sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ex-governador Sérgio Cabral é preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro

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Edição do dia 18/11/2016
18/11/2016 05h51 - Atualizado em 18/11/2016 07h37

Ex-governador Sérgio Cabral é preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro

Cabral é suspeito de comandar organização criminosa que recebeu mais de R$ 220 milhões em propina e já foi transferido para o presídio de Bangu.

Bernardo Menezes, Sandra Passarinho e Flavia JanuzziRio de Janeiro, RJ
Dois ex-governadores do Rio de Janeiro foram presos em menos de 24 horas. Depois de Anthony Garotinho, o alvo da polícia nesta quinta-feira foi Sérgio Cabral. Ele, que já foi transferido para o complexo penitenciário de Bangu, é suspeito de comandar uma organização criminosa que recebeu mais de R$ 220 milhões em propina. Segundo as investigações, Cabral cobrava uma 'mesada' de construtoras para que elas participassem das licitações do governo para obras no estado.
O ex-governador Sérgio Cabral foi preso em casa, no Leblon, na manhã dessa quinta-feira (17). Um grupo de manifestantes acompanhou a movimentação dos agentes e, na saída do prédio, Sérgio Cabral foi vaiado e houve tumulto. Os policiais usaram spray de pimenta para dispersar o grupo. Na chegada à Polícia Federal, no centro da cidade, mais vaias ao ex-governador.
A operação cumpriu também outros sete mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Foram presos: o ex-secretário estadual de obras Hudson Braga; o assessor dele, engenheiro Luis Paulo Reis; Wilson Carlos, ex-secretário e braço direito de Sérgio Cabral; além de José Orlando Rabelo, Wagner Jordão Garcia, Carlos Miranda - que foi casado com uma prima de Sérgio Cabral, Luiz Carlos Bezerra - amigo de infância do ex-governador, Alex Sardinha da Veiga e o ex-assessor de Cabral, Paulo Fernando Magalhães Pinto. Entre os 14 mandados de condução coercitiva, estava o da esposa de Sérgio Cabral, a advogada Adriana Anselmo. Ainda foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão.
Os agentes estiveram na mansão do ex-governador em Mangaratiba, onde apreenderam objetos de valor como joias e obras de arte. Mas o Ministério Público Federal diz que a lista de bens comprados com o dinheiro da propina pode ser bem mais extensa. Uma lancha avaliada em R$ 5 milhões e um helicóptero estão em nome da MPG Participações, empresa de Paulo Fernandes Magalhães Pinto. Os investigadores suspeitam que ele é um laranja e que os bens seriam, na verdade, do ex-governador.
Os investigadores concluíram que o ex-governador saqueou o estado com atos de corrupção envolvendo as empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, contratadas para executar grandes obras no estado - como a reforma do Maracanã, a construção do Arco Metropolitano e as obras do PAC para urbanizar favelas. Nesses contratos, o grupo de Sérgio Cabral teria embolsado R$ 224 milhões.
“Esses pagamentos ocorreram entre 2007 e 2014, nos dois mandatos do governo Cabral. Em relação à Andrade Gutierrez, foi afirmado que houve pagamento de mesada de R$ 350 mil, pago por pelo menos um ano. Em relação à Carioca Engenharia, houve pagamento de mesada de R$ 200 mil no primeiro mandato e no segundo mandato essa mesada subiu para R$ 500 mil”, afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Lauro Coelho Junior.
Na obra do Maracanã, Cabral pediu 5% de propina, segundo as investigações. Para o Ministério Público Federal, os ex-secretários Wilson Carlos e Hudson Braga eram os chamados operadores administrativos do esquema. Eles solicitavam e administravam o recebimento da propina paga pelas empreiteiras. As investigações apontam também que Hudson Braga cobrava 1% do valor das obras realizadas – era o que ele chamava de ‘Taxa de Oxigênio’.
Os investigadores disseram que a lavagem do dinheiro da corrupção continuou mesmo depois que Sérgio Cabral saiu do governo, em 2014. “Foram R$ 30 milhões, quase R$ 40 milhões em dinheiro vivo. Esse dinheiro circula até hoje por aí, numa série de empresas de fachadas e esquemas de consultorias falsas que a gente está levantando, para que possa recuperar e devolver esses valores aos cofres públicos’’, disse o procurador da República José Augusto Vagos.
A operação foi uma ação inédita entre as forças-tarefas da Operação Lava Jato no Rio e em Curitiba. O juiz Sérgio Moro também pediu a prisão preventiva do ex-governador por causa de pagamento de vantagens indevidas no contrato entre a Andrade Gutierres e a Petrobras, em obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj.
Os advogados de Sérgio Cabral não retornaram as ligações da equipe do Hora 1. Já a defesa da ex-primeira dama, Adriana Anselmo, disse que vai se pronunciar ainda hoje.
O Hora 1 não conseguiu contato com os advogados de Wilson Carlos, Hudson Braga, Carlos Miranda, José Orlando Rabelo, Wagner Jordão Garcia e Carlos Bezerra. As construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia não comentaram a operação.
Sérgio Cabral é mais um político que iniciou a carreira prometendo defender os pobres e os padrões éticos, mas que agora está cercado de acusações graves de corrupção e de irresponsabilidade com as contas públicas.








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