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Marco Marques .
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30/11/2018
Comentário .
Marco Marques .
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Fonte de informação
G1 globo.com
Ucrânia barra entrada de homens russos após captura de navios
Restrição, que atinge homens entre 16 e 60 anos, valerá enquanto lei marcial estiver em vigor até 26 de dezembro.
Por G1
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em imagem de arquivo — Foto: Mykola Lazarenko / Serviço de Imprensa Presidencial Ucraniano / Comunicado via REUTERS
A Ucrânia não permitirá que homens russos entre 16 e 60 anos entrem no país enquanto estiver em vigor a lei marcial. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou no Twitter nesta sexta-feira (30) que a medida foi imposta para evitar a formação de "exércitos privados" no país, segundo a BBC.
Ele faz referência aos separatistas, apoiados pela Rússia, que se reuniram em abril de 2014 para combater as forças do governo ucraniano no leste do país.
Homens que venham ao país por "questões humanitárias", como participar de funerais, poderão entrar no país.
A lei marcial foi imposta nesta semana em 10 regiões, incluindo as que fazem fronteira com a Rússia, e deve vigorar até 26 de dezembro. Ela permite uma série de restrições, incluindo limitações de movimentação e assembleia pacífica, toques de recolher e restrições à mídia, embora o decreto não faça referência específica a tais medidas.
O governo ucraniano adotou a lei marcial em meio a temores de uma invasão russa depois que três navios e 24 marinheiros ucranianos foram apreendidos no domingo (25) no Estreito de Kerch - uma estreita faixa de água que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, onde estão os dois dos portos mais importantes da Ucrânia.
A Ucrânia disse que o incidente foi uma violação flagrante do direito internacional, enquanto a Rússia diz que as embarcações ucranianas violaram suas águas territoriais. Na quinta-feira, o presidente ucraniano disse ter esperança de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) envie embarcações ao mar de Azov. O Kremlin criticou a declaração.
Esse é o confronto mais perigoso no mar na Crimeia desde que a Rússia anexou a península ucraniana em março de 2014.
Os Estados Unidos e a União Europeia se solidarizaram com a Ucrânia, condenaram a atuação da russa e exigiram a libertação imediata dos navios e marinheiros capturados. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou o encontro que teria com o presidente russo, Vladimir Putin, que aconteceria durante a cúpula do G20, em Buenos Aires.
Mapa mostra trajeto das embarcações da Ucrânia atacadas por navios da Rússia — Foto: Fernanda Garrafiel/G1
Incidente no estreito de Kerch
O incidente entre a Guarda Costeira russa e os navios ucranianos aconteceu no domingo (25) no Mar Negro, quando as embarcações tentavam entrar no estreito de Kerch para chegar ao Mar de Azov - uma rota marítima crucial para as exportações de cereais ou aço produzidos no leste da Ucrânia.
A Rússia acusou os navios ucranianos - que tentavam ir do porto de Odessa, no mar Negro, para Mariupol, no de Azov - de entrarem ilegalmente em suas águas.
A agência russa de inteligência FSB (antiga KGB) havia temporariamente fechado a área para cargueiros e colocou um navio sob a ponte rodoviária que atravessa o Estreito de Kerch (construída pela Rússia após a anexação da Crimeia).
Antes de capturar os navios, a Rússia abriu fogo contra as embarcações. Moscou diz que três ucranianos ficaram feridos, mas Kiev fala que seis se feriram. Entre eles, está um agente de contrainteligência militar da Ucrânia, segundo o serviço estatal de segurança da Ucrânia (SBU).
Russia bloqueia passagem sob a ponte de Kerch. — Foto: ASSOCIATED PRESS
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