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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse nesta terça-feira que não compareceu ao velório do ex-presidente e ex-primeiro ministro de Portugal Mário Soares por causa de uma crise de labirintite.
O ministro integrou a comitiva do presidente Michel Temer que desembarcou em Lisboa para acompanhar a cerimônia fúnebre de Soares. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-presidente José Sarney também viajaram com Temer.
“Eu cheguei muito cedo (a Lisboa), tinha de estar lá (no local da cerimônia) às 7h30, e aí nesse frio e tal, eu não consegui chegar (devido à labirintite)”, afirmou Gilmar Mendes.
Gilmar disse que foi convidado a integrar a comitiva pelo próprio Temer, na condição de presidente do TSE. “Tenho relações de companheirismo e diálogo com o Michel há mais de 30 anos, como tenho com muitas outras pessoas, de todas as colorações políticas. São relações institucionais”, afirmou Gilmar.
Julgamento no TSE
Neste ano, o TSE julgará se a vitoriosa chapa de Dilma Rousseff e Temer nas eleições de 2014 cometeu abuso de poder político e econômico para conquistar a reeleição. Caso o tribunal decida cassar a chapa, serão realizadas eleições indiretas para a escolha do novo presidente da República.
“O que é julgado é julgado publicamente. (A viagem na comitiva) Não tem nenhuma influência (no julgamento). No TSE, estamos conversando com todo mundo, organizando seminários, discutindo reforma política, conversando sobre reformas institucionais para o Brasil”, disse o ministro.
Apesar de o presidente Michel Temer já ter embarcado de volta para Brasília, Gilmar decidiu permanecer em Portugal, onde deve ficar por mais dez dias. No final do ano passado, o ministro embarcou para Lisboa, mas acabou antecipando o retorno a Brasília devido a questões pessoais. Agora, retomará o período de descanso.
(com Estadão Conteúdo)
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