quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Brasil supera jogo tenso, bate a Holanda, mas precisará de milagre para avançar no Mundial

ORDEM E PROGRESSO .

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Fonte de informação 

G1 globo.com

VÔLEI
Por João Gabriel Rodrigues — Nagóia, Japão
 

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Seleção feminina de vôlei se aproxima da classificação para terceira fase do mundial
Era preciso ir além, e o Brasil sabia disso. Diante de um rival invicto até então, quis se mostrar forte. A instabilidade ainda estava lá, é verdade. Mas, ao reagir no momento certo, a seleção brasileira conseguiu derrubar a Holanda em 3 sets a 2, parciais 23/25, 25/18, 25/27, 25/19 e 15/7. Com o resultado, se manteve na briga por uma vaga na terceira fase do Mundial. A situação, porém, não é nada fácil.
A vitória deixou o Brasil com 18 pontos, em quarto lugar no grupo E. A seleção torcia por uma derrota do Japão para a Sérvia. A vitória das donas da casa, no entanto, complicou - e muito - a situação do Brasil. Para avançar, a equipe de José Roberto Guimarães só tem uma chance: precisa vencer o Japão por 3 sets a 0. As duas seleções decidem a classificação para a terceira fase nesta quinta-feira, também às 7h20. O SporTV 2 transmite a partida ao vivo.
Apenas três seleções avançam à terceira fase. A vitória levou o Japão ao segundo lugar, com 21 pontos. A Holanda, que está em terceiro, precisa vencer apenas um set contra as sérvias para garantirem a vaga. Em quarto lugar na tabela, com 18 pontos e seis vitórias, o Brasil precisa vencer por 3 a 0 para se igualar às japonesas na classificação. Assim, levaria a decisão para o points average. Como tem um saldo melhor que as asiáticas (1.260 contra 1.238), garantiria a vaga. Mas, se perder um set, leva a pior no sets average mesmo em caso de vitória na partida. Daria, então, adeus ao Mundial.
Brasil festeja ponto contra as holandesas — Foto: Divulgação/FIVBBrasil festeja ponto contra as holandesas — Foto: Divulgação/FIVB
Brasil festeja ponto contra as holandesas — Foto: Divulgação/FIVB
Contra a Holanda, o Brasil mostrou evolução em vários aspectos. Durante boa parte da partida, teve avanços no bloqueio e no passe. Sofreu, porém, com a instabilidade. Depois de liderar o segundo set em 8/1, permitiu a reação e se complicou no jogo. Ainda assim, conseguiu superar o sufoco para sair de quadra com a vitória.
- O mais legal foi ver o time jogar bem. Nós cometemos alguns erros, sem dúvida. Mas vimos um time com energia em quadra, um time que não queria que a bola caísse de jeito nenhum, querendo chegar ao bloqueio, tentando ajustar o saque a cada bola. Temos de continuar a fazer o nosso trabalho - disse Zé Roberto.
Tandara, intensa durante todo o confronto, fechou a partida com 28 pontos. Gabi fez 13, assim como Fernanda Garay, que começou no banco por conta de dores nas costas, mas que também foi importante para a vitória. No total, foram 17 pontos de bloqueio e dez de saque. Grande nome do time holandês, Lonneke Sloetjes deu trabalho às brasileiras e saiu de quadra com 25 pontos.
Em jogo tenso, Brasil bate a Holanda
Sloetjes abriu sua caixinha de ferramentas logo de cara. A oposta soltou o braço e fez com que a Holanda marcasse 4 a 0 no placar sem muitas dificuldades. Bem na partida contra o México, Drussyla era a arma de Zé Roberto para dar mais consistência ao passe brasileiro. A seleção, porém, sofreu no início. Melhorou aos poucos, mas, ainda assim, foi em desvantagem para o primeiro tempo técnico, em 8/5.
O Brasil cresceu. Conseguiu encaixar melhor seu jogo e ficou a um ponto do empate (9/8). Mas foi por pouco tempo. Os erros voltaram a aparecer, e a Holanda voltou a disparar, abrindo 15/11. Zé Roberto, então, parou o jogo. O Brasil ainda ameaçou reagir. No bloqueio de Adenízia, voltou a ficar a um ponto do empate (18/17). Mas faltava algo. Zé ainda chamou Natália, mas foram as holandesas que fecharam após ataque para fora de Drussyla: 25/21.
Brasil comemora vitória contra as holandesas — Foto: Divulgação/FIVBBrasil comemora vitória contra as holandesas — Foto: Divulgação/FIVB
Brasil comemora vitória contra as holandesas — Foto: Divulgação/FIVB
O Brasil quis reagir. Abriu o segundo set com 2 a 0 no placar. A Holanda, porém, empatou, depois de erro de Drussyla no passe. Zé, então, mandou Fernanda Garay à quadra. E a ponteira entrou bem, parando o ataque holandês no bloqueio. Também apareceu bem no saque, quebrando o passe rival duas vezes seguidas e abrindo 7/3 no placar. Pouco depois, Gabi explorou o bloqueio para marcar 8/4 antes da primeira parada técnica.
Era um Brasil mais atento. Diante da qualidade das rivais, a seleção, talvez pela primeira vez em todo o Mundial, conseguia mostrar suas maiores forças. Muito bem no bloqueio e no passe, a equipe disparou. Abriu 15/9 depois de um ataque de Fernanda Garay e viu o outro lado pedir tempo. Não conseguiu, porém, parar o bom momento do Brasil. Com um ace, Dani Lins, que entrara só para sacar, marcou 19/12. A Holanda ainda ameaçou uma reação, paralisada com um pedido de tempo de Zé Roberto. Com um ace de Tandara, fim de set: 25/18.
O Brasil manteve o ritmo, principalmente no bloqueio. Bia fechou a porta junto à rede e abriu a contagem. Pouco depois, foi a vez de Roberta fazer o mesmo e marcar 4/1. Bia voltou a aparecer logo na sequência, mas com uma pancada, fazendo 5/1 e obrigando o pedido de tempo do técnico Jamie Morrison. Pouco adiantou. No ace de Tandara, a seleção brasileira foi para o tempo técnico com 8/1 no placar.
Sloetjes foi o grande destaque do time holandês — Foto: Divulgação/FIVBSloetjes foi o grande destaque do time holandês — Foto: Divulgação/FIVB
Sloetjes foi o grande destaque do time holandês — Foto: Divulgação/FIVB
Só que, aos poucos, a Holanda reagiu. Pelas mãos de uma incansável Sloetjes, depois de uma boa sequência, a diferença caiu para apenas um ponto (15/14). Uma pancada de Tandara fez o Brasil se manter em vantagem no tempo técnico. Mas o empate veio pouco depois, com um ataque de Maret.
O Brasil voltou a abrir (23/20), mas bastaram dois erros em sequência para que a Holanda encostasse mais uma vez (23/22). Zé Roberto pediu tempo. Tentou arrumar o time, mas as rivais deixaram tudo igual logo depois. O técnico brasileiro parou o jogo mais uma vez. Tandara, com uma pancada, deu o set point para o Brasil, desperdiçado no lance seguinte. A seleção também salvou um set point rival, mas não evitou o segundo. Plak apareceu bem e, com um toque por cima do bloqueio, fechou a parcial em 27/25.
A seleção pareceu sentir a queda. Na volta à quadra, a Holanda conseguiu se impor e abriu vantagem. Uma pancada de Tandara, porém, deixou o placar igual, em 4/4. O Brasil quis lutar e, na marra, conseguia se manter à frente. Do outro lado, Sloetjes parecia ainda mais difícil de ser parada. Foi dela, no saque, o ponto de empate, em 15/15.
Brasil terminou com 17 pontos de bloqueio — Foto: Divulgação/FIVBBrasil terminou com 17 pontos de bloqueio — Foto: Divulgação/FIVB
Brasil terminou com 17 pontos de bloqueio — Foto: Divulgação/FIVB
O Brasil, porém, conseguiu reagir. No bloqueio de Carol, abriu três pontos de vantagem. Gabi, com um ace, ampliou para 19/15 logo na sequência. Jamie Morrison, então, parou o jogo mais uma vez. A Holanda até ensaiou uma reação, mas não teve forças para impedir o tie-break. Em pancada de Tandara, 25/19 para o Brasil.
A tensão se manteve em quadra. A Holanda começou melhor, mas o Brasil reagiu aos poucos. Em ataque de Fê Garay, abriu 5/4. Tandara, logo depois, ampliou, e as rivais pararam o jogo. A seleção, porém, seguiu forte e ampliou a vantagem para 9/5. Já não havia mais espaço para reação. No bloqueio de Natália, fim de papo: 15/7.
Confira as escalações:
Brasil: Roberta, Tandara, Gabi, Drussyla, Bia e Adenízia. Líbero: Suelen.
Entraram: Natália, Dani Lins, Fernanda Garay, Carol e Thaisa.
Holanda: Laura Dijkema, Lonneke Sloetjes, Anne Buijs, Maret Balkestein-Grothues, Yvon Belien, Juliet Lohuis. Líbero: Kirsten Knip.
Entraram: Celest Plak, Britt Bongaerts, Marrit Jasper e Nicole Luttikhuis.
     
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