domingo, 6 de maio de 2018

Como o Facebook e o Google afetam a democracia na internet

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Fonte de informação .

G1 globo.com

ÉPOCA NEGÓCIOS

Como o Facebook e o Google afetam a democracia na internet

Para Mariana Valente, o modelo de negócios desenvolvido na internet incentiva os monopólios, mas isso precisa mudar
05/05/2018 - 09H19 - POR DANIELA FRABASILE
Funcionário do Facebook (Foto: Justin Sullivan/Getty Images)
Com o seu login do Facebook, você entra no Airbnb, no Spotify, no Instagram e em várias outras plataformas online. Isso pode até facilitar a sua vida, mas também faz aumentar a quantidade de dados que a rede social tem sobre você. E por que isso pode ser ruim para você? Com mais dados, a rede social sabe tudo sobre você e todo mundo que a usa. 
Mariana Valente, diretora do InternetLab, uma das participantes do GloboNews Prisma, em São Paulo, neste sábado (05/05), diz que essa coleta massiva de dados é ruim para a sociedade. E o que prova isso são os escândalos recentes de privacidade e o uso indiscriminado de dados, como o que envolveu a consultoria Cambridge Analytica. "Os vazamentos nos mostraram que o assunto é sério e pode ter impactos relevantes na sociedade, como manipulação em eleições", diz. 
O problema deve ser combatido, diz a especialista em entrevista à NEGÓCIOS. A razão é simples: cria-se um monópolio, com poucas empresas tendo dados de todo mundo. Isso inviabiliza, inclusive, o desenvolvimento de novas empresas.
Veja, abaixo, a entrevista completa da especialista, que vai falar sobre o tema no evento da GloboNews.
Sempre falamos que a internet é uma ferramenta importante para a democracia, mas ainda não é toda a população que tem acesso. Como lidar com isso?
A internet é um espaço importante não só para debate político-eleitoral, mas para o acesso à informação, conhecimento e serviços básicos. A prioridade número 1 precisa ser acesso, e acesso qualificado. Não adianta conectar escola, mas ser uma conexão lenta e sem que as pessoas saibam usar. É inegável que internet surgiu como uma possibilidade de comunicação de todos com todos, possibilitando que todos sejam receptores e emissores de informação.
O tema do painel no Prisma é o monopólio das grandes empresas. Por que as empresas de tecnologia ficaram tão grandes e poderosas, e qual o efeito disso?
Tem alguns motivos. Um deles tem a ver com os modelos de negócios que foram se desenvolvendo para internet, parcialmente por falta de regulação adequada. Esses serviços só funcionam em grande escala. Quando a gente fala em comunicação, há o efeito rede, é muito difícil abrir plataforma alternativa e convencer as pessoas a irem para lá. Isso acontece, como no caso do Facebook, que antes usávamos Orkut, mas o efeito rede deixa as pessoas cada vez mais presas. Na medida que isso foi avançando, esse efeito rede acabou se espraiando para outros campos.
Mariana Valente, diretora do InternetLab (Foto: Divulgação)
Cite um exemplo?
Para entrar no Airbnb, eu preciso entrar com meu login do Facebook, como prova da minha identidade. Eu não preciso mandar RG, porque o Airbnb confia na capacidade do Facebook de aferir que a pessoa é uma pessoa real. Por causa da forma como os serviços foram se embutindo, isso faz com que o efeito rede fique cada vez mais forte. Tem plataformas, como o Spotify, que ainda são deficitárias, e toda a aposta é que elas vão conseguir se firmar como modelo viável. A gente tem visto o Spotify por exemplo comprar outras empresas menores. Quer dizer, se nem o Spotify está conseguindo o retorno financeiro por causa de escala, imagina as outras. A gente não consegue nem sonhar com um player nacional, por exemplo.
E há uma relação entre esses monopólios com escândalos como Facebook e Cambridge Analytica?
Com certeza. A Cambridge Analyica só tinha dados tão valiosos porque o Facebook tem muitos dados sobre você. Tem dados sobre todos os seus likes, sobre todos os seus amigos, os likes dos seus amigos. São informações que parecem ser inocentes, mas que quando trabalhadas em conjunto revelam traços de personalidade muito específicos. O microdirecionamento de publicidade, que era a questão por trás da Cambridge Analytica, só pode ser tão granular se você tem um perfil muito elaborado de uma pessoa, e esse perfil elaborado diz respeito a anos de navegação. Se a gente tivesse os dados mais distribuídos em mais plataformas, que não comunicassem esses dados, o problema talvez fosse mitigado.
Seria possível ter uma legislação para lidar com isso?
O problema não é o Facebook, é esse modelo baseado em microdirecionamento de publicidade e uso intensivo de dados pessoais sem que a gente tenha uma lei de proteção de dados. Não tem nenhuma regra específica no Brasil sobre que consentimento que tenho que dar para usarem meus dados, como eu posso exigir que apaguem, proibição de utilização de dados sensíveis. Atualmente, a gente está absolutamente desprotegido.
Como a gente poderia tentar pelo menos mitigar o risco da influência das fake news nas eleições desse ano?
O tiro mais certeiro nesse momento é trabalhar o receptor, trabalhar educação com as pessoas para se atentarem a sinais de que as notícias não são verdadeiras. Assim, as pessoas podem ser mais desconfiadas com os conteúdos que veem na internet. Regulações que tentem criminalizar o compartilhamento de notícias falsas, ou exigir que esses intermediários removam mediante notificação me parecem ser o remédio errado. Até porque o conceito de notícias falsas abarca tanto uma notícia completamente inventada quanto aquela em que o título não combina com o que está escrito no texto. Então temos sempre que tomar cuidado para não correr o risco de censurar.
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