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15/05/2017 07:54 horas .
Fonte de informação
G1 globo.com
Chanceleres do Mercosul devem se reunir em SP para discutir situação da Venezuela
Governos dos países do bloco fazem últimos acertos do encontro, previsto para o próximo sábado. Venezuela vive crise econômica e política, com protestos nas ruas e prisões de opositores do governo.
Por Guilherme Mazui, G1, Brasília
Governo é acusado de fraude eleitoral na Venezuela
O Brasil deve receber chanceleres do Mercosul para uma reunião no próximo sábado (5), em São Paulo, com o objetivo de discutir a situação da Venezuela. Nesta quinta (3), os governos dos países integrantes do bloco fazem os últimos acertos para o encontro.
A expectativa é que participem da reunião os chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A Venezuela está suspensa do Mercosul desde dezembro, por ter descumprido normas de adesão ao bloco.
Na reunião prevista para sábado, os chanceleres podem avaliar eventuais medidas a serem adotadas em relação ao país vizinho, governado pelo presidente Nicolás Maduro.
A Venezuela passa por uma crise política e econômica e vive uma situação de turbulência social, com protestos nas ruas e prisões de políticos de oposição ao governo Maduro.
Governos de vários países, entre os quais o do Brasil, condenaram a eleição realizada no domingo (30) na Venezuela para formar uma Assembleia Constituinte, cuja missão será escrever uma nova Constituição para o país.
Em nota, o Itamaraty pediu a suspensão da Constituinte. O Ministério de Relações Exteriores brasileiro afirmou que o governo venezuelano não respeitou o desejo de seu povo e lamentou que os pedidos da comunidade internacional para que a eleição fosse cancelada não tenham sido atendidos.
Nesta quinta, procuradores da Venezuela pediram a anulação da Constituinte por suposta fraude em sua eleição, um dia antes da previsão para que o órgão seja instalado. Segundo a empresa Smartmatic, encarregada do processo de votação, houve fraude em relação ao número de eleitores para a Constituinte. Maduro rejeitou a fraude afirmando que o processo foi "transparente".
Em julho, na reunião de cúpula do bloco realizada na cidade argentina de Mendonza, o presidente Michel Temer afirmou que os países que integram o Mercosul reconheceram uma “ruptura” democrática na Venezuela. Daquela reunião saiu um comunicado em que os países pediam o restabelecimento da ordem institucional e que o governo de Maduro e a oposição iniciassem um diálogo para um "arranjo político crível".
Na oportunidade, o Brasil assumiu a presidência temporária do Mercosul. Somente Maduro não esteve presente à reunião de cúpula.
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