFP/Arquivo)
Quando as Farc se dissolveram, o Estado não ocupou imediatamente as zonas deixadas pelos rebeldes. "O tráfico de drogas irrompe no pós-conflito (com as Farc) quase de forma inesperada", e as "fronteiras voltam a ganhar importância porque são retaguardas", diz à agência France Presse o general reformado Jairo Delgado, analista e ex-chefe policial de Inteligência.
Na fronteira com a Venezuela há contrabando de mercadorias e de gasolina subsidiada do país vizinho, substância usada na fabricação de cocaína. Até 2016, no lado colombiano, concentravam-se 15% dos 146 mil hectares de folhas de coca plantados na Colômbia. Pela Venezuela, saem toneladas de cocaína para Europa e África, concordam especialistas e autoridades ouvidos pela agência France Presse.
Na fronteira com o Equador, se assentam populações historicamente abandonadas pelos Estados. A maioria é formada por negros, indígenas e colonos. Este ano, o sequestro e assassinato de uma equipe de repórteres de Quito, em um ponto limítrofe, expôs o poder da máfia que atua no local. Segundo militares, a máfia mexicana estaria por trás dos dissidentes das Farc que mataram os três equatorianos, capturaram outros dois e atacaram a força pública do Equador.
  • Corrupção
A Colômbia ocupa o 96º lugar no ranking de percepção de corrupção da organização Transparência International, que avalia 180 países.
Além das irregularidades na entrega de licitações públicas, o país também foi abalado pelo esquema de corrupção da empreiteira brasileira Odebrecht. A empresa reconheceu ter entregado US$ 11,1 milhões em propinas na Colômbia. Já a Promotoria avalia esse valor em mais de US$ 27,7 milhões.
Nas eleições, "também há um clima de descontentamento com a classe política, com muitos problemas de corrupção nos últimos dois anos", disse à AFP Yann Basset, diretor do Observatório de Representação Política da Universidade do Rosario.
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