quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Brasil recebe número recorde de turistas estrangeiros em 2016

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Fonte de informação .

G1 globo.com

ÉPOCA NEGÓCIOS

Brasil recebe número recorde de turistas estrangeiros em 2016

Visitantes injetaram US$ 6,2 bilhões no país; maior parte veio da Argentina
04/01/2017 - 10H47 - ATUALIZADA ÀS 10H53 - POR AGÊNCIA O GLOBO
Turistas fazem fotos diante da estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O número de turistas estrangeiros no Brasil bateu recorde em 2016, ano da Olimpíada e da Paralimpíada. Depois de uma queda em 2015, o ano depois da Copa, o total de visitantes subiu 4,8% no ano passado e chegou a 6,6 milhões, de acordo com o Ministério do Turismo. Com isso, foram injetados US$ 6,2 bilhões na economia, um valor 6,2% maior do que os US$ 5,8 bilhões de 2015.
O país que mais mandou pessoas para visitar o Brasil no ano passado foi a Argentina (2,1 milhões), seguido pelos Estados Unidos (580 mil). Completam a lista Chile, Paraguai, Uruguai, França, Alemanha, Itália, Inglaterra, Portugal e Espanha.
O ministro do Turismo, Marx Beltrão, disse ao GLOBO que espera que o ápice do crescimento do número de visitantes por conta dos eventos ainda esteja para ocorrer neste ano e nos próximos, principalmente se acompanhado de novos investimentos do governo. Segundo ele, na Inglaterra, onde ocorreram as Olimpíadas de 2012, o crescimento do turismo registrado naquele ano foi de apenas 0,92%. Contudo, nos anos seguintes, o crescimento subiu para a média de 5% ao ano.
"Os jogos ajudam a mostrar o país ao mundo, e cabe a nós tirar proveito disso depois. Alguns falam que o ápice foi durante a Olimpíada. Para mim, o ápice é daqui para frente. Se o turismo tiver investimentos, toda a economia do Brasil ganha."
Agenda de reformas
Para isso, o ministro tem uma agenda de reformas polêmicas para o setor, que envolve a liberação de até 100% do capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais e o fim da exigência de vistos para americanos e chineses, além de desonerações tributárias.
"O brasileiro não reclama do visto, mas o americano não quer ir para a fila ou para o consulado antes de viajar. Se não precisa de carimbo (no país) do lado, para que ele virá para as praias do Nordeste? Se na Argentina tem turismo cultural (sem visto), para que vir para São Paulo?"
O ministro não soube afirmar quando o governo enviará novamente ao Congresso proposta para elevar a participação de estrangeiros nas aéreas nacionais em 100%. Mas disse que essa ação aumentaria a competitividade do setor, elevando o número de turistas e reduzindo os preços das passagens.
"Se abrimos o capital estrangeiro para 100%, outras companhias aéreas virão e aumentarão a competitividade e o número de pessoas viajando, porque as empresas que chegam têm necessidade de vender passagens. Há aeroportos para isso e há muitas melhorias nos regionais no orçamento para 2017", disse Beltrão
Segundo Beltrão, sua pauta de redução de burocracias (exigência de vistos), aumento de competitividade (com aéreas estrangeiras) e aumento de empregos com mais isenções tributárias está em linha com a orientação de Michel Temer. Sobre isenções, ele argumentou que a compra de uma montanha-russa por um parque temático no Brasil pode ter preço 120% maior do que nos EUA, por causa dos impostos.
"Se um parque quer botar brinquedos novos aqui, ele pensa dez vezes, porque sai muito caro. Não só os atuais parques podem crescer com menos imposto, como poderemos ter novos. Os grandes parques, como Disney e Bush Gardens, já foram para Europa e para a Ásia e por que não podem vir para a América do Sul?"
De acordo com o ministério, daqueles turistas que visitaram o Brasil em 2016, 30% são influenciados por alguém que conhecem, como um parente ou amigo, embora quatro em cada dez tenham a internet como principal fonte de informações.
Questionado sobre o impacto do câmbio para o aumento do número de turistas ao Brasil no ano passado, Beltrão disse ser difícil afirmar que a evolução do dólar em 2015 tenha estimulado a chegada de turistas, mas reconheceu que, mantido em um patamar elevado, é possível que o câmbio ajude a trazer mais estrangeiros.
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