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VEJA.com
Manifestantes de oposição ao presidente Nicolás Maduro bloquearam importantes vias de Caracas e outras cidades na Venezuela, na manhã desta sexta-feira. Os protestos acontecem um dia depois de o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) assumir as atribuições do Legislativo, dissolvendo a Assembleia Nacional.
A oposição inicialmente convocou uma manifestação para este sábado, 1º de abril, mas os protestos começaram ontem mesmo, quando um grupo de deputados foi à sede do TSJ e acabou agredido por apoiadores de Maduro. Com receio da repressão policial, a convocação não foi confirmada, mas espera-se que a mobilização da população aconteça de qualquer forma.
Nas redes sociais, a iniciativa ganhou força com a hashtag #EnLaCaleContraElGolpe. Apesar de pequenas e dispersas, as manifestações foram repreendidas com violência, denunciaram os participantes. Cinco estudantes e uma jornalista teriam sido detidos pela polícia, segundo informações do jornal venezuelano El Nacional.
O anúncio de que o TSJ assumiu por decisão judicial as funções da Assembleia Nacional foi recebido com repúdio ao redor do mundo. Estados Unidos, União Europeia (UE), Canadá e diversos países da América Latina (Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Argentina, México, Panamá e Guatemala) condenaram a decisão.
O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que a sentença é um “autogolpe de Estado perpetrado pelo regime venezuelano contra a Assembleia Nacional (AN), o último poder do Estado legitimado pelo voto popular” e convocou uma reunião de urgência este sábado para avaliar a situação.
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