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Marco Marques .
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30/11/2018
Comentário .
Marco Marques .
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Fonte de informação
G1 globo.com
Manifestantes entram em confronto com a polícia em Paris; 287 são detidos
'Coletes-amarelos' tentaram forçar bloqueio e polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo na Avenida Champs Elysées. Manifestantes incendiaram carros em diversas ruas da cidade.
Por G1
Carro queimado após protestos dos coletes-amarelos em Paris — Foto: REUTERS/Benoit Tessier
Manifestantes que protestam contra o aumento no preço dos combustíveis e a perda de poder aquisitivo entraram em confronto com a polícia na Avenida Champs-Elysées, em Paris, na manhã deste sábado (1º). Pelo menos 287 pessoas foram detidas e 110 ficaram feridas, segundo o jornal "Le Monde".
Protestos em todo o país reuniram 36 mil pessoas neste sábado, segundo estimativa do primeiro-ministro, Edouard Philippe. Cerca de 5500 manifestantes com "coletes amarelos" fluorescentes (gilets jaunes, em francês) foram à Champs-Elysées.
Novos protestos contra o governo da França deixam 110 feridos
As lojas da tradicional Galeria Lafayette e da Printemps foram esvaziadas em Paris por causa da violência relacionada ao movimento e os incêndios ameaçam vários prédios no centro da cidade, segundo a agência Reuters. Um fuzil foi roubado de uma viatura da polícia francesa, segundo as autoridades. O caos se estende por vários bairros da capital francesa, a três semanas do Natal.
Após o término da Cúpula do G20, em Buenos Aires, o presidente francês Emmanuel Macron falou sobre os protestos dizendo que não há justificativa para o vandalismo e violência que não tem nada a ver com uma expressão pacífica do descontentamento.
"Nada justifica que forças de segurança sejam atacadas, lojas saqueada, prédios públicos e privados incendiados, pedestres e jornalistas ameaçados ou o Arco do Triunfo sujo", disse à imprensa.
Se recusando a responder perguntas depois de um dia de tumultos em Paris, ele disse que aqueles que realizaram a violência simplesmente procuraram espalhar o caos. Ele disse que convocaria uma reunião de ministros em breve, enquanto volta para discutir que ações tomar.
Arco do Triunfo cercado por policias após confusão no protesto dos coletes-amarelos — Foto: REUTERS/Benoit Tessier
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, declarou sua "profunda indignação" e sua "grande tristeza" em face da violência na capital. Depois dos violentos confrontos perto da avenida de Champs-Elysées, os enfrentamentos se espalharam na tarde de sábado para vários outros bairros de Paris, causando grande confusão.
"Sinto uma profunda indignação e tristeza pela violência no coração de Paris, o que é inaceitável", disse a prefeita no Twitter. "Nosso país está enfrentando uma grande crise, que só pode ser resolvida através do diálogo, e precisamos encontrar o caminho o mais rápido possível", escreveu Hidalgo.
Manifestantes entram em confronto com a polícia em Paris
Mais cedo, um grupo de manifestantes encapuzados e mascarados tentou forçar o bloqueio montado pelas forças de segurança para fazer controles e identificações. Latas de lixo foram derrubadas e queimadas.
A tropa de choque respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. O Arco do Triunfo foi tomado por uma nuvem de fumaça. Segundo o "Le Monde", 110 pessoas ficaram feridas (11 das forças de segurança).
Bombeiros tentam apagar fogo em carro após manifestação dos coletes-amarelos em Paris — Foto: REUTERS/Stephane Mahe
Os manifestantes que participaram pacificamente do protesto foram pegos no fogo cruzado na avenida. Entre eles, Chantal, uma aposentada de 61 anos que tentava evitar se aproximar da confusão.
Para a aposentada, "Macron deve descer de seu pedestal, entender que o problema não é o imposto, é o poder de compra. Todo mês eu tenho que mexer na minha poupança".
Bombeiros tentam apagar chamas de carro após protesto em Paris — Foto: REUTERS/Stephane Mahe
'Coletes-amarelos'
Manifestante de colete amarelo lança gás contra a polícia neste sábado (1) na avenida Champs-Elysées, em Paris. O protesto é contra o aumento de impostos do governo Macron. — Foto: Kamil Zihnioglu/AP
O movimento que tem como símbolo o “colete-amarelo”, que é item obrigatório para os veículos franceses, começou em 17 de novembro. Ele conta com o apoio de dois em cada três franceses e uma petição "por uma redução nos preços do combustível" que superou o milhão de assinaturas.
O primeiro dia nacional de protesto mobilizou 282.000 pessoas e a segunda cerca de 106 mil, incluindo 8 mil em Paris.
Desconcertado, o governo não consegue dialogar com representantes do movimento que nasceu nas redes sociais, desvinculado de qualquer comando político ou sindical.
Manifestantes de coletes amarelos protestam contra o aumento de impostos do governo Macron neste sábado (1) na avenida Champs-Elysées, em Paris. — Foto: Kamil Zihnioglu/AP
Os anúncios feitos esta semana pelo presidente Emmanuel Macron - um dispositivo para limitar o impacto dos impostos sobre o combustível, assim como um "grande diálogo" - não convenceram, segundo a France Presse.
Macron afirmou na quinta-feira (30), em Buenos Aires, onde participa da cúpula do G20, que queria responder à irritação legítima e ao sofrimento de uma parte do povo com "decisões adicionais nas próximas semanas e nos meses próximos", mas que não haverá uma volta atrás.
Manifestantes de coletes amarelos protestam contra o aumento de impostos do governo Macron neste sábado (1) na avenida Champs-Elysées, em Paris. — Foto: Kamil Zihnioglu/AP
Sinal de uma revolta social que não diminui, estão previstas manifestações em outras cidades do país, como no emblemático porto de Marselha, e em territórios franceses ultramarinos.
O movimento já começa a ultrapassar as fronteiras da França. Uma centena de 'coletes amarelos' belgas também se manifestaram nesta sexta-feira (30) em Bruxelas.
Pichação no Arco do Triunfo, em Paris, afirma 'Os coletes amarelos triunfarão' — Foto: Stephane Mahe/ Reuters
Manifestantes destroem carros durante um protesto em Paris, neste sábado (1º) — Foto: Lucas Barioulet / AFP
Manifestantes fazem barricada na avenida Champs-Élysées, em Paris, neste sábado (1º) — Foto: Geoffroy Van Der Hasselt / AFP
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