sábado, 21 de abril de 2018

Erosão ameaça moradores de um arquipélago na costa do Amapá

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Fonte de informação .

G1 globo.com



Edição do dia 20/04/2018
20/04/2018 21h32 - Atualizado em 20/04/2018 21h34

Erosão ameaça moradores de um arquipélago na costa do Amapá

Fenômeno chamado de terras caídas derrubou um posto de saúde, 1,5 quilômetro de passarelas e o cartório do arquipélago do Bailique.

Na costa do Amapá, os moradores de um arquipélago estão assustados com o avanço da erosão. A situação é de emergência.
O arquipélago do Bailique é formado por oito ilhas onde moram cerca de dez mil pessoas; 13 comunidades estão sendo afetadas pela erosão. A situação mais grave é na Vila Progresso, o maior povoado. O fenômeno, chamado de terras caídas, derrubou um posto de saúde, 1,5 quilômetro de passarelas de madeira e o cartório do arquipélago.

De acordo com a Defesa Civil, 84 postes podem cair. Boa parte da fiação já foi derrubada, e isso deixa a região frequentemente sem energia. “Quando ela vai embora, passa de dois, três dias. Às vezes até de semana para voltar”, conta o comerciante Edson Mendes.

Quatro escolas já foram atingidas. A escola Bosque, a maior do Bailique, que atende 700 alunos, agora serve de referência para marcar o avanço da erosão. Quando foi construída, há 20 anos, a escola Bosque ficava a 60 metros da margem do rio. A erosão acelerou tanto nos últimos anos que agora ela já atinge alguns prédios do colégio. Um deles precisou ser demolido antes que a perda fosse total e a madeira não pudesse ser reaproveitada.

Também foram atingidas 160 casas. Dona Lúcia vive agora na cozinha da casa porque a parte da frente caiu. “A sala, o pátio”, diz a dona de casa Lúcia Santos.

Uma loja foi fechada por causa do risco de queda. Bem ao lado, uma mulher já precisou recuar o comércio para manter as portas abertas. “O primeiro comércio caiu. Aí eu fiz um menor. Agora eu tenho que ir embora”, lamenta Creuzalina Rodrigues.

Uma das razões para explicar o fenômeno está a 40 quilômetros, no Rio Araguari. Ao longo dos anos, os canais que foram construídos no rio aumentaram a vazão da água que chega ao arquipélago do Bailique, provocando a erosão.

Em uma imagem de 30 anos atrás os canais ainda não apareciam. Agora, duas regiões que não eram conectadas se interligaram: o Araguari e a bacia do Rio Amazonas. “A abertura de um canal pelo homem, associado com uma maré enchente, rapidamente vai ter um canal aí se transformando de uma largura de dez metros para 400 metros ao longo de um ano”, explica o doutor em geologia marinha Admilson Torres.

“Quando está caindo, eu estou nervosa. Eu já estou na quarta casa, caíram três, e estou com medo de novo”, diz a dona de casa Elizabeth Santana.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, afirma que os canais foram abertos pela atividade pecuária sem controle ambiental na região do Araguari.
O Instituto de Meio Ambiente do Amapá, responsável pelas fiscalizações, declarou que tem poucos funcionários e que multa fazendeiros com base em denúncias das comunidades.
O governo do Amapá informou que está avaliando a melhor forma de remanejar os moradores das casas ameaçadas para áreas mais internas das ilhas.
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