terça-feira, 20 de junho de 2017

A cada dia que passa aumenta a probabilidade' de intervenção da Anatel na empresa, diz presidente da Oi

ORDEM E PROGRESSO .

Resultado de imagem para bandeira do brasil
                                                                                     
ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

BRASIL NO SEU DIA A DIA .

Projetos EAS precisa com urgência parcerias ou sócio investidor para todos os projetos e poderá ser  você .

BRASIL NO SEU DIA A DIA compartilhando com todos os amigos ..

Projetos EAS geração de energia elétrica auto sustentável .
Único no mundo .

POA RGS Brasil 

QUER GANHAR MUITO DINHEIRO SEJA UM INVESTIDOR DOS PROJETOS EAS .


Marco Marques .
Esta e parte que não entendo .
Se o investidor quer ganhar muito dinheiro porque não investe nos Projetos EAS , INOVAÇÃO , SUSTENTABILIDADE , ECOLOGICAMENTE CORRETO ZERO IMPACTO AMBIENTAL .
Porto Alegre .
Rio Grande do Sul Brasil .
15/05/2017 07:54 horas .

Fonte de informação

G1 globo.com

ECONOMIA

‘A cada dia que passa aumenta a probabilidade' de intervenção da Anatel na empresa, diz presidente da Oi

Marco Schroeder admite que empresa precisa de solução rápida para recuperação judicial para poder elevar investimentos e tenta aprovar aumento de capital para garantir recursos.

Marco Schroeder, presidente da Oi, assumiu a empresa dez dias antes da companhia apresentar pedido de recuperação judicial (Foto: Marcos Serra Lima/G1)Marco Schroeder, presidente da Oi, assumiu a empresa dez dias antes da companhia apresentar pedido de recuperação judicial (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
Marco Schroeder, presidente da Oi, assumiu a empresa dez dias antes da companhia apresentar pedido de recuperação judicial (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
Quando assumiu a presidência executiva da Oi, o gaúcho Marco Schroeder, de 52 anos, sabia que chegava para administrar uma empresa que enfrentaria o maior processo de recuperação judicial já realizado no Brasil. Com uma dívida de R$ 64 bilhões, a empresa pediu socorro à Justiça para tentar evitar a falência há exatamente um ano, 10 dias após a troca do presidente. Desde então, o executivo se esforça para manter a normalidade na operação e evitar uma intervenção do governo. Em entrevista exclusiva ao G1, ele admitiu que o impasse para fechar um plano de recuperação aumenta a cada dia a probabilidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) intervir na empresa.
O que levou a Oi a contrair uma dívida impagável, segundo Schroeder, foi uma junção de fatores que incluem uma legislação antiga no setor de telecomunicações no Brasil, taxa de juros elevada e decisões de negócios incorretas. “Comprou coisa que talvez não devesse ter comprado, caso da Brasil Telecom. Se endividou muito e pagou talvez mais caro que devia”, apontou.
Apesar de conseguir fazer caixa nesse período, a Oi não tem crédito no mercado. Assim, fazer investimentos é o maior desafio da empresa. Por isso, embora enfatize que o processo de recuperação judicial não prejudicou os clientes, Schroeder admite que concluir o processo é urgente.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista de Marco Schroeder.
Qual o principal impasse para aprovar o plano de recuperação?
Os credores querem mais ações. Nós oferecemos 25% de participação de imediato. De início, os acionistas ofereciam 0% e eles queriam 97,5%. Eles nunca fizeram uma contraproposta desta nossa proposta de 25%, que pode chegar a 38% [se em três anos a empresa não conseguir acelerar a amortização da dívida].
Qual seria o ponto de equilíbrio dessa negociação?
O bom senso. Tem que ser uma proposta equilibrada. Se o acionista fala ‘tu me dás um desconto na minha dívida que eu vou te dar zero [de ações], é uma proposta não equilibrada. Não tem porque o outro lado aceitar. E se o outro fala ‘eu quero 100% da empresa’, também não tem porque o acionista aceitar. Eu acho que os 25% (do capital) podendo chegar a 38% é uma grande evolução. Talvez não seja o suficiente para fechar, talvez tenha que fazer alguns ajustes. Nós estamos tentando fazer uma outra coisa nessa proposta que pode ajudar: é junto com esse plano aprovar um aumento de capital, que seria uma maneira de falar assim ‘tu quer mais da empresa, então bota algum dinheiro novo para a gente fortalecer o balanço. Os bancos e os bondholders (donos de bonds, títulos de dívida emitidos no exterior) gostam dessa ideia, porque o balanço da Oi vai receber dinheiro e logo vai ter mais chance de pagar a dívida e vai ter mais Ebitda (indicador de geração de caixa) futuro. Essa conversa está evoluindo bem.
Credores e acionistas entrarão em consenso?
Tendem a buscar o acerto. Não tem ‘não acertar’ porque o não acertar é deixar esse processo em aberto. No extremo, poderia até forçar uma intervenção da Anatel. Todos perderiam valor. Os acionistas vão perder muito valor, porque vão deixar de estar dominando a empresa, os próprios credores poderiam não receber nada. Então, a tendência de buscar um acordo entre acionistas e credores é muito forte. Não quer dizer que vai ser fácil e possivelmente vai ser até o último dia. O plano é fazer a assembleia em setembro.
A intervenção é vista cada vez mais como inevitável por analistas. A Oi percebe esta possibilidade como iminente?
Uma empresa como a Oi é tão importante para os clientes dela e para o sistema de telecom que não pode correr nenhum risco de continuidade. Então, se começar, por exemplo, com uma perda em termos de qualidade dos serviços da Oi, sim, a Anatel tem que estar preparada para intervir para manter essa infraestrutura que é importantíssima para o país e para o setor de telecomunicações. Hoje não é um cenário existente. Hoje, na verdade, a gente até melhorou a qualidade. A gente reduziu muito mais que o resto da indústria o número de reclamações na Anatel, os JECs [processos nos juizados especiais] caíram mais de 60%, quer dizer, os litígios com clientes na Justiça. Mas, tem que estar preparado. Não chegou a um acordo em setembro, o tempo começa a passar, os caras começam a brigar, daqui a pouco os credores pedem para receber o dinheiro ao invés de investir. Sim, a Anatel tem que tomar uma providência. Eu acho um cenário hoje hipotético. O bom senso diz que tanto acionista quanto credor não têm interesse nessa briga, têm muito a perder, e vão chegar a um acordo antes da Anatel tomar uma decisão de força.
Até quando a Oi pode garantir que não haverá uma intervenção do governo?
Garantia é complicado. Mas eu acho assim, se resolver a recuperação judicial esse ano eu acho que a gente consegue fazer um processo com alguma tranquilidade. Se esse processo se alongar e chegar no final do ano e não aconteceu eu concordo que aumenta a probabilidade. Eu diria que a cada dia que passa aumenta a probabilidade [de intervenção].
Como é possível administrar uma empresa dentro desse contexto de tanta incerteza?
A empresa é positiva. Então não é que eu não possa investir. Tanto que eu inclusive aumentei o investimento. No passado eu aumentei em 18%. É uma empresa que investe quase R$ 5 bilhões por ano. Não é que ela esteja paralisada. É continuar com esse processo. Isso aí os próprios credores e acionistas entenderam. Porque podia chegar algum acionista e falar ‘para de investir e me paga mais rápido’. Significaria que em dois, três anos a Oi deixaria de existir, porque é um setor que tem que ter sempre capital. Eu posso parar de investir R$ 4,5 bilhões e cair para R$ 2 bilhões durante três anos? Posso. Eu vou pegar R$ 6 bilhões e pagar 10% da dívida de R$ 60 bilhões e a empresa acabou. É muito melhor continuar investindo e perpetuar esses R$ 2 bilhões que eu consigo gerar por ano ou até aumentar esse valor.
As principais agências de risco classificaram a Oi com alto risco de inadimplência. Afinal, a companhia tem crédito no mercado?
Enquanto não renegociar a dívida, não tomamos mais empréstimo. Hoje todo o investimento que é feito é com recursos próprios. Enquanto não reestruturar a dívida, o mercado de crédito está fechado para a Oi.
Em recentes entrevistas, a Oi tem informado o interesse em aumentar o capital. Quem vai colocar dinheiro neste contexto de incertezas?
Se (alguém) colocar dinheiro novo, eu posso inclusive identificar oportunidades de negócios. Quer dizer: botar dinheiro novo em operações rentáveis que vão gerar um fluxo de caixa maior no futuro. A gente chegou a falar com alguns credores e eles falaram que têm interesse, assim como alguns sócios. Então, hoje a gente ainda está construindo como seria essa oferta de capital, mas possivelmente ele passaria pelos atuais sócios, que têm direito de preferência. Os sócios que gostariam de botar dinheiro botariam e eventuais sobras a gente ofereceria para os credores. Isso é o que ainda falta talvez para destravar a negociação.
Quais seriam os termos desse plano de capitalização?
Ainda está em discussão interna. A gente nem chegou a propor ao conselho de administração. A nossa intenção é que dentro dos próximos 30 dias a gente possa propor. Porque ainda está dentro do prazo, já que assembleia dos credores deve ser em setembro. Um mês antes tem que botar uma oferta junto com o plano para os credores aprovarem e junto com isso uma possibilidade de fazer um aumento de capital.
Existe a possibilidade de entrada de um novo parceiro estratégico?
Eu acho, aí é um palpite meu, que com os acionistas e com os credores a gente consegue colocar um aumento de capital de R$ 8 bilhões. Não teria necessidade de buscar dinheiro de fora.
Analistas falam que o ambiente político e regulatório não favorece a entrada de um sócio estrangeiro. Como a Oi vê este cenário?
Enquanto não tiver um cenário mais claro da questão macroeconômica do Brasil, em específico uma nova regulamentação [do setor], alguém botar é pouco provável. Eu acho que se o Brasil acelerasse nessa agenda eu acho que sim, poderia atrair novos investidores externos que hoje a gente não está vendo.
Qual a necessidade de investimentos da empresa? Analistas falam de algo em torno de R$ 40 bilhões em 6 anos...
R$ 40 bilhões em seis anos dá R$ 8 bilhões por ano. Acho um pouco pesado. Quando eu estou falando num aumento de capital de R$ 8 bilhões, possivelmente eu estou falando em pegar R$ 2 bilhões por 4 anos e passar o Capex (investimento) de R$ 5 bilhões para R$ 7 bilhões. Seria uma maneira de acelerar, lançar fibra ótica, permitindo velocidade de 200 mega em banda larga, botando TV na casa dos nossos clientes pela fibra e não pelo DTH, melhorar a cobertura de móvel. Se não tiver entrada de capital o investimento fica em R$ 5 bilhões por ano. Obviamente, significa que vai ter menos cidades com fibra, com 200 mb na porta, vai ter menos cidades com cobertura de 4G. Não é que vai parar, inviabilizar, mas vai ter uma cobertura menor.
A empresa consegue pensar no longo prazo?
O longo prazo da Oi são de 3 ou 4 anos.
Os credores externos (bondholders) defendem mudança de controle da empresa. Existe esta possibilidade?
Não é uma questão negocial. Eu acho que a tendência da Oi, e até o ideal para a Oi, seria ela não ter um controlador definido. Eu acho que o ideal seria o controle, assim, de uma ‘corporation’ (empresa de capital pulverizado), quer dizer, os atuais sócios seriam diluídos, os credores seriam 25% a 38%, os que vão fazer aumento de capital também vão ter um pedaço. O desenho ideal me parece um controle extremamente pulverizado. E eu acho que é o caminho que a gente está construindo para sair desse processo.
Mas existe a possibilidade de centralizar esse controle?
Sim. Pode chegar alguém, como a empresa está negociada em bolsa, e comprar hoje a maioria.
Como a empresa pretende gerar caixa para garantir seu futuro diante da crise de reputação e perda de clientes? A visão dos analistas é de que a empresa é menos rentável que suas concorrentes.
Primeiro, a Oi não é menos rentável que os competidores. A grande diferença é a dívida. Obviamente, a dívida tem um custo financeiro atrelado muito importante. E a maioria dos meus competidores, e aí eu estou falando dos italianos da Tim, Vivo com Telefônica e a Claro, ou seja, os mexicanos, não têm dívida aqui no Brasil. As holdings deles que são endividadas mandam dinheiro para o Brasil. A primeira questão é: o dólar é a última linha do balanço, por conta do custo financeiro. É uma questão de estrutura de capital, que a recuperação judicial vai ajudar a desmontar porque vai ter aumento de capital, que vai reduzir a minha dívida líquida, vai ter o perdão de pedaço da dívida com a entrega de 25% [das ações]. A outra questão é o pré-pago. A gente sofreu mais do que os outros porque o desemprego pegou muito esse pessoal com o poder aquisitivo mais reduzido. A pessoa que tinha um cartão pré-pago, ele tinha lá R$ 20, perdeu o emprego e parou de carregar. No pós-pago o pessoal é um pouco mais resiliente. Então, se sofremos mais na crise, teoricamente deveremos também nos beneficiar quando de uma retomada.
Marco Schroeder, presidente executiva da Oi (Foto: Marcos Serra Lima/G1)Marco Schroeder, presidente executiva da Oi (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
Marco Schroeder, presidente executiva da Oi (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
5
 
COMENTÁRIOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário