sexta-feira, 27 de abril de 2018

O mais difícil começa agora

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Fonte de informação .

G1 globo.com

BLOG DO HELIO GUROVITZ

MUNDO

O mais difícil começa agora

O encontro entre os líderes das duas Coreias pode ser o início da paz histórica – ou uma decepção

Por Helio Gurovitz
 
Kim Jong-un e Moon Jae-in fazem gesto conjunto após a declaração de que negociarão um acordo de paz (Foto: Reuters/Reprodução)Kim Jong-un e Moon Jae-in fazem gesto conjunto após a declaração de que negociarão um acordo de paz (Foto: Reuters/Reprodução)
Kim Jong-un e Moon Jae-in fazem gesto conjunto após a declaração de que negociarão um acordo de paz (Foto: Reuters/Reprodução)
O encontro histórico entre os líderes das duas Coreias na cidade fronteiriça de Panmunjom é apenas o primeiro de uma série de passos necessários a resolver o conflito de 68 anos entre os dois países e lidar com o insondável arsenal nuclear e balístico norte-coreano.
Kim Jong-un e Moon Jae-in deram as mãos, cruzaram a fronteira, conversaram a sós e anunciaram um acordo de paz para este ano. A iniciativa pode resultar numa conquista sem precedentes para a paz global – mas também pode não dar em nada. A parte difícil começa agora. Não há como fazer prognóstico do resultado antes do encontro entre Kim e o presidente americano, Donald Trump, previsto para daqui a pouco mais de um mês.
Dois fatores distinguem a iniciativa atual das duas anteriores de paz – líderes sul-coreanos visitaram a capital ao Norte em 2000 e 2007. Primeiro, Kim transformou a Coreia numa potência nuclear com entre 20 e 60 ogivas e mísseis intercontinentais capazes de atingir não apenas os vizinhos Coreia do Sul ou Japão – mas até mesmo Washington, nos Estados Unidos.
O segundo fator é a personalidade imprevisível dos líderes envolvidos nas negociações. Não o sul-coreano Moon, claro, mas Kim e Trump. Poucos meses atrás, Trump ameaçava bombardear a Coreia do Norte com “fogo e fúria” e chamava Kim de “pequeno homem foguete”. Agora, o tirano norte-coreano se transformou em “homem muito honrado”, e Trump diz haver “boa vontade” entre Washington e Pyongyang.
Kim, depois de acelerar os testes nucleares e de lançamento de mísseis ao longo de todo o ano passado, fez em janeiro abertura a negociações com o Sul. Moon aproveitou a oportunidade. Depois da troca de emissários – culminando com a visita secreta do novo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, a Pyongyang durante a Páscoa –, Kim anunciou há uma semana a suspensão dos testes, um gesto preparatório ao encontro de hoje.
A principal dificuldade nas negociações está na expectativa dos envolvidos. Trump fala em desnuclearização total e imediata. Moon se mostra favorável a uma estratégia gradual. Kim não pretende abandonar seu cacife nuclear, que lhe garante a posição de força na mesa. Seu objetivo é manter as armas nucleares, obter alívio nas sanções econômicas e conquistar espaço global para a Coreia do Norte, regime totalitário governado há décadas por uma dinastia de tiranos comunistas, considerado um pária na cena internacional.
Sua inspiração óbvia é a China, que saiu do isolamento absoluto para o status de superpotência depois da visita de Richard Nixon a Mao Tse-tung, em 1972. Não se sabe como a personalidade volátil de Trump reagirá aos pleitos de Kim, nem se aceitará menos que o desmatelamento total das armas nucleares no prazo mais rápido possível.
Pela proposta de Moon, a cada passo no desmonte do arsenal, corresponderia um alívio proporcional nas sanções e um investimento do Sul para reerguer a economia norte-coreana. Dessa forma, aos poucos a Coreia do Sul conquistaria hegemonia econômica sobre o Norte. Seria ainda possível reduzir aos poucos a presença dos 24 mil soldados americanos na fronteira entre os dois países, hoje a maior força militar dos Estados Unidos em solo estrangeiro.
Outra incógnita será a reação das potências locais vizinhas: Japão e China. O Japão teme que os americanos aceitem uma solução de compromisso em que Kim apenas desmonte os mísseis capazes de atingir Washington, mas mantenha seu poder nuclear na região intacto. A China vê com enorme preocupação a aproximação entre Estados Unidos com a Coreia do Norte, país que sempre esteve sob sua esfera de influência.
Não há precedentes para o que está em curso. As expectativas dos envolvidos são conflitantes, assim como a interpretação sobre a realidade. Num cenário positivo, a ambiguidade nas declarações de todas as partes poderá ser usada para construir uma ponte que conduza a um acordo de paz inédito e reduza o risco de conflagração nuclear. Num cenário negativo, bem, melhor nem pensar…
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