sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O que os destroços revelam sobre as causas do acidente com o avião da Chapecoense

ORDEM E PROGRESSO .

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Marco Marques .
ESTAMOS DE LUTO PELO TRÁGICO ACIDENTE COM A DELEGAÇÃO DA CHAPECOENSE .



Fonte de informação 

G1 globo.com

O que os destroços revelam sobre as causas do acidente com o avião da Chapecoense

Posição da fuselagem, das pás do motor e o cenário de um desastre aéreo ajudam a decifrar o que houve com uma aeronave nos momentos antes da queda.

A disposição e a característica dos destroços ajudam os investigadores a saber o que ocorreu com um avião acidentado --como o voo 2933 da LaMia, que caiu com a delegação da Chapecoense na madrugada de terça-feira (29) em La Unión, na Colômbia.
No acidente, 71 das 77 pessoas a bordo morreram. Houve seis sobreviventes. A aeronave, um Avro RJ-85, bateu em uma montanha a 17 km do aeroporto José María Córdova. Resultado preliminar da investigação aponta que o avião estava sem combustível ao cair.
A concentração de destroços em um raio pequeno sugere que o avião bateu a baixa velocidade --o que os investigadores comprovaram dias mais tarde: o impacto foi a cerca de 250 km/h, o que permitiu ter havido sobreviventes. Pedaços espalhados por uma área grande indicam que a aeronave se desintegrou; aconteceu com o Boeing 737-800 da Gol atingido por um jato Legacy em 2006.
Da mesma maneira, a formação de uma cratera, e a consequente destruição da aeronave em pedaços pequenos, evidencia que a batida contra o solo se deu em alta velocidade --foi assim com o jato Cessna Citation que caiu com o então candidato à presidência Eduardo Campos, em 2014.
A posição das pás dos motores também contribui para investigação. Presença de pouco mato e terra na turbina é um indício de que já o motor não funcionava quando se deu a queda. Essa característica também foi verificada no voo 2933 da LaMia. Pás destruídas, de outro lado, significam que o motor funcionava ao bater, o que também foi constatado no acidente do avião que levava Eduardo Campos.
Explosão ou área chamuscada indicam que os tanques estavam com combustível: foi assim com o voo da TAM que se acidentou em Congonhas, em 2007. A ausência de explosão aponta para tanques vazios, mais uma das conclusões dos investigadores do acidente com o voo da Chapecoense.
As impressões iniciais são corroboradas na investigação por entrevistas com testemunhas e análise detalhada dos equipamentos que restaram do avião, como restos do painel e da fuselagem. Os dados da caixa-preta ajudam a reconstituir os últimos momentos da aeronave antes do acidente: eles registram as conversas na cabine e o comportamento dos dispositivos do avião.

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