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Exposição fotográfica em Tiradentes revela cotidiano dos povos indígenas do Alto Xingu
A exposição ganhou o nome de Etnias e apresenta 25 imagens selecionadas pelo autor, que retratam o cotidiano dos povos indígenas do Alto Xingu (MT), com seus belíssimos rituais. A escolha das etnias xinguanas para esta primeira exposição da galeria se deve à relação muito próxima e carinhosa que o fotógrafo mantém com as aldeias da região.
Na verdade, a exposição será permanente e atualizada, de tempos em tempos, com novas etnias e produções mais recentes de Renato que criou o novo espaço junto com o artista plástico Jair Soares Junior, seu irmão. A Galeria Étnica & Oficina D’Argila – que, além da arte da fotografia, apresentará cerâmicas, esculturas e gravuras – fica num charmoso casarão colonial no km 01 da Rodovia MG 450 (São João Del Rey, zona rural), muito próximo ao centro de Tiradentes.
Pra terminar este post, reproduzo algumas das imagens da exposição e também o texto carinhoso que o cineasta Luiz Carlos Lacerda escreveu quando conheceu a obra de Renato Soares, e se encantou com ela.
Antropologia da Beleza, por Luiz Carlos Lacerda
A vida e os costumes dos povos indígenas do território brasileiro foram, desde sempre, objeto do olhar curioso dos europeus – os primeiros a descrever a cultura tupinambá no séc. XVI , como André Thevet, Jean de Léry e o alemão Hans Staden – prisioneiro dos índios e autor das primeiras gravuras que ilustraram, sob a luz da estética do Velho Mundo, o seu livro Viagem ao Brasil, relato inspirador do filme de Nelson Pereira dos Santos, Como era gostoso o meu francês.
No século XX, o cinegrafista Genil de Vasconcellos documentou a primeira abordagem dos Xavantes, seguido pelas fotos já consideradas artísticas do repórter da revista O Cruzeiro, José Medeiros, e o registro sem intenção profissional realizado por Pierre Verger – que também abrangeram, os dois, o mundo das yabás do Candomblé da Bahia.
O trabalho fotográfico de Renato Soares constitui, nos dias de hoje, mais do que um simples documento da vida cotidiana das várias tribos que resistem à barbárie de sua extinção promovida pelo que se convencionou chamar de progresso, e extrapola a mera curiosidade sobre o que os modernistas rotularam de povos primitivos – logo autocriticado por Picasso, como fonte inspiradora da Arte Moderna.
A sensibilidade desse artista enquadra, ao mesmo tempo que reproduz, toda a humanidade e a beleza que converge para o seu olhar especialíssimo, sem a utilização de recursos que aviltem a autenticidade de suas cores, a espontaneidade dos gestos e especialmente a luz natural que habita o interior das ocas, banha os rituais, esparge sobre os rios o por-de-sol generoso e multicolorido – como as plumas dos animais das quais se constitui a arte peculiar e única desses povos.
O trabalho desse grande fotógrafo contemporâneo inaugura uma nova forma de pesquisa e de expressão artística: a Antropologia da Beleza.
E seu olhar não é o mesmo dos deslumbrados viajantes europeus, que observaram, curiosos, um mundo aparentemente extravagante. Mergulhado na vida desses seus semelhantes e irmãos, lambuza-se de confraternização e solidariedade, sem a estranheza de um intruso, privilegiando-os com a sua paixão.
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Fotos: Renato Soares
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