quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Presidente do TSE diz que primeiro turno das eleições transcorreu 'dentro da normalidade'

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Fonte de informação 

G1 globo.com

ELEIÇÕES 2018
Por Fernanda Calgaro e Rosanne D'Agostino, G1 — Brasília
 

Declaração à imprensa no TSE sobre dia de votação no primeiro turno das eleições — Foto: Fernanda Calgaro/G1Declaração à imprensa no TSE sobre dia de votação no primeiro turno das eleições — Foto: Fernanda Calgaro/G1
Declaração à imprensa no TSE sobre dia de votação no primeiro turno das eleições — Foto: Fernanda Calgaro/G1
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, disse neste domingo (7) que o primeiro turno das eleições de 2018 transcorreu “dentro da normalidade”.
A ministra afirmou ainda que as eleições foram “limpas”, “serenas” e “transparentes”, e destacou o trabalho do tribunal para entregar uma apuração “célere” e “ágil” para a população brasileira.
“As nossas eleições de 2018, quanto a essa primeira etapa, decorreram em todo o Brasil com a normalidade esperada, tendo a Justiça Eleitoral cumprido o seu papel, realizado o trabalho para o qual se preparou ao longo de todo esse ano, com o zelo de seus servidores, de entregar ao povo brasileiro um resultado célere, ágil e dentro da mais absoluta normalidade”, disse Rosa.
Em declaração à imprensa em um plenário do TSE, a ministra confirmou a realização de um segundo turno para a disputa ao Palácio do Planalto entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
De acordo com a ministra, às 20h48m02s foi definido matematicamente o resultado da eleição presidencial, quando Bolsonaro tinha 46,70% dos votos válidos e Haddad, 28,37% dos votos válidos.
Também estavam presentes na declaração à imprensa os demais ministros da corte eleitoral, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e a procuradora-geral-eleitoral, Raquel Dodge, entre outras autoridades. Na plateia, observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) acompanharam o pronunciamento.

Conteúdo falso

Rosa Weber também foi questionada sobre o papel do TSE no combate a conteúdo falso disseminado nas redes sociais e sobre declarações de que o resultado do primeiro turno não seria confiável.
O candidato Jair Bolsonaro (PSL) comemorou na noite deste domingo a passagem para o segundo turno da eleição presidencial. Numa transmissão no Facebook, citou um vídeo em que um eleitor diz que apertou a tecla 1 da urna, e automaticamente apareceu o número 13, do adversário Fernando Haddad. O vídeo é #fake.
"As fake news são um fenômeno mundial e não seríamos nós que estaríamos imunes", disse a ministra. "O TSE vai atuar a partir de impugnações formais. E nessas hipóteses nós iremos apurar com rigor, como estamos fazendo até agora", acrescentou.
Rosa Weber lembrou que o sistema eletrônico de votação é "auditável" e que não há registro de fraudes em eleições.
"As fraudes fazem parte dos processos onde os seres humanos estão envolvidos. O que importa para o sistema é que uma vez denunciadas elas possam ser apuradas, que as irregularidades possam ser sanadas e eventuais culpados, responsabilizados", completou.

Vídeos

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, também se manifestou no TSE neste domingo. Ele ressaltou que um efetivo de cerca de 330 mil pessoas atuou para garantir a segurança das eleições. Segundo o ministro, não houve "nenhum conflito grave no território nacional".
Sobre a divulgação de conteúdo falso nas redes sociais no dia da eleição, Jungmann declarou que os suspeitos estão sendo investigados, “serão denunciados e serão punidos”, mas que não há indícios de que tenha havido fraude.
Jungmann citou três casos ocorridos durante o primeiro turno, o de um vídeo em que um eleitor aparece com um revólver ao votar; o de uma suposta urna que apaga após apertado o número 1; e o de dois policiais militares que afirmaram ter ouvido de um mesário que uma urna já chegou à seção com os códigos.
O ministro ressalto que, no caso do vídeo da arma, todos os que votaram naquela seção prestarão depoimento e que um inquérito foi aberto. A urna com o suposto problema na tecla 1 foi substituída e a que traria os códigos, substituída.
"Outros casos estão sendo investigados, mas não tivemos nenhum caso de gravidade de maneira que desmereceram a vontade do eleitor", afirmou Jungmann.
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