sexta-feira, 27 de abril de 2018

Serviços perdem força e devem contribuir para segurar inflação nos próximos anos

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Fonte de informação .

G1 globo.com

ECONOMIA

Serviços perdem força e devem contribuir para segurar inflação nos próximos anos

Preços dos alimentos, que caíram nos últimos meses, devem voltar a subir; economistas dizem que atividade em serviços ainda está fraca e não há fôlego para alta de preços.

Por Luiz Guilherme Gerbelli e Marta Cavallini, G1
 
O Brasil está diante de um cenário inflacionário incomum. Se por vários anos os serviços pressionaram a inflação, serão eles que vão desempenhar um papel fundamental de manter os preços em um patamar mais controlado daqui para frente.
De forma geral, a inflação tem surpreendido positivamente desde o ano passado. Em março, o índice acumula alta de 2,68% em 12 meses. Boa parte da melhora, no entanto, ocorreu até agora por causa da deflação de alimentos - ou seja, queda de preços.
“Nós esperamos uma recomposição dos preços dos alimentos este ano e, dessa forma, a inflação de serviços deve colaborar bastante nos próximos anos (para segurar os preços)”, afirma a economista e sócia da Tendências Alessandra Ribeiro.
A inflação de serviços já mostrou desaceleração nas recentes leituras do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, por exemplo, acumulava alta de apenas 3,9% no acumulado em 12 meses. No auge, já chegou a rodar no patamar de 9%.
A expectativa é que essa fraqueza da inflação de serviços continue neste e no próximo ano e deverá ficar próxima de 3,5%, segundo cálculos da Tendências Consultoria Integrada. Se confirmado, esse patamar vai ser equivalente ao que se observava no início da década passada. Em 2000, por exemplo, fechou a 3,25%.
Gráfico mostra evolução da inflação e de indicadores que compõem o índice (Foto: Infográfico: Igor Estrella/G1)Gráfico mostra evolução da inflação e de indicadores que compõem o índice (Foto: Infográfico: Igor Estrella/G1)
Gráfico mostra evolução da inflação e de indicadores que compõem o índice (Foto: Infográfico: Igor Estrella/G1)
A inflação de serviços costuma responder ao desempenho da economia. Se a atividade econômica acelera e a taxa de desemprego cai, os preços de serviços costumam subir. O oposto também ocorre. Se há aumento do desemprego, os serviços tendem a desacelerar já que há menos gente disposta a consumir. No trimestre encerrado em fevereiro, o desemprego seguia elevado. A taxa de de desemprego foi de 12,6% e alcançou 13 milhões de pessoas.
“Com esse cenário da economia, vários serviços, como salões de beleza, não subiram os preços nos últimos anos como faziam antigamente”, afirma Salomão Quadro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Sem manicure

A corretora de imóveis Fabíola Menezes, de 41 anos, deixou este ano de ir à manicure, ao cabeleireiro, e à academia para conseguir dar conta das despesas domésticas. Com a queda nas vendas de imóveis, ela e o marido, também corretor, acabaram cortando as despesas que achavam mais supérfluas.
Fabíola e as filhas Jennyfer, de 21 anos, e Jordanna, de 16, passaram a fazer as unhas em casa. Uma ajuda a outra. Elas compartilham inclusive a mesma cor para economizar. Além disso, as três só vão ao cabeleireiro quando precisam comparecer a algum evento social. Fabiola conta que até comprou um bom secador e uma prancha para fazer escova progressiva. Assim, uma arruma o cabelo da outra. E a depilação também é feita dessa forma.
“Esses serviços não ficam barato. Em casa conseguimos fazer tudo e continuamos lindas com um custo bem menor”, afirma.
Fabíola Menezes entre as filhas Jennyfer (esq.) e Jordanna (dir.), que passaram a fazer os serviços de beleza em casa (Foto: Arquivo pessoal)Fabíola Menezes entre as filhas Jennyfer (esq.) e Jordanna (dir.), que passaram a fazer os serviços de beleza em casa (Foto: Arquivo pessoal)
Fabíola Menezes entre as filhas Jennyfer (esq.) e Jordanna (dir.), que passaram a fazer os serviços de beleza em casa (Foto: Arquivo pessoal)
A academia também acabou sendo cortada. Ela e Jordanna passaram a fazer caminhadas dentro do condomínio e no estádio do Maracanã, no Rio. Somente Jennyfer se mantém na academia. Os gastos, que eram de R$ 360 mensais, diminuíram para R$ 120.
Fabíola acha que vai conseguir voltar ao ter seus “mimos” de volta só ano que vem, quando prevê que a economia irá se estabilizar.
“As vendas de imóveis tiveram uma baixa considerável nos últimos anos. Mas agora com a Caixa Econômica reduzindo os juros e os bancos privados fazendo concorrência, acredito que no ano que vem dê uma melhorada. Neste ano não vai acontecer porque tem a Copa e as eleições”, diz.
Fabiola, Jennyfer e Jordanna passaram a fazer as unhas com a mesma cor de esmalte para economizar (Foto: Arquivo pessoal)Fabiola, Jennyfer e Jordanna passaram a fazer as unhas com a mesma cor de esmalte para economizar (Foto: Arquivo pessoal)
Fabiola, Jennyfer e Jordanna passaram a fazer as unhas com a mesma cor de esmalte para economizar (Foto: Arquivo pessoal)

Saída da recessão

O Brasil tem um cenário bastante positivo para a inflação nos próximos anos, o que é raro quando se analisa a história econômica do país. Hoje, o Brasil alcançou um patamar inflacionário próximo ao de economias maduras e de outros países emergentes que servem de modelo, como é o caso do Chile.
Os economistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, estimam que o IPCA ficará em 3,49% neste ano e subirá a 4% em 2019.
Agora, o desafio para a economia brasileira é voltar a crescer de forma mais rápida sem que ocorra um retorno da inflação.
“Essa inflação mais baixa permite o planejamento de longo prazo das empresas e famílias”, diz o economista do Itaú Unibanco Elson Teles.
“É um ganho importante. Não há necessidade de tudo estar indexado e essa neura de mudar preço o tempo todo.”
Na avaliação dos economistas, a manutenção do baixo patamar de inflação está condicionada ao prosseguimento da agenda de reformas, sobretudo da Previdência, no próximo governo. Sem a reforma, pode haver uma piora na avaliação de risco da economia brasileira, com alta do dólar sobre real e aumento da inflação.
"O país precisa de várias reformas, como a da Previdência e a tributária. É fundamental que elas sejam feitas para que a economia consiga deslanchar", diz Salomão Quadros, do Ibre/FGV.
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