quarta-feira, 13 de junho de 2018

Cinco anos após protestos por R$ 0,20, ônibus do Rio somam 6 aumentos de tarifa e prisões por corrupção

ORDEM E PROGRESSO .

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Fonte de informação .

G1 globo.com

RIO DE JANEIRO

Cinco anos após protestos por R$ 0,20, ônibus do Rio somam 6 aumentos de tarifa e prisões por corrupção

Setor perdeu 1,5 mil ônibus e climatização em 100% da frota foi adiada para 2020. Na Lava Jato, que levou cúpula dos transportes à cadeia, procurador do MPF diz que investigações deverão provocar mais prisões.

Por Matheus Rodrigues, G1 Rio
 
G1 faz análise do sistema de ônibus do Rio cinco anos após manifestações de 2013
Junho de 2013. Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas do Rio para protestar contra o aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus. Passados cinco anos, o G1fez um levantamento e identificou que, desde o fatídico mês, o município passou por outros seis aumentos de tarifa de ônibus, perdeu 1,5 mil coletivos e teve mais de 90 linhas extintas oficialmente – passageiros ainda reclamam do sumiço de outras que deveriam existir.
Naquele distante 2013, a revolta da população fluminense tomou proporção nacional. O movimento abraçou reivindicações mais amplas como o combate à corrupção no País. Diante da pressão popular, o governo municipal revogou o aumento da passagem.
Na época, Eduardo Paes era o prefeito e se viu forçado a abrir mão do reajuste. Meia década passou e o serviço de ônibus permaneceu precário. Promessas como a do ar-condicionado em todos os coletivos ficaram pelo caminho. A nova previsão é de que a meta só seja atingida em 2020.
Além das promessas não cumpridas, o avanço de investigações da Operação Lava Jato no Rio trouxe mais revelações. O Ministério Público Federal (MPF) garante que deficiências do setor de transportes tiveram como causa um megaesquema de corrupção.
Os procuradores denunciaram que os desvios envolvendo a alta cúpula do Governo do Rio, a Rio Ônibus, a Fetranspor, o Tribunal de Contas e a Assembleia Legislativa movimentaram cerca de R$ 500 milhões em propina. Quem tinha a competência de regulamentar e fiscalizar o serviço, na verdade desviava verba destinada a investimentos.
Em entrevista ao G1, o procurador regional da República, José Augusto Vagos, afirmou que os aumentos, que aconteceram mais de uma vez por ano, abasteciam caixa 2 de políticos fluminenses.
"A gente imagina que quando a tarifa de uma passagem é aumentada, eventualmente a população está pagando uma propina indiretamente destinada a agentes públicos que têm o dever de inibir esse tipo de situação e fiscalizar o setor. (...) Quando eu falo de quase meio bilhão de reais, falo também de uma propina que foi disseminada e que acabou abastecendo um caixa de propina de vários órgãos", disse Vagos.
Após o aumento dos R$ 0,20 em junho de 2013, Rio teve outros seis aumentos. (Foto: Arte: Fernanda Garrafiel/ G1)Após o aumento dos R$ 0,20 em junho de 2013, Rio teve outros seis aumentos. (Foto: Arte: Fernanda Garrafiel/ G1)
Após o aumento dos R$ 0,20 em junho de 2013, Rio teve outros seis aumentos. (Foto: Arte: Fernanda Garrafiel/ G1)

Histórico do valor das passagens

No início de 2013, a tarifa de ônibus custava R$ 2,75. No dia 1º de junho, a passagem foi a R$ 2,95. Após as manifestações, o valor retrocedeu. Em fevereiro do ano seguinte, o reajuste foi de R$ 0,35. Outros três aumentos se deram ao longo dos anos e, em 2017, o valor estabelecido foi fixado em R$ 3,95.
Disputas judiciais se deram entre a Prefeitura do Rio e os consórcios que operam as linhas municipais de ônibus. Com isso, a tarifa foi diminuída três vezes, chegando a R$ 3,40. Em fevereiro de 2018, um aumento da tarifa foi determinado e outro mais um acabou anunciado no dia 1º de junho, mesma data em que houve o reajuste de 2013 – houve novas manifestações.

Menos ônibus e climatização em falta

Em outubro de 2015, a frota do Rio passou por uma racionalização que pretendia melhorar a logística de atendimento aos passageiros. Com isso, a cidade teve uma baixa de 1,7 mil ônibus e mais de 90 linhas foram extintas. No início de 2014, o município contava com 8,7 mil coletivos. De lá para cá, o número de ônibus nas ruas diiminuiu: atualmente são cerca de 7 mil.
Em relação à climatização dos veículos, a Prefeitura prometeu, em 2014, que até o fim de 2016 todos teriam ar condicionado. No entanto, a promessa não foi cumprida e, no último dia 1º de junho, o prefeito Marcelo Crivella anunciou um "cronograma sagrado" para cumprir a meta até 2020.
série de reportagens "Fora do Ponto", do G1 e da TV Globo, expôs outro problema: mais da metade das linhas tinha falhas no sistema de GPS usado para monitorar a frota.
 (Foto: Arte: Fernanda Garrafiel/ G1) (Foto: Arte: Fernanda Garrafiel/ G1)
(Foto: Arte: Fernanda Garrafiel/ G1)

Setor contaminado pela corrupção

Desdobramentos da Lava Jato levaram o ex-governador do Rio Sérgio Cabral à prisão em 2016. As investigações avançaram e acordos de colaboração premiada foram firmados. A cúpula do setor de transportes acabou presa na Operação Ponto Final em julho de 2017. Em seguida, deputados estaduais também foram presos suspeitos de participarem da organização.
"O que a gente percebeu dessa radiografia feita no setor [de transportes] foi que os principais empresários, que exploram a atividade e que eram líderes de entidades como a Fetranspor e a RioÔnibus, tinham um caixa que era abastecido com recolhimento mensal de propina destinada a agentes públicos", disse Vagos.
Para ele, o fim da corrupção, pauta defendida pelos manifestantes de 2013, é uma meta árdua. Mas o procurador avalia que as manifestações de 2013 são um eixo fundamental para os desdobramentos das operações. Além disso, as investigações não terminaram e, no âmbito do transporte público do Rio, outros suspeitos estão no radar do MPF.
"Os principais componentes da organização, que representam as lideranças nesses braços da organização criminosa, já foram descobertos e muitos estão presos. Mas existem outros criminosos envolvidos nessa situação que ainda estão sendo investigados", finalizou.
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