sábado, 27 de maio de 2017

Empresários esperam que novo presidente do BNDES retome financiamento

ORDEM E PROGRESSO .

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Porto Alegre .
Rio Grande do Sul Brasil .
15/05/2017 07:54 horas .

Fonte de informação

G1 globo.com

ÉPOCA NEGÓCIOS

Empresários esperam que novo presidente do BNDES retome financiamento

Analistas porém defendem limitação de recurso como ex-presidente Maria Silvia Bastos vinha fazendo
27/05/2017 - 10H29 - ATUALIZADA ÀS 10H29 - POR ESTADÃO CONTEÚDO
Paulo Rabello de Castro toma posse como novo presidente do IBGE (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Empresários esperam que o novo presidente do BNDES, Paulo Rabello, retome projetos de financiamento, mas analistas defendem a limitação de recursos.O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, diz, em nota, que "o novo presidente do BNDES não pode perder a oportunidade de executar com celeridade os projetos de financiamento para a indústria e para a infraestrutura."
Segundo ele, esses investimentos são essenciais para ajudar a retomada do crescimento da economia brasileira. "O Brasil não pode parar."Já o presidente da Abiquim (representa a indústria química), Fernando Figueiredo, espera que o novo executivo "ajude a reconduzir o banco ao seu papel histórico, de fomentar o desenvolvimento social", papel que, para ele, Maria Silva não vinha cumprindo.Frederico DÁvila, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), diz que o BNDES deve agir como instituição pública, que preserva o interesse público. "Como é acionista da JBS e contribuiu para a formação desse oligopsônio, o BNDES não pode deixar a situação ir por água abaixo, senão arrebenta com a cadeia inteira."

O professor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Aloisio Araújo, porém, espera que o BNDES mantenha política mais rigorosa e promova um enxugamento. "Os empresários têm de saber que os recursos estão limitados"."A política da Maria Silva estava correta, em substituição ao que vinha sendo feito antes, com o excesso de subsídio a empresas eleitas", diz Samuel Pessôa, do Ibre.

O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Renato Fragelli, acredita que, ao reduzir o subsídio, ela "desagradou a burguesia nacional."Para José Luis Oreiro, economista da UnB, a saída de Maria Silva pode ser indicativo de que o chamado dream team, a equipe econômica de Michel Temer, pode estar se desfazendo. Ele lembra da pressão dentro do governo por parte de empresários para que flexibilizassem o crédito. "Talvez o aperto do BNDES tenha sido exagerado."
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