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Equador exige provas de corrupção da Odebrecht no país
- 26/12/2016 20h09
- Equador
Da Rádio França Internacional
O governo do Equador declarou hoje (26) que não aceitará "sem provas" as versões de funcionários da Odebrecht sobre subornos do grupo brasileiro no país totalizando US$ 33,5 milhões.
"Não aceitaremos, sem provas, as versões de diretores de uma empresa que se declarou culpada de atos de corrupção, e que para atenuá-los, literalmente, negocia sua responsabilidade com a Justiça americana pagando multas bilionárias", declarou o governo em um comunicado da Secretaria de Comunicação.
O caso que envolve o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a corrupção alega que funcionários públicos receberam subornos nos anos de 2007 e 2008, precisamente quando a Odebrecht foi expulsa do país.
O presidente Rafael Correa, no poder desde 2007, expulsou a Odebrecht em 2008 por irregularidades na construção da hidroelétrica San Francisco. A medida provocou a reação de Brasília, que chamou seu embaixador para consultas entre novembro de 2008 e janeiro de 2009.
Saiba Mais
Após um acordo, a Odebrecht retornou ao Equador em 2010, onde o único contrato vigente é a construção da segunda fase do metrô de Quito, por 1,538 bilhão de dólares, segundo informou a Rádio França Internacional.
Propinas desde 2007
O departamento americano de Justiça revelou na quarta-feira passada (21) que a Odebrecht pagou entre 2007 e 2016 cerca de 33,5 milhões de dólares em subornos a funcionários equatorianos, envolvendo a aprovação de projetos em 2007 e 2008.
Após a revelação, a procuradoria equatoriana realizou uma operação de busca e apreensão nos escritórios da Odebrecht na cidade de Guayaquil. O procurador-geral do Equador, Galo Chiriboga, ainda pediu informações aos Estados Unidos, Suíça e Brasil para aprofundar as investigações.
"Podemos afirmar que jamais permitimos qualquer prejuízo ao nosso país. Se houve comportamentos pessoais impróprios, somos os primeiros a querer identificar os responsáveis", declarou o governo equatoriano.
A Odebrecht e sua filial Braskem aceitaram pagar 3,5 bilhões de dólares a Estados Unidos, Suíça e Brasil (o equivalente a R$ 8,5 bilhões) pelo esquema de subornos envolvendo países latino-americanos.
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