domingo, 24 de fevereiro de 2019

'Vocês não devem lealdade a quem queima comida', diz Juan Guaidó a militares da Venezuela

ORDEM E PROGRESSO SEMPRE NO BRASIL .

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Fonte de informação .

G1 globo.com


LIBERDADE PARA OS VENEZUELANOS JÁ .

FORA DITADOR MADURO .

MUNDO
Por G1
 

Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, discursa em coletiva de imprensa após acirramento da crise nas fronteiras venezuelanas — Foto: Luisa Gonzalez/ReutersJuan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, discursa em coletiva de imprensa após acirramento da crise nas fronteiras venezuelanas — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, discursa em coletiva de imprensa após acirramento da crise nas fronteiras venezuelanas — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, insistiu que os militares venezuelanos deixem de obedecer ao regime de Nicolás Maduro. "Vocês não devem lealdade a quem queima comida na frente de famintos", afirmou o líder oposicionista em discurso em Cúcuta (Colômbia) neste sábado (23).
"[Os militares] não devem nenhum tipo de obediência a quem, com sadismo, decide que não entre ajuda humanitária para o país", afirmou Guaidó, que é presidente do Parlamento venezuelano.
O opositor de Maduro também anunciou que participará na segunda-feira (26) da reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, "para discutir possíveis ações diplomáticas" contra Maduro. O grupo reúne 13 países, inclusive o Brasil, que não reconhecem o governo de Maduro.
vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, representarão o país no encontro. Os outros países do Grupo de Lima são: Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.
Mulher protesta as forças de segurança em Ureña, Venezuela, neste sábado (23), na fronteira com a Colômbia. — Foto: REUTERS/Andres Martinez CasaresMulher protesta as forças de segurança em Ureña, Venezuela, neste sábado (23), na fronteira com a Colômbia. — Foto: REUTERS/Andres Martinez Casares
Mulher protesta as forças de segurança em Ureña, Venezuela, neste sábado (23), na fronteira com a Colômbia. — Foto: REUTERS/Andres Martinez Casares
Mais tarde, o presidente do Parlamento escreveu no Twitter que "os eventos de hoje me forçam a tomar uma decisão: a formalmente propor à comunidade internacional que nós precisamos ter todas as opções em aberto para assegurar a liberdade do nosso país, que luta e continuará lutando".
Segundo o líder da oposição, o regime de Maduro "celebra um massacre da nossa gente, em que hospitais venezuelanos não recebem ajuda". "Celebram a morte de mais venezuelanos", acusou Guaidó.
"Perguntem para seus familiares se precisamos de comida e de remédio. Perguntem. Ele [Maduro] é o assassino", afirmou.
O autodeclarado presidente interino também pediu esforços para "conseguir liberdade para a Venezuela". "Pedimos que mantenham todas as cartas na mesa".
"Hoje o mundo viu a pior cara da Venezuela."
montagem com fotos de Nicolás Maduro e Juan Guaidó — Foto: Yuri Cortez/AFPmontagem com fotos de Nicolás Maduro e Juan Guaidó — Foto: Yuri Cortez/AFP
montagem com fotos de Nicolás Maduro e Juan Guaidó — Foto: Yuri Cortez/AFP

Reação internacional

Minutos antes, o presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou que o regime de Maduro teve neste sábado "a sua derrota moral".
"A ditadura venezuelana pode apelar para violência para evitar ajuda, mas teve hoje sua derrota moral, sua derrota diplomática", afirmou.
O presidente colombiano foi um dos primeiros a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela. No discurso desta noite, Duque disse pediu que "o mundo diga 'basta!' à ditadura venezuelana.
"O mundo pode ver como hoje queimaram alimentos e medicamentos, que foram incinerados e que poderiam, seguramente, ter salvado vidas na Venezuela", disse o presidente da Colômbia.
O presidente da Colômbia, Ivan Duque, fez discurso na manhã deste sábado (23), na fronteira entre o país e a Venezuela. — Foto: Reprodução/GloboNewsO presidente da Colômbia, Ivan Duque, fez discurso na manhã deste sábado (23), na fronteira entre o país e a Venezuela. — Foto: Reprodução/GloboNews
O presidente da Colômbia, Ivan Duque, fez discurso na manhã deste sábado (23), na fronteira entre o país e a Venezuela. — Foto: Reprodução/GloboNews
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, condenou a violência do governo Maduro e prometeu "tomar medidas" para apoiar a democracia no país. "Os Estados Unidos condenam os ataques a civis na Venezuela, realizados pelos assassinos de Maduro", escreveu Pompeo no Twitter.
"Os Estados Unidos tomarão medidas contra aqueles que se opõem ao restabelecimento pacífico da democracia na Venezuela. Agora é o momento de agir para apoiar as necessidades do desesperado povo venezuelano", afirmou o chanceler americano.
governo brasileiro condenou "os atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro", chamou o governo de Maduro de "criminoso" e apelou à comunidade internacional para "somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela".
"O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro", afirma nota divulgada pelo Itamaraty na madrugada deste domingo.
O governo brasileiro diz que os ataques são "um brutal atentado aos direitos humanos" e que "nenhuma nação pode calar-se". "O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela", afirma o governo brasileiro.
Caminhão que transportava ajuda humanitária para a Venezuela foi incendiado em Cúcuta — Foto: Marco Bello/ReutersCaminhão que transportava ajuda humanitária para a Venezuela foi incendiado em Cúcuta — Foto: Marco Bello/Reuters
Caminhão que transportava ajuda humanitária para a Venezuela foi incendiado em Cúcuta — Foto: Marco Bello/Reuters
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que "a comunidade internacional deve ser dura, atendendo aos direitos interamericanos e ao direito internacional".
Almagro chamou o governo de Maduro de "usurpador" e que as ações que impediram entrada de ajuda humanitária à Venezuela são "inadmissíveis".
"Matar pessoas que levavam alimentos e remédios é uma baixeza ética. É um regime que comemora a vitória por assassinar seu povo", repudiou Almagro.

Resumo dos confrontos sábado (23)

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