ORDEM E PROGRESSO .
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Os Projetos EAS jamais se tornarão uma realidade por falta de recursos financeiros e lamentável a inteligencia dos governantes mundias .
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G1 globo.com
Empresas vencedoras de licitações no RJ tinham que pagar 'pedágio' ao TCE, diz marqueteiro do PMDB
'Pedágio' era de de 1% do valor contrato. Renato Pereira também falou sobre a campanha de reeleição do ano passado do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
Por Bom Dia Rio
Em mais um trecho da delação de Renato Pereira, exibida pelo Bom Dia Rio desta segunda-feira (20), o marqueteiro falou que, depois que a sua empresa venceu a licitação para cuidar da publicidade do governo do Rio, foi obrigado a pagar propina ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo o delator, empresas vencedoras de licitações tinham que pagar 1% do valor do contrato.
Renato Pereira é o dono da agência Prole que, nas últimas duas décadas, comandou a publicidade de oito campanhas do PMDB no Rio de Janeiro.
“Depois que a gente foi um dos vencedores da licitação, nós fomos procurados pelo Wilson Carlos. Ele me chamou até o Palácio Guanabara e me disse que nós tínhamos que pagar o que ele chamou de pedágio para o Tribunal de Contas do Estado. Disse que isso, normalmente, era 1% do valor do contrato. O contrato de publicidade era de R$ 150 milhões, então seria algo em torno de um R$ 1,5 milhão”, disse Renato Pereira.
“Eu ponderei com o Wilson [Carlos] que se fosse feita uma contribuição de R$ 1,5 milhão, daria R$ 300 mil pra cada agência de publicidade e aniquilaria a margem de lucro das agências e que isso era muito alto. No nosso caso, eu sei que o Eduardo Vilela conseguiu nossos R$ 250 mil e teve um encontro com um emissário do TCE no Centro do Rio e lá ele fez essa entrega”, completa o delator.
Delator também fala de caixa dois na campanha de Rodrigo Neves
Ainda em sua delação, Renato Pereira também fala sobre a campanha de reeleição do ano passado do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que hoje está no Partido Verde (PV). Na época, Neves estava saindo do Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo Renato Pereira, o prefeito pediu a ele se poderia pagar parte do dinheiro da campanha via caixa dois porque, por trocar o PT por um partido menor, o limite legal de captação de recursos seria pequeno.
"A primeira estimativa que eu tinha era de uma campanha em torno de R$ 7 mihões. O prefeito nos disse que ele provavelmente teria problemas, ele estava pensando em mudar de partido, ele ia para um partido pequeno, iria ter dificuldade de captação e disse o quanto poderia ser por fora. O Rodrigo [Neves] marcou lá comigo uma conversa. Eu, ele e o Domício. Foi a primeira conversa com o prefeito que eu disse que, 'olha, a gente não quer aceitar recurso por fora. Mesmo que a campanha custe menos isso para nós não é um problema. A gente quer fazer tudo licitamente, mesmo ganhando menos'. Mas ele disse 'mas o limite legal que nós teríamos para captar, sobretudo eu trocando de partido, vai ser muito pequeno. Não tem chances de poder cobrir despesas de campanha. Será que pelo menos R$ 4 milhões, será que vocês não aceitam uma parte por fora'", disse Renato Pereira.
Ainda de acordo com Renato Pereira, uma das soluções apontadas pelo prefeito Rodrigo Neves era de um acordo com empresas de ônibus.
"Nessa conversa, que o Domício estava presente, ele perguntou pro Domício 'aquela história lá com as empresas de ônibus, se a gente fizer aquele acordo, será que eles não podem fazer uma contribuição por fora?'. Esse assunto chegou a ser abordado lá. O Domício disse que não sabia, se sim, ou que não, mas eu mais uma vez reiterei, para ambos, que nós não queríamos fazer campanha com doação por fora. A gente só queria fazer campanha por dentro", destacou o delator.
Renato Pereira também conta na delação como foi feita a licitação para a área de publicidade da Prefeitura de Niterói durante o primeiro mandato de Rodrigo Neves.
"Em 2012, nós fizemos a campanha do atual prefeito de Niterói Rodrigo Neves, ele se sagrou vencedor. Ainda em 2012, no finalzinho de 2012, o Rodrigo já conversou comigo e com o Wiliam dizendo que gostaria que nós seguíssemos trabalhando com ele e que o ideal é que isso fosse feito através de uma licitação pra área de publicidade. Foi definido primeiro o valor da licitação, que eram R$ 15 milhões. Com mais um aditivo de 20%, poderia chegar a R$ 18 milhões. Foi definido também que só haveria uma agência vencedora e que essa agência seria a Prole. Houve essa definição e o processo licitatório teve curso, se eu não me engano no segundo semestre de 2013 e a Prole se sagrou vencedora e nós passamos a trabalhar, então, formalmente para a Prefeitura de Niterói", afirma Renato Pereira.
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