No Palácio do Planalto, a reação é de surpresa com as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, que disse em entrevistas que “comandantes de batalhão” da Polícia Militar do Rio de Janeiro “são sócios do crime organizado do Rio”.
Um interlocutor do presidente Michel Temer ressaltou ao Blog que o ministro da Justiça não só fez críticas públicas, como repetiu sua artilharia na sequência em nova entrevista.
“A fala do ministro causou espanto. Até parece que ele (Torquato Jardim) está em busca de uma desculpa para deixar o governo. Mesmo que tenha essa avaliação pessoal, não deveria ter verbalizado”, observou esse interlocutor de Temer.
Segundo ministros que estiveram com Temer nesta quarta, o presidente demonstrou "perplexidade" com as declarações de Torquato e com o fato de o ministro da Justiça ter reafirmado o que disse.
Mais do que isso, a percepção é que a fala causou grande problema na relação do grupo ministerial que cuida da relação com o Rio sobre as ações de segurança.
Segundo relatos, Temer tentará "baixar a poeira" no feriado, para avaliar como retomará a relação a partir da próxima semana.
A ordem no núcleo do governo é de tentar diminuir a temperatura do episódio, que teve forte reação de lideranças políticas do Rio de Janeiro.
Já pessoas próximas ao ministro Jardim negam que ele decidiu fazer um movimento para deixar o governo Temer. E atribuem às declarações polêmicas a inabilidade pessoal de Jardim.
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