sexta-feira, 27 de maio de 2016

Menino de oito anos morre por falta de tratamento de câncer na Venezuela

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FONTE DE INFORMAÇÃO ...

G1globo.com





Edição do dia 26/05/2016
27/05/2016 00h50 - Atualizado em 27/05/2016 00h58

Menino de oito anos morre por falta de tratamento de câncer na Venezuela

O pequeno Oliver Sanchez, de apenas oito anos e vindo de família 
humilde, morreu depois de seis meses de luta contra uma leucemia.

José Roberto Burnier / Thiago CapelleMamporal, Venezuela
Na Venezuela, um menino de oito anos morreu por falta de tratamento para o câncer. Ele ficou conhecido por protestar contra o caos na saúde pública, reflexo mais grave da crise econômica que o país enfrenta, como mostram os enviados especiais José Roberto Burnier e Thiago Capelle.
Para muitos venezuanos quinta (26) foi dia de luto. O pequeno Oliver Sanchez, de apenas oito anos, morreu depois de seis meses de luta contra uma leucemia. De família humilde do interior, o menino virou símbolo dos protestos contra o caos na área da saúde pública do país e protestou contra o governo de Nicolás Maduro com um cartaz "Quero curar-me. Paz e saúde".
O Oliver foi velado no município de Mamporal, que fica a 120 km de Caracas. A equipe de reportagem não entrou porque a família não permitiu, mas evidentemente há um clima de muita comoção porque esse menino lutou muito para tentar vencer o câncer e, por falta de medicamento, acabou falecendo.
Uma amiga da familia conta que os pais de Oliver percorreram varios hospitais atrás de quimioterapia. Quando encontraram, já era tarde demais. O menino morreu de infecção generalizada por falta de antibióticos.
"Hoje foi o Oliver, amanhã pode ser outro, pode ser qualquer um de nós", diz uma amiga da família.
Aos prantos, outra senhora diz que a filha e a neta estão doentes e não conseguem medicamentos. Os repórteres viram de perto o caos no atendimento público. No Hospital Universitário de Caracas, um dos principais da capital. os próprios pacientes denunciam que faltam médicos, insumos básicos e falta até antibiótico.
Os parentes dos internados têm que dormir na porta do hospital porque, vez por outra, têm que sair para procurar remédio nas farmácias. Vítima de um assalto, um homem levou um tiro na perna. Ele estava ali há mais de 24 horas esperando atendimento. "Vou tentar em outro hospital", diz ele. Pouco a pouco, o desabastecimento vai minando a resistência dos venezuelanos.



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