terça-feira, 2 de maio de 2017

Como foi o Dia do Trabalho ao redor do mundo

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Como foi o Dia do Trabalho 
ao redor do mundo

Veja as celebrações e protestos do 1º de Maio
01/05/2017 - 12H38 - ATUALIZADA ÀS 18H54 - POR AGÊNCIA EFE COM O GLOBO
Marcha de 1º de Maio em Paris teve conflito (Foto: EFE)
Nesta segunda-feira (01/05), o Dia do Trabalho, diversos países ao redor do mundo têm celebrações e protestos. Confira:
França: polícia e encapuzados se enfrentam
As autoridades enfrentaram grupos de encapuzados na tarde desta segunda-feira em Paris ao início de uma manifestação sindical de comemoração ao 1º de Maio na qual participavam milhares de pessoas. Pelo menos três agentes antidistúrbios, segundo a delegacia de polícia, ficaram feridos —um deles em estado grave — depois do lançamento de coquetéis molotov pelos encapuzados, que ficaram posicionados no começo da marcha, organizada na praça da República pela Confederação Geral do Trabalho, Força Operária, a Federação Sindical Unitária e a Sud.
A prefeitura, que tinha mobilizado 2 mil agentes para fazer frente a eventuais distúrbios nesta convocação, também apontou que no começo dos incidentes uma pessoa foi detida por portar uma arma. Os agentes lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os encapuzados — cerca de 150 — do resto dos manifestantes, que ficaram parados antes de retomar a marcha que tinham programada em direção à praça da Nação.
Os encapuzados levavam alguns cartazes nos quais mostravam claramente sua rejeição a ter que escolher entre os dois candidatos que disputarão o segundo turno, o social-liberal Emmanuel Macron e a ultradireitista Marine Le Pen.
Antes do início do desfile sindical na praça da República, ativistas da organização Avaaz organizaram uma ação junto ao monumento e cobriram os rostos com máscaras que combinavam os rostos de Marine Le Pen e de seu pai, o fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen. Pretendiam assim mostrar o vínculo direto entre os dois, apesar da candidata da extrema direita se esforçar para se distanciar de seu pai, e pedir o voto para Macron.
Marcha de 1º de Maio em Paris teve conflito (Foto: EFE)
O encarregado da campanha do Avaaz, Aloys Ligault, insistiu que "Marine Le Pen compartilha mais que um sobrenome com seu pai. Destila após seu sorriso o veneno de uma ideologia de ódio. Para os Le Pen, propagar a divisão é um assunto familiar, e a única maneira de pará-los é votar no domingo por Macron".
Marine Le Pen reagiu aos distúrbios na manifestação com uma mensagem em sua conta no Twitter para prestar homenagem aos agentes feridos.
Estados Unidos
Em São Francisco, nos Estados Unidos, houve manifestação pelos direitos dos imigrantes e em comemoração ao Primeiro de Maio (Foto: JOHN G. MABANGLO/EFE)
Grupos de direitos civis e uniões trabalhistas promovem protestos pelo Dia do Trabalho em várias cidades dos EUA. As manifestações criticam as políticas migratórias do presidente americano, Donald Trump, e as suas promessas de aumentar as deportações. Ativistas dizem que esperam reunir multidões ainda maiores no fim do dia, possivelmente no maio protesto desde que o republicano tomou posse em janeiro.
Em Nova York, cerca de 500 pessoas marcharam na ilha de Manhattan. Doze pessoas foram detidas, segundo a porta-voz do Make the Road New York, grupo que atua em defesa dos imigrantes. Tradicionalmente, o Dia do Trabalho não é tão agitado nos EUA quanto em outros países, em que é frequente que a data seja marcada por protestos.
Itália: confronto em Turim
Manifestantes e polícia se enfrentam durante celebração do Primeiro de Maio, em Turim, na Itália (Foto: ALESSANDRO DI MARCO/EFE)
Um grupo de manifestantes enfrentou nesta segunda-feira a polícia durante uma passeata pelo Dia dos Trabalhadores na cidade de Turim, na qual foram vividos momentos de tensão.
O confronto ocorreu quando a polícia impediu um grupo de cerca de 200 manifestantes de chegar à cêntrica praça Castello, onde acontecia um ato organizado por diferentes sindicatos por causa do Primeiro de Maio.
Nesse momento 20 manifestantes, situados nas fileiras de uma marcha pacífica, começaram a lançar pedras e ovos contra os agentes, que responderam com bombas e balas de borracha, informou o jornal "La Stampa". A mesma fonte informa que três manifestantes foram detidos.
Venezuela
Milhares de simpatizantes do governo de Venezuela saíram nesta segunda-feira de vários pontos de Caracas em direção à avenida Bolívar, no centro da cidade, para celebrar o Dia do Trabalho e expressar seu apoio ao presidente Nicolás Maduro, que fará um discurso ao final do ato.
Esta mobilização foi convocada pelo governante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) para "celebrar todas as reivindicações sociais" e o chefe de Estado venezuelano, por sua parte, pediu ontem a seus seguidores que esta marcha seja realizada com "espírito de reivindicação pátria".
Os oficialistas, muitos deles vestidos de vermelho, a cor do chavismo, ou com uniformes das empresas do Estado, gritam palavras de ordem a favor do governo e comemoraram o fato que Maduro anunciou ontem um aumento de 60% do salário mínimo mensal, que será a partir de agora de 200.000 bolívares (US$ 280 na taxa de câmbio oficial mais alta).
O primeiro vice-presidente do PSUV, o deputado Diosdado Cabello, enviou hoje uma mensagem através de sua conta no Twitter no qual felicita a "força trabalhadora da revolução bolivariana". Por sua parte, o presidente da estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA), Eulogio del Pino, disse na manifestação à emissora estatal "VTV" que esta mobilização ajudará a "reafirmar a soberania" da pátria que inclui, segundo ela, a soberania sobre os recursos naturais da nação caribenha.
Em paralelo, centenas de opositores se concentram hoje em vários pontos da capital venezuelana para marchar rumo às sedes do Poder Eleitoral e Judicial, aonde esperam chegar para exigir "um novo tribunal" e a convocação de novas eleições.
Bolívia: aumento de salário
O presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou nesta segunda-feira os decretos para aumentar em 10,8% o salário mínimo nacional, até o equivalente a US$ 287, e em 7% o salário básico e de contratação para os setores público e privado. Morales assinou os decretos em um ato no Palácio de Governo em La Paz por causa do Dia do Trabalho.
Um dos decretos ratificou os aumentos de 10,8% do salário mínimo nacional e de 7% do salário básico estipulados na semana passada pelo governo e os dirigentes da Central Operária Boliviana (COB), a principal entidade sindical do país. O aumento de 7% também ocorrerá nos salários de policiais, militares, profissionais de saúde, professores de escolas públicas e funcionárias dos governos regionais e municipais. O segundo decreto autoriza um aumento de até 7% ao salário básico dos funcionários vinculados ao Executivo.
Morales destacou que o aumento salarial está novamente acima da taxa de inflação do ano anterior (4%), um sistema que o governo vem utilizando desde que ele chegou à presidência em 2006. O governante pediu ao empresariado do setor privado que compreenda que é importante "reconhecer" o esforço dos trabalhadores.
"O setor privado tem que entender que nosso modelo, não somente de nacionalização, mas de busca por igualdade entre irmãos bolivianos, teve resultados importantes, por isso há crescimento econômico", afirmou Morales.
As principais associações empresariais manifestaram sua rejeição aos aumentos estabelecidos entre o governo e a COB e alertaram que os mesmos vão causar maior precariedade trabalhista. Morales também apresentou um projeto de lei para aumentar de US$ 36 para 43 a renda digna, um subsídio mensal que beneficia os maiores de 60 anos.
Rússia: marcha pela Praça Vermelha de Moscou
Em São Petesburgo, os cidadãos realizaram uma marcha para comemorar o dia Internacional do Trabalho (Foto: ANATOLY MALTSEV/EFE)
Dezena de milhares pessoas participaram nesta segunda-feira de uma marcha pela Praça Vermelha de Moscou por causa do 1º de Maio, organizada pelos sindicatos oficiais com o apoio do Rússia Unida, o partido do presidente russo, Vladimir Putin. A polícia moscovita cifrou em aproximadamente 130 mil os participantes da marcha para celebrar o Dia da Primavera e do Trabalho, que é como oficialmente denominada a festa na Rússia desde 1992.
"Por uma vida, um trabalho e um salário digno", foi o lema central escolhido pelos organizadores da manifestação, embora também tenham sido vistos cartazes com slogans contra o terrorismo. A festividade na capital foi presidida pelo prefeito, Serguey Sobyanin.
"Quando há um ano nos reunimos aqui, na Praça Vermelha, dissemos que Moscou e os moscovitas superariam todos os problemas. E assim foi", disse o prefeito, que destacou que a capital russa se desenvolve, cria emprego e constrói moradias e infra-estrutura. Segundo os sindicatos, cerca de 2,5 milhões de filiados participaram da comemoração do 1º de Maio no país.
O Partido Comunista de Rússia (PCR) convocou em Moscou uma marcha à parte, na qual participaram cerca de 3,5 mil pessoas, segundo fontes policiais. "Este não só é um dia de primavera e de trabalho, é um dia de luta dos trabalhadores por seus direitos", disse à imprensa o líder do PCR, Guennadi Ziugánov, antes do começo da marcha.
As autoridades mobilizaram mais de 355 mil policiais e membros da Guarda Nacional em todo o país para garantir a segurança e a ordem durante as atividades por ocasião do Primeiro de Maio.
África do Sul: cancelamento de ato
Centenas de integrantes do sindicato COSATU vaiaram nesta segunda-feira o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, durante a comemoração do Dia do Trabalho em Bloemfontein, que acabou sendo cancelada sem o pronunciamento do chefe de Estado depois que este não conseguiu o silêncio dos organizadores, que pediam sua renúncia.
Um grupo de sindicalistas recebeu o presidente com gritos de "Zuma deve sair". Outros integrantes da COSATU tentaram silenciá-los, sem sucesso, com palavras de ordem em favor do presidente. Zuma assistiu aos gritos e canções contra ele sentado sob a tenda que protegia do sol os dirigentes que compareceram ao evento.
Aliado histórico do partido Congresso Nacional Africano (CNA), que é presidido por Zuma, a COSATU pediu no mês passado a saída de chefe de Estado por causa da destituição em 31 de maio do respeitado ministro de Finanças, Pravin Gordhan.
O Partido Comunista - o outro aliado do CNA desde os tempos da luta contra o apartheid - também pediu a saída de Zuma pela destituição de Gordhan, que tinha manifestado sua oposição aos planos de gastos mais ambicioso do presidente e se converteu em um símbolo de integridade moral na África do Sul.
Zuma foi acusado de tirar Gordhan para aplainar o terreno ao caríssimo projeto de construir novos reatores nucleares na África do Sul, que, segundo alguns comentaristas, proporcionaria concessões milionárias à família dos magnatas Gupta e a um dos filhos do presidente. Os Gupta e Duduzane Zuma são proprietários de uma mina de urânio que seria utilizada para abastecer os novos reatores.
De origem indiana e com interesses em vários setores estratégicos, os Gupta fizeram fortuna com concessões públicas na África do Sul, e são acusados de ter manipulado licitações para obter contratos do Estado e de terem oferecido cargos de ministro em nome do próprio presidente.
Mais de 100 mil pessoas pediram em abril a renúncia de Zuma, e duas agências de qualificação de risco rebaixaram a nota da África do Sul ao nível do bônus lixo alegando temores com gastos descontrolados após a saída de Gordhan do governo.
A oposição sul-africana prepara uma moção de censura contra o presidente e espera que os deputados descontentes da base governista se juntem a ela. O mandato de Zuma, seu segundo e último, termina em 2019 e o político deixará de ser presidente do CNA em dezembro deste ano.
Além dos protestos contra Zuma, os trabalhadores da COSATU se manifestaram hoje em frente à Bolsa de Valores de Johanesburgo para pedir a "transformação" racial da economia e denunciar o "monopólio capitalista branco" que, segundo eles, controla a África do Sul.
Espanha: protesto por empregos e salários dignos
Trabalhadores protestam na Espanha  (Foto: EFE)
Convocados pelos sindicatos, os trabalhadores espanhóis voltaram a sair às rua nesta segunda-feira, dia 1º de Maio, para exigir dos patrões e do governo empregos estáveis e salários dignos. Da sua parte, o chefe do Executivo, Mariano Rajoy, agradeceu a contribuição dos trabalhadores para "a recuperação econômica". Em sua conta do Twitter, Rajoy escreveu que "o governo trabalha para se conseguir mais e melhores empregos".
Os principais sindicatos, UGT e CCOO, convocaram 73 marchas em todas as capitais de províncias e nas cidades mais importantes para reivindicar emprego estável, salários justos, aposentadorias dignas e mais proteção social.
Os secretários gerais de CCOO e UGT, Ignacio Fernández Toxo e Pepe Álvarez, respectivamente, encabeçarão a manifestação de Madri, que vai passar pela Praça de Netuno até a Porta do Sol, onde terminará com a leitura de um manifesto.
Entre suas reivindicações, ambos pedem às patronais que se sente para negociar a fim de fechar o mais rápido possível um pacto salarial para 2017. Caso contrário, ameaçam com uma maior agitação trabalhista.
Turquia: manifestantes detidos
Manifestantes turcos tomam as ruas no 1º de Maio (Foto: EFE)
A polícia turca deteve nesta segunda-feira dezenas de pessoas e usou gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes em Istambul que por conta das festividades de 1º de Maio tentaram expressar seu mal estar com o Governo e com o presidente, Recep Tayyip Erdogan. Segundo informa o canal de notícias "CNNTürk", cerca de 75 pessoas foram detidas no bairro de Gayrettepe quando aproximadamente 250 manifestantes queriam iniciar uma marcha de protesto.
Os manifestantes expuseram cartazes com lemas como "Que viva o 1 de maio. Não ao ditador", enquanto a polícia fez disparos para o ar e usou gás lacrimogêneo. Os manifestantes se referiam a Erdogan, que obterá mais poderes após uma ampla mudança constitucional, referendada por uma controversa consulta popular há duas semanas.
Enquanto isso, outro grupo de manifestantes tentou chegar à cercada praça de Taksim, no centro de Istambul, onde as autoridades tinham proibido qualquer marcha ou protestos. Ali, duas mulheres foram detidas. Ao mesmo tempo, a polícia turca interceptou outros trinta manifestantes que tentaram chegar à praça em uma marcha que saiu desde o bairro de Besiktas.
A praça de Taksim, que até os protestos sociais do ano 2013 era o centro nevrálgico de qualquer manifestação política em Turquia, esteve hoje completamente fechada ao público com barreiras e controles policiais. Este lugar se tornou simbólico para grupos de esquerda na Turquia depois dos violentos incidentes ocorridos ali em 1977 quando grupos ultranacionalistas abriram fogo contra grupos de esquerda e mataram 37 pessoas.
Kani Beko, presidente da federação de sindicatos revolucionários de Turquia (DISK), denunciou hoje à Agência Efe por telefone que "os assassinos de 1977 não foram achados e nem castigados até hoje". "Não abandonamos nossa reclamação por Taksim. Mas neste ano vamos expressar os sérios problemas do país e dos operários em um comício em massa em Bakirkoy (um bairro de Istambul)".
Cerca de 30 mil agentes da polícia turca se encontram hoje de serviço em Istambul, uma cidade com quase 15 milhões de habitantes, onde várias avenidas de acesso ao centro foram fechadas ao tráfego desde as primeiras horas da manhã de hoje.
Líbano: trabalhadores querem reformas políticas
Em Beirute, no Líbano, simpatizantes do partido comunista participam de marcha em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho (Foto: WAEL HAMZEH/EFE)
Centenas de sindicalistas e membros do Partido Comunista Libanês (LCP) se manifestaram nesta segunda-feira, Dia do Trabalhado, com críticas aos políticos e exigindo reformas. "Não à corrupção", "Existirão mudanças e nós triunfaremos", eram alguns das frases escritas nos cartazes dos manifestantes que se concentraram no bairro Wata al-Mousseitbeh, de onde partiram rumo à Praça Riad El-Solh, no centro de Beirute.
A organização do grupo adiantou que pode organizar outro protesto no próximo dia 15 para pressionar o parlamento a votar a favor de uma nova lei eleitoral, de cuja aprovação depende da convocação de eleições legislativas. O parlamento tentou adiar a votação por falta de consenso e tentou prorrogar seu mandato pela terceira vez consecutiva.
O presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Operários e Empregados do Líbano (Fenasol), Castro Abdallah, defendeu que é mais do que necessário uma lei eleitoral justa. "Os corruptos querem que nos rendamos. Conspiram contra nós. Não aceitamos mais ficar em silêncio sobre os crimes que comentem contra a gente", afirmou.
Está previsto que o parlamento, cujo mandato expira em 20 de junho, se reúna no dia 15 para votar uma nova lei eleitoral que serviria para realizar as eleições legislativas e evitar assim a prorrogação do mandato. As últimas eleições parlamentares aconteceram em 2009. Em 2013 e 2014, os deputados prorrogaram a permanência por falta de acordo para umas novas eleições.
A lei eleitoral libanesa, que data de 1960, é baseada em um sistema confessional. Com isso, os candidatos são escolhidos em razão de sua religião, em um país onde existem 19 comunidades religiosas.
Grécia: protesto contra cortes
Ato de 1º de Maio em Atenas (Foto: EFE)
Centenas de pessoas saíram nesta segunda-feira às ruas no centro de Atenas, seguindo a convocação do principal sindicato do setor privado (GSEE) e do setor público (ADEDY) para se manifestar contra as medidas que serão aplicadas após o acordo entre governo e credores. Outras organizações sindicais como a PAME, bem como a esquerda extraparlamentar, também reuniram centenas de pessoas no centro da capital.
O GSEE pediu, além disso, a seus filiados para fazer uma greve de 24 horas durante este primeiro de maio, prévia à geral que ambos os sindicatos convocaram para o dia 17 de maio. O sindicato do setor privado pediu em um comunicado para formar "uma frente comum" contra as "medidas injustas que o governo se prepara para votar e pôr em prática", e criticou que o dia 1 de maio seja "um feriado obrigatório", pois, em seu julgamento, a melhor reivindicação é "uma greve dos trabalhadores".
"Durante sete anos, os governos dos memorandos e da troika bateram nos trabalhadores e varreram o que restava do estado de conforto", disse por sua parte o comunicado do ADEDY, acrescentando que "o governo de Syriza e ANEL (Gregos Independentes) pretende dar o último golpe nas aposentadorias".
Chile: duas mobilizações
Manifestantes em passeata em Santigo, Chile, durante comemorações do 1º de maio convocada pelos sindicatos (Foto: Esteban Garay/EFE)
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse nesta segunda-feira, por conta do Dia do Trabalho, que embora ainda haja reivindicações para cumprir, seu Governo dignificou o trabalho dos assalariados. "Digo que sei que há reivindicações para cumprir, mas durante este Governo tivemos avanços muito importantes que permitiram dignificar seu trabalho", disse a governante socialista em um vídeo divulgado na conta do Twitter da Presidência.
"Envio um afetuoso e carinhoso cumprimento aos trabalhadores e trabalhadoras de nossa pátria hoje, dia primeiro de maio, e os agradeço por fazer do Chile um país maior", enfatizou. O movimento sindical chileno celebrará hoje o feriado com duas mobilizações na capital chilena.
Portugal
Milhares de pessoas marcharam nesta segunda-feira em Lisboa por causa do Dia dos Trabalhadores, em uma jornada na qual os cidadãos reivindicaram que o trabalho "é um direito" e afirmaram que seguirão se mobilizando para defender as conquistas sociais. "A luta continua", "Maio está na rua" e "É urgente, é necessário, o aumento do salário", foram alguns dos gritos dos manifestantes, que percorreram várias das principais avenidas da cidade.
A mobilização foi convocada pela maior central sindical do país, a Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses, de orientação comunista, cujo líder, Armenio Carlos, alertou no domingo que não exclui uma greve geral se não se houver um claro giro à esquerda por parte do Governo socialista.
Perguntada sobre esta possibilidade, Caterina Martins, a coordenadora do marxista Bloco de Esquerda - um dos parceiros parlamentares do Executivo -, recusou se pronunciar, embora tenha considerado que os sindicatos "farão sua parte" no que diz respeito a avançar em direitos trabalhistas.
"Estamos atrasados na concretização dos acordos que se realizaram para combater a precariedade", disse Martins a jornalistas antes de participar da manifestação, e acrescentou que "é necessária, naturalmente, uma vontade política para avançar mais".
Em paralelo à manifestação de Lisboa, outro grande sindicato do país, a União Geral de Trabalhadores, de orientação socialista, desenvolveu seus atos na cidade de Viana de Castelo, no norte de Portugal. "Crescimento, Emprego, Mais Justiça Social" foi o lema deste sindicato, cujo secretário-geral, Carlos Silva, fez especial empenho na defesa dos trabalhadores da administração pública.
Da América do Sul à Rússia: confira imagens das celebrações ou protestos no 1º de maio
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Manifestação contra as reformas da Previdência e trabalhista no Rio de Janeiro
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