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G1 globo.com
Chile terá segundo turno com Piñera e Guillier
Segundo turno será no dia 17 de dezembro. Com 99% das urnas apuradas, ex-presidente Sebastián Piñera tem 36% dos votos e o senador governista Alejandro Guillier, 22%.
Por G1
As eleições no Chile, realizadas neste domingo (19), irão a segundo turno. A disputa será entre o ex-presidente Sebastián Piñera, que tem 36% dos votos com 99% das urnas apuradas, e o jornalista e senador governista Alejandro Guillier, com 22%, informa o órgão eleitoral do país. O segundo turno será no dia 17 de dezembro.
Além de escolher o substituto de Michelle Bachelet na presidência, os chilenos votaram para renovar o Parlamento e conselhos regionais.
Veja resultado parcial com 99,89% das urnas apuradas:
- Sebastián Piñera - 36,64%
- Alejandro Guillier - 22,70%
- Beatriz Sánchez - 20,27%
- José Antonio Kast - 7,93%
- Carolina Goic - 5,88%
- Marco Enríquez-Ominami - 5,71%
- Eduardo Artés - 0,51%
- Alejandro Navarro - 0,36%
As pesquisas eleitorais já indicavam a possibilidade de segundo turno entre Piñera e Guillier. Na apuração dos votos, surpreendeu o desempenho de Beatriz Sánchez, candidata da estreante Frenta Ampla, o equivalente ao Podemos espanhol. Na última pesquisa eleitoral do Centro de Estudos Públicos do Chile, ela apareceu com 8,5% das intenções de voto - Piñera tinha 44,4% das preferências e Guillier, 19,7%.
Reações
O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera se mostrou confiante em ganhar o segundo turno das eleições presidenciais. "Estamos contentes porque esta noite conseguimos um grande resultado eleitoral, e, sobretudo, porque abrimos as portas que nos conduzirão para tempos melhores", ressaltou Piñera. Ele, que já governou o país entre 2010 e 2014, declarou: "Precisamos resgatar a liderança, o dinamismo e o progresso que nos arrebataram".
Já Alejadro Guillier também demonstrou otimismo. "Ganharemos em dezembro (...), o Chile quer outro caminho e o expressou no voto", afirmou o senador independente, que concorreu com uma candidatura cidadã respaldada por seis dos sete partidos da coalizão governante. "Esta noite começa um novo Chile, mais amplo, diverso e solidário", destacou Guillier.
Ônibus incendiado
De acordo com a EFE, o clima de tranquilidade durante a votação foi afetado nas primeiras horas do dia pela queima de dois ônibus, um em Santiago e outro na região da Araucanía, onde também foram incendiados um galpão e um trator e estradas foram bloqueadas com árvores previamente derrubadas que depois foram queimadas, segundo informou o subsecretário do Interior, Mahmoud Aleuy.
O candidato Piñera teve a sede de seu comitê eleitoral ocupada neste domingo por um grupo de jovens de extrema-esquerda que posteriormente foram retirados e detidos pela polícia.
Cerca de 14,3 milhões de chilenos estão aptos a votar nestas eleições. O voto não é obrigatório no país.
Nos últimos anos, casos de financiamento irregular na direita e na esquerda minaram a confiança dos chilenos na política. A situação piorou depois que a nora de Bachelet foi processada por um caso de corrupção.
O ex-presidente milionário
Piñera, que governou o Chile entre 2010 e 2014, conta com o apoio de conservadores e da centro-direita chilena na coalizão Chile Vamos, integrada pelo Renovación Nacional (RN) e o União Democrática Independente (UDI), entre outros. Ainda que ambos os partidos tenham sido o sustento político da ditadura do general Augusto Pinochet entre 1973 e 1990, Piñera não ocupou nenhum cargo durante o regime e diz que se opôs quando Pinochet quis prorrogar seu mandato por mais uma década.
Um engenheiro comercial de 67 anos, Piñera foi considerado pela Revista Forbes um dos homens mais ricos do Chile, com um patrimônio de cerca de US$ 2.700 milhões. Antes de ser eleito presidente em 2009, trabalhou em organismos internacionais, no setor privado e no mercado imobiliário. Entre 1990 e 1998 foi senador pelo RN, dando início à sua vida política.
O candidato diz que pretende duplicar o crescimento econômico do Chile e diz que vai governar para a classe média.
Caso se consagre o vencedor, pode-se esperar um recuo no apoio a temas como o casamento gay com direito a adoção, impulsionado no Congresso por Bachelet. Piñera diz que o casamento deve ocorrer entre um homem e uma mulher e que o melhor para as crianças é ter uma família com um pai e uma mãe.
Ele também disse que se voltar ao governo fará mudanças na lei do aborto terapêutico (em caso de inviabilidade do feto, risco de vida para a mãe e estupro), aprovada recentemente depois de tramitar por dois anos e meio no Congresso.
O jornalista com candidatura independente
As três décadas de carreira no jornalismo de Alejandro Guillier, que foi repórter, editor chefe e apresentador dos principais telejornais do país - que fizeram dele um dos jornalistas de maior credibilidade do Chile -, prepararam o caminho para que se transformasse, aos 64 anos, no candidato com mais chances dentro da coalizão governista.
A disputa à presidência como candidato sem partido o obrigou a enfrentar a complexa missão de obter, com recursos privados, mais de 30 mil assinaturas reconhecidas em cartório, em um trabalho de 'formiguinha' em todo o país.
Muitos o acusam de falta de entusiasmo na campanha. Apesar de ter o apoio dos partidos tradicionais de esquerda, Guillier defende sua posição de "independente". Iniciou sua carreira política há quatro anos, quando foi eleito senador pela região de Antofagasta (norte) com 37% dos votos.
Casado com a antropóloga María Cristina Farga, usou durante a campanha o slogan "o presidente das pessoas", em uma tentativa de enfatizar sua proximidade com a população, que ainda o reconhece mais por seu trabalho na televisão.
Se no discurso de Piñera a palavra-chave é desenvolvimento, para Guillier o objetivo é defender as reformas do governo.
Legado de Bachelet
O presidente que assumir em 11 de março o palácio de La Moneda receberá um país com uma economia em alta, impulsionada pelo aumento dos preços do cobre, depois de três anos de queda e que levou o principal produtor mundial do metal a um crescimento médio de 1,8% nos anos de governo Bachelet.
Segundo a Fundação Sol, uma ONG local especializada em estudar a desigualdade, o Chile é um dos países mais desiguais da região: 20% da população concentra 72% da riqueza do país.
A economia e o caso de corrupção que envolveu seu filho e sua nora no princípio do segundo mandato acabaram com a popularidade da presidente, a última representante de uma época dourada para as mulheres no poder na América Latina.
Além de aprovar a união civil, que beneficia casais gays, e o aborto terapêutico, Bachelet impulsionou durante seu governo um plano de reformas, entre elas a grande reforma da educação, que instalou um sistema progressivo de gratuidade no ensino superior. A lei que estabelece a gratuidade universal permanente ainda é discutida no Congresso.
O atual sistema previdenciário, herança da ditadura de Augusto Pinochet, também está em debate. O que rege hoje é um sistema de capitalização absolutamente individual que - quase quatro décadas após sua criação - fornece aposentadorias muito baixas aos aposentados.
Bachelet enviou ao Congresso um projeto de lei que, pela primeira vez, introduz uma contribuição de 5% das empresas. Desta forma, visa aumentar em 20% o montante da aposentadoria, que atualmente representam uma média de 241 mil pesos (cerca de US$ 380).
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