segunda-feira, 30 de maio de 2016

Schahin entrega comprovantes e diz que pagou propina por contrato

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Paraná

20/04/2016 19h44 - Atualizado em 20/04/2016 20h16

Schahin entrega comprovantes e diz que pagou propina por contrato

Milton Schahin foi ouvido por Sérgio Moro nesta quarta-feira (20).
Outro executivo disse que Lula 'abençoou' negócio com Petrobras.

Fernando CastroDo G1 PR
Milton Schahin , sócio do Grupo Schahin (Foto: Reprodução)Milton Schahin foi interrogado por Moro nesta quarta
em Curitiba (Foto: Reprodução)
O executivo Milton Schahin entregou ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (20) documentos que, segundo ele, comprovam parte do pagamento de propina para ex-funcionários da Petrobras. Interrogado pelo juiz, ele afirmou que foi exigido o pagamento de US$ 2,5 milhões para que o Grupo Schahin fechasse um contrato para operar navio sonda da Petrobras.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), esse contrato para operar o navio Vitória 10.000 serviu para quitar uma dívida de R$ 12 milhões do pecuarista José Carlos Bumlai com o Banco Schahin. O empréstimo,segundo o próprio Bumlai, tinha por objetivo pagar dívidas de campanha do PT.
Além de Milton Schahin, o juiz interrogou ainda o filho dele, Fernando Schahin, o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Todos são réus em ação decorrente da 21ª fase da Operação Lava Jato. O irmão de Milton Schahin, Salim Schahin, fez acordo de delação e relatou em interrogatório como foram as negociações do empréstimo a Bumlai e da obtenção do contrato com a Petrobras.
Milton Schahin relatou que entre o fim de 2006 e o início de 2007 o filho dele Fernando Schahin, também executivo do grupo, foi procurado pelo gerente da Petrobras Eduardo Musa e pelo operador Fernando Baiano, que lhe pediram vantagens indevidas. Também interrogado nesta quarta, Fernando Schahin disse que respondeu a eles que não tratava desse assunto, e levou a questão ao pai, que lhe orientou a se afastar dessas conversas.
Depois dessa conversa, Milton Schahin disse que foi procurado por Jorge Luz, que segundo ele “era conhecido de muita gente”. Na conversa, Luz disse que, mesmo com o negócio servindo para pagar o empréstimo de Bumlai, era preciso que a propina exigida fosse paga para que a negociação se concretizasse.
Nesta conversa, de acordo com Milton Schahin, Jorge Luz informou que a propina seria direcionada para o então diretor Nestor Cerveró e o chefe de gabinete dele Luis Carlos Moreira, além de Fernando Baiano e Eduardo Musa. Milton Schahin admitiu que concordou em pagar US$ 2,5 milhões para concretizar o negócio, e que Luz lhe forneceu os dados bancários.
Os comprovantes apresentados por Milton Schahin nesta quarta fazem parte destes pagamentos, afirmou o empresário. Schahin disse que não sabia de quem eram as contas, mas que fez os pagamentos em dez parcelas, até chegar a US$ 2 milhões, quando parou de pagar.
Questionado pelo juiz sobre se os pagamentos se reverteram em alguma vantagem para o Grupo Schahin, Milton disse que não, e que na realidade a empresa teve desvantagem porque pagou cerca de US$ 50 milhões a mais que outra empresa que operava navio sonda semelhante.
Zelada
Milton Schahin disse ainda que, depois que o contrato já estava em vigor, Jorge Luiz Zelada, que substituiu Cerveró na Petrobras, lhe exigiu o pagamento de mais US$ 5 milhões em propina. O pagamento seria condição para que a Petrobras avalizasse pedido do Grupo Schahin para melhorar as condições de pagamento de uma dívida que o grupo acabou criando com a estatal ao longo do contrato.
O pedido, segundo o empresário, foi feito em um bar próximo à Petrobras, em encontro marcado por Zelada após a audiência em que Milton Schahin tentava negociar as condições de pagamento. “Ele me falou: olha, eu preciso que você entenda que eu estou trabalhando pelo seu projeto, eu sempre trabalhei pelo seu projeto, e nunca recebi nada. Agora você vem com esse pedido, não sei se é possível. Eu quero US$ 5 milhões para seguir em frente com assunto”, disse Schahin.
O empresário afirmou que rejeitou o pedido porque não tinha como pagar, mas que a postergação do pagamento acabou saindo mesmo assim. Conforme Schahin, no entanto, a taxa de juros cobrada pela Petrobras foi considerada exorbitante.
A defesa de Jorge Luiz Zelada negou as afirmações e afirmou que Schahin inventou os fatos narrados para se beneficiar de um possível acordo de delação premiada.
Fernando Schahin, do Grupo Schahin (Foto: Reprodução)Fernando Schahin relatou conversa que teve com
José Carlos Bumlai (Foto: Reprodução)
“Abençoado por Lula”
O executivo Fernando Schahin também foi ouvido nesta quarta pelo juiz Sérgio Moro. Ele foi questionado sobre um diálogo que teve com José Carlos Bumlai. Segundo Schahin, o pecuarista disse a ele em um evento que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia “abençoado” a celebração de um contrato entre o Grupo Schahin e a Petrobras. Lula nega (leia a íntegra da nota abaixo)
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), esse contrato para operar o navio sonda Vitória 10.000 serviu para quitar uma dívida de R$ 12 milhões de José Carlos Bumlai com o Banco Schahin. O empréstimo, segundo o próprio Bumlai, tinha por objetivo pagar dívidas de campanha do PT.
Fernando Schahin disse ao juiz que foi abordado por Bumlai em um evento social, e que o pecuarista o questionou sobre como estavam as negociações com a Petrobras para firmar o contrato. Schahin disse que Bumlai relatou saber de negócio porque tinha relacionamento com o grupo, e que respondeu a ele que tudo caminhava bem.
“Ele me disse que passasse um recado ao pessoal de que o presidente estava abençoando o negócio”, disse Fernando Schahin, ao ser questionado por Moro. Esse relato já havia sido feito por Salim Schahin, tio de Fernando, em acordo de delação premiada. Fernando Schahin afirmou que o empréstimo de R$ 12 milhões não foi abordado na conversa.
Leia a íntegra da nota do Instituto Lula
O ex-presidente já respondeu sobre esse tema duas vezes, em dois depoimentos à Operação Lava Jato, um em 16 de dezembro de 2015 e outro em 4 março de 2016, este sob condução coercitiva ilegal. O Instituto Lula não comentará falatórios, fofocas, ou disse-que-disse. Quem quiser levantar suspeitas em relação ao ex-presidente Lula que o faça diretamente e apresentando provas ou não merecerá resposta.

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