Antes de começarem os Jogos Olímpicos, alguns cariocas acreditavam que a cidade não conseguiria receber a Rio 2016 e temiam que sua imagem poderia ser afetada. Após a abertura da Olimpíada e com o decorrer das competições, a autoestima dos moradores da cidade foi resgatada e alguns problemas pontuais – como problemas no transporte público na volta para a casa e as filas dentro das arenas – foram superados.
O G1 foi para a rua ouvir a opinião de quem mora na cidade. Cariocas de diferentes idades e classes sociais concordam em uma coisa: a Olimpíada no Rio valeu a pena e parece já deixar saudade. Além do legado de infraestrutura, o clima acolhedor e contagiante do brasileiro fica como ponto positivo. (Confira depoimentos no vídeo acima)
Para a família de André Gonçalves, que sempre morou em Irajá, na Zona Norte da cidade, o Rio se transformou em um país de primeiro mundo. “A revitalização da Praça Mauá foi fundamental. Todo mundo ganhou um novo ponto turístico para passear. É fácil de chegar e pretendo continuar frequentando. Basta conservar”, diz ele, acompanhado da mulher Kelly e do filho Matheus.
Aquela síndrome de cachorro abandonado ficou no passado"
AutorMoradores da Copacabana, na Zona Sul, o casal Mariana e Guilherme Nobrega acredita que o clima em toda a cidade é de réveillon prologando. “Aquela síndrome de cachorro abandonado ficou no passado. Conseguimos superar alguns problemas e mostrar que realmente é possível dar a volta por cima. Espero que esse clima de Ano Novo, quando todo mundo deseja coisas boas, e o otimismo extra continue entre os brasileiros”, diz o publicitário de 37 anos.
Para a advogada Beatriz Carvalho, de 23 anos e moradora da Tijuca, na Zona Norte, a Olimpíada fez cariocas ficarem mais unidos e mais educados. “Foi emocionante ver cariocas respeitando as filas, se ajudando e defendendo a cidade. Teve organização e muita educação”, afirma.
As amigas Camila Lima, Juliana Lima e Paula Reis contam que conheceram diferentes culturas pela quantidade de turistas e o período foi ótimo para treinar o inglês e espanhol. Mas o maior legado foi a experiência de cruzar a cidade de transporte público. “Muita gente nunca tinha andado de trem. Foi bom ver que é possível usar apenas o transporte público”, dizem elas, que moram na Vila da Penha, na Zona Norte, e visitaram as Casas dos Países nas praias de Ipanema e Leblon.
Flávia Almeida diz que o maior legado é mesmo a cultura de deixar o carro em casa. “Com o metrô até a Barra da Tijuca, será possível viver em uma cidade com menos carros nas ruas e pouco engarrafamento”, diz ela.
A segurança foi um dos pontos que superou muito a expectativa dos cariocas. Para mãe e filha, Cleusa e Lilian Faustino, circular pelo Centro do Rio com celular na mão foi surpreendente. “Me senti muito segura e depois de muito tempo voltei a circular pelas ruas do Rio durante toda a noite. Espero que isso continue e hoje, no fim das contas, tenho a sensação que a cidade foi devolvida ao povo. Foi bom demais e valeu cada dia”, diz a jovem de 22 anos.
Transporte público: as amigas Camila Lima, Juliana Lima e Paula Reis aprovaram funcionamento dos trens e VLT (Foto: Cristiane Rodrigues/G1)
Mais educação e união: Beatriz Carvalho aprovou respeito dos cariocas com as longas filas
(Foto: Cristiane Rodrigues/G1)
Passeio em família com segurança: André Gonçalves com a mulher, Kelly, e o filho, Matheus, curtiram o clima festivo no Rio (Foto: Cristiane Rodrigues/G1)
Flávia Almeida e o filho, Pedro, acreditam que maior legado é mesmo a cultura de deixar o carro em casa após Olimpíada (Foto: Cristiane Rodrigues/G1)
Clima de Réveillon no Rio: Mariana e Guilherme Nobrega dizem que Olimpíada resgatou autoestima do carioca (Foto: Cristiane Rodrigues/G1)
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