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15/05/2017 07:54 horas .
Fonte de informação
G1 globo.com
Eventos no Rio de Janeiro deverão receber aporte de R$ 200 milhões, prevê ministro
Segundo Sérgio Sá Leitão (Cultura), recursos sairiam de patrocínios de empresas estatais e privadas, além de leis de incentivo e, 'eventualmente', do Orçamento da União.
Por Guilherme Mazui, G1, Brasília
O governo federal decidiu nesta quinta-feira (3) organizar um calendário com cerca de 150 eventos culturais, esportivos e de turismo no estado do Rio de Janeiro que deverão receber aporte de cerca de R$ 200 milhões, informou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
>> Saiba mais abaixo as ações voltadas para infraestrutura e programas sociais
Segundo o ministro, os recursos deverão sair de patrocínios de empresas estatais e privadas, além de leis de incentivo e, "eventualmente", do Orçamento da União.
Sérgio Sá Leitão explicou que o objetivo do governo ao definir esse calendário de eventos é incentivar a geração de emprego e renda no estado. A atuação do governo federal também se estenderá a ações na área social.
O "marco inicial" será o próximo Réveillon e o calendário foi batizado de "Rio de janeiro a janeiro". O Carnaval de 2018 está na relação de eventos que o governo federal pretende apoiar.
Grupo de trabalho
Na semana passada, o governo criou um grupo de trabalho para discutir a situação econômica do Rio de Janeiro. Entre as atribuições da chamada "força-tarefa", está definir mecanismos capazes de incentivar a economia no estado.
Participaram da reunião desta quinta os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Sérgio Sá Leitão (Cultura), Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Maurício Quintella (Transportes) e Leonardo Picciani (Esporte), além de representantes dos ministérios da Educação e do Turismo e da Embratur, além da RioTur e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Infraestrutura
Presente à reunião desta quinta no Palácio do Planalto, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, citou uma série de investimentos em infraestrutura previstos no Rio, com obras em portos, rodovias e aeroportos.
O ministro afirmou que "ainda não está totalmente definido", mas que há o "indicativo muito forte" de que o governo concederá o aeroporto Santos Dumont. O aeroporto de Macaé também poderá ser concedido, segundo ele.
Maurício Quintella também relatou que está em análise o repasse do Arco Metropolitano para o governo do estado. Segundo ele, é um ativo que pode servir para concessão estadual, gerando outorga aos cofres públicos.
Quintella citou, ainda, a retomada das obras da BR-040, com investimento de R$ 1 bilhão. O ministro informou que o governo federal ainda está acertando as pendências da obra com o Tribunal de Contas da União (TCU) e espera iniciar os investimentos em, "no máximo, 60 dias".
Por fim, o ministro citou investimentos na área portuária, com a prorrogação de dois contratos de arrendamento no porto de Niterói; a assinatura do contrato de arrendamento do novo terminal de trigo do porto do Rio de Janeiro; e a conclusão da dragagem no acesso ao porto do Rio.
Programas sociais
Na área social, o governo federal anunciou que vai promover um programa de capacitação para jovens de baixa renda, dos 12 aos 29 anos de idade, para afastá-los da criminalidade. A meta é beneficiar 50 mil jovens, cujas famílias terão aumento no valor do benefício do Bolsa Família.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, os jovens que entrarem no programa participarão de atividades esportivas, capacitação profissional e farão cursos de programação em informática no turno oposto ao que eles estiverem na escola. O governo federal deverá disponibilizar recursos para alimentação e transporte desses jovens.
Sobre o Bolsa Família para as famílias desses jovens, Terra afirmou: "Vamos dobrar o valor do Bolsa Família para as famílias que têm jovens nesta faixa etária e que estejam fazendo o contraturno conosco."
Como a meta é beneficiar 50 mil jovens, o ministro estima que esse reforço no pagamento custará cerca de R$ 6 milhões por mês, que sairão do orçamento do MDS. De acordo com Terra, a média do Bolsa Família no Rio é de R$ 150.
O ministro citou como áreas prioritárias do projeto os complexos do Alemão, da Maré, do Chapadão e da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, além dos municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
As atividades no contraturno escolar devem ser realizadas em 27 unidades militares no Rio. O governo federal quer o apoio do setor do turismo para reservar de 5% a 10% das vagas de estágio e emprego para estes jovens.
Terra ainda falou que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, discute com o técnico da seleção brasileira de futebol, Tite, e jogadores dos clubes do Rio a possibilidade de eles se tornarem padrinhos dos participantes do projeto.
O governo ainda vai trabalhar com adolescentes em regime socioeducativo (cerca de 1.250), criando equipes que vão acompanhar as famílias deles. A ideia é capacitá-los para que encontrem emprego assim que forem liberados.
Osmar Terra informou, por fim, iniciar o projeto em setembro.
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