domingo, 12 de novembro de 2017

Governo aprova uso de agrotóxico extremamente tóxico

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Os Projetos EAS jamais se tornarão uma realidade por falta de recursos financeiros e lamentável  a inteligencia dos governantes mundias .

Fonte de informação .





conexaopleneta.com.br





Governo aprova uso de agrotóxico extremamente tóxico


uso de agrotóxicos
O Diário Oficial da União publicou na última segunda-feira (06/11) a aprovação para a utilização no Brasil de um agrotóxico com alta toxicidade para a saúde humana: o benzoato de emamectina.
O produto é um inseticida que atua no controle de larvas de lepidópteros (lagartas), que são pragas de diversas culturas agrícolas. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o benzoato de emamectina está regulamentado em 77 países, em mais de 90 cultivos da lavoura.
Entretanto, no Brasil, seu uso só foi aprovado, de forma emergencial, em 2013, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), após um surto da lagarta Helicoverpa, causado pelo uso do milho transgênico que exterminou seu predador natural. Na época, o ministério importou o agrotóxico sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Todavia, de acordo com o site A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, três anos antes, em 2010, a Anvisa havia negado o registro desta substância por suspeita de malformações e elevada neurotoxicidade, ou seja, indícios de que ela causava sérios danos ao sistema nervoso do ser humano.
Em seu site, a Embrapa alerta sobre o uso do agrotóxico: “O fato do benzoato de emamectina apresentar severos riscos à saúde humana não significa que seja mais eficiente do que produtos menos tóxicos… Laudos toxicológicos indicam que este produto é muito tóxico para a saúde humana (como a maior parte dos agrotóxicos) e precisa ser manuseado com muito cuidado… O risco à saúde humana foi um dos motivos para a não liberação deste produto, nos anos 2000, no Brasil. Em relação ao meio ambiente, umrelatório da “European Food Safety Authority” (EFSA) indica que o benzoato de emamectina é prejudicial a organismos não-alvo, artrópodes benéficos, organismos aquáticos e abelhas, porém sua degradação é rápida o que reduz os riscos ambientais e os resíduos nos alimentos. Na Europa, é recomendado que o produto não seja aplicado no período de floração da cultura para evitar danos às abelhas e outros polinizadores”.
O movimento A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida acusa a Anvisa de ter aprovado a utilização do benzoato de emamectina “na surdina” e exige que a agência apresente os estudos que embasaram a súbita mudança de opinião e que cancele o registro do pesticida até que a sociedade seja ouvida e consultada se deseja correr este risco.

#ChegaDeAgrotóxicos

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Mas está tramitando no Congresso Nacional o projeto de Lei 6670/2016, que instituirá a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA). A campanha #ChegaDeAgrotóxicos quer pressionar os parlamentares brasileiros a aprovarem o projeto e desta maneira, reduzir a quantidade de veneno em nossa comida.
Recentemente, noticiamos aqui, no Conexão Planeta, um teste realizado pelo Greenpeace Brasil que revelou que 60% dos alimentos analisados apresentavam agrotóxicos (leia mais sobre o assunto neste outro post).
Dados da ONU apontam que os agrotóxicos são responsáveis por 200 mil mortes por intoxicação aguda a cada ano e que mais de 90% delas ocorreram em países em desenvolvimento.
Assine já a petição que pede a aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos! #ChegaDeAgrotóxicos!
Foto: domínio público/pixabay
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou em Zurique, na Suíça, de onde colaborou para diversas publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Info, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Atualmente vive em Londres.

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