O juiz
Sérgio Moro defendeu, nesta quinta-feira (14), a liberdade de imprensa e a transparência como condições essenciais em casos como a Lava Jato. Ele deu uma palestra na capital dos Estados Unidos.
No discurso, em inglês, Sérgio Moro disse que a divulgação de informações sobre as investigações não tem o objetivo de manipular a opinião pública, mas de evitar qualquer tentativa dos réus de obstruir a Justiça.
Ele afirmou que, até agora, o Congresso e o governo não fizeram contribuições significativas em propor e aprovar leis melhores contra a corrupção e que a omissão desses dois poderes é muito decepcionante.
Sérgio Moro elogiou a atuação do
Supremo Tribunal Federal, mas disse que a quantidade de casos no STF torna difícil qualquer decisão rápida. Segundo Moro, isso mostra que o foro privilegiado não funciona.
A assessoria do presidente do
Senado, Renan Calheiros, afirmou que depois dos protestos de 2013 o Senado aprovou mais de 40 projetos de combate à corrupção.
Nós não conseguimos o retorno da assessoria da presidência da
Câmara dos Deputados.
O Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal não quiseram se manifestar.
Num documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro defendeu a validade de interceptações telefônicas de conversas do ex-presidente Lula com políticos.
É a resposta aos advogados de Lula, que pediram a anulação das escutas com pessoas que tinham foro privilegiado, alegando que Moro feriu a competência do Supremo.
Sérgio Moro afirmou que em nenhum momento investigou autoridades com foro privilegiado e lembrou que o relator da lava jato STF,
Teori Zavascki, anulou só a gravação com a presidente afastada Dilma Rousseff - que foi feita depois que o próprio Moro tinha determinado o fim das gravações.
A decisão desse caso cabe ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que está em plantão durante o recesso do Judiciário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário