sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Escola no Ceará gasta R$ 50 mil com elevador que leva a lugar nenhum

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Ceará

13/01/2017 06h05 - Atualizado em 13/01/2017 06h05

Escola no Ceará gasta R$ 50 mil com elevador que leva a lugar nenhum

MPCE recebeu denúncia de que o elevador 'não tinha chão'. 
Secretaria disse que será construída plataforma de acesso ao elevador.

Do G1 CE
Elevador que custou R$ 50 mil leva alunos a lugar nenhum (Foto: MPCE/Divulgação)Elevador que custou R$ 50 mil leva alunos a lugar nenhum (Foto: MPCE/Divulgação)
O Ministério Público do Ceará (MPCE) investiga a construção de um elevador instalado em uma escola pública no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. Conforme a 16ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação, o elevador, que custou R$ 50 mil, dá "acesso a um lugar inexistente".
A Secretaria Municipal da Educação (SME) informou que o projeto de reforma da escola Denizard Macedo inclui uma passarela metálica entre os dois andares, que permite acesso do elevador para o segundo andar da escola.
Em maio do ano passado, a Promotoria de Justiça teve acesso ao relatório final de uma obra realizada na escola. Segundo a promotora de Justiça Elizabeth Maria Almeida de Oliveira, o MPCE recebeu uma denúncia de que o elevador estaria com o funcionamento comprometido.
“Eu não havia conseguido compreender a denúncia do cidadão, de que o elevador 'não tinha chão', então, eu fui à escola para entender. Foi quando constatei esse absurdo. Mesmo o espaço já possuindo rampa de acessibilidade, foi construído um elevador que não leva a lugar algum e que custou aos cofres públicos mais de R$ 50 mil, além de um valor que é pago periodicamente para manutenção do equipamento”, explicou a titular da 16ª Promotoria de Justiça.
Antes, em 2014, uma vistoria técnica do MPCE constatou irregularidades na infraestrutura da escola. Dentre os problemas, estava a falta de acessibilidade no prédio, principalmente nos banheiros e biblioteca.
O MPCE informou que foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Fortaleza para regularizar os itens comprometidos, incluindo a realização de obras de adaptação de acessibilidade aos alunos com necessidades especiais e mobilidade reduzida.
“É garantido que o Ministério Público vai apurar as responsabilidades pelo ocorrido e já estamos requerendo à Prefeitura de Fortaleza mais detalhes sobre o caso”, afirmou o órgão.
Em nota, a SME ressaltou que a empresa responsável pelas obras dará início à construção da estrutura que deve ligar os dois andares até a próxima segunda-feira (16). A previsão da pasta é que a obra seja concluída no prazo de 60 dias.

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