ORDEM E PROGRESSO .
ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .
Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .
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Fonte de informação .ACORDA BRASIL MUDA .
G1 globo.com
MP-RJ constata desvio de R$ 5,6 milhões na Fundação Bio-Rio
Promotores pedem que dinheiro seja devolvido aos cofres da instituição para pesquisas. Seis suspeitos de participarem do esquema estão com os bens bloqueados.
Por Guilherme Ramalho e Lilian Ribeiro, GloboNews
Uma investigação do Ministério Público estadual concluiu que, pelo menos, R$ 5,6 milhões, que poderiam estar sendo utilizados em pesquisa, foram desviados da Fundação Bio-Rio para gastos pessoais. A Bio-Rio é responsável por um dos maiores pólos de biotecnologia do país. Um dos suspeitos de praticar irregularidades é o presidente da fundação, Ângelo Luiz Monteiro de Barros, afastado do cargo pela Justiça em 2017.
A GloboNews não obteve resposta dos investigados até o momento.
De acordo com o Ministério Público, Ângelo Monteiro de Barros e o secretário-geral da fundação, Gilberto Lima de Freitas, utilizaram os cartões de crédito do Bio-Rio para pagar gastos pessoais. Tanto Ângelo como Gilberto foram afastados dos cargos por uma decisão judicial em outro processo.
Uma perícia nas contas da instituição listou vários pagamentos feitos com esses cartões:
- Compras de artigos de luxo, inclusive em lojas fora do Brasil
- Bolsas de grifes internacionais
- Vinhos
- Eletrônicos
- Passagens Aéreas
- Idas a churrascaria
Todas as compras somaram R$ 1,4 milhão.
O MP pede que esse valor seja devolvido à fundação. Também foi bloqueado os bens de outros quatro investigados. A Bio-Rio é alvo de investigação desde 2015.
A Fundação Bio-Rio funciona em um terreno de 116 mil metros quadrados, alugado da UFRJ, na Ilha do Fundão, na Zona Norte da cidade. O local foi o primeiro pólo desse tipo na América Latina e um dos mais importantes do Brasil. No local foi criado, por exemplo, o primeiro banco privado de células-tronco do sangue de cordão umbilical no Brasil.
Apesar de ser uma instituição privada, sem fins lucrativos, a Bio-Rio recebe dinheiro público de contratos com órgãos como prefeituras e secretarias. Segundo o Ministério Público, os desvios de cerca de R$ 5,6 milhões ocorreram entre janeiro de 2014 e abril de 2017.
Além dos pagamentos com cartão de crédito, Ângelo teria recebido R$ 484 mil em transferências bancárias. Para a conta de sua mulher, Ana Shelley Barboza Monteiro de Barros foram outros R$ 56 mil.
"Todos os atos, voltados para o enriquecimento pessoal direto dos réus são ilícitos e não encontram amparo no ordenamento jurídico vigente ou mesmo no estatuto social da Fundação BioRio que, em nenhum momento, prevê a distribuição de lucros, vantagens ou remuneração aos integrantes de seus órgãos estatutários e, ao contrário, veda tais condutas", diz a peça assinada pelas promotoras de Justiça Daniela Abritta e Cristiana Benites.
Fundação é investigada desde o ano passado
Uma outra ação civil pública também corre na Justiça desde o ano passado. Na ocasião, a Justiça afastou os integrantes de seus cargos na empresa e nomeou um administrador judicial para realizar um relatório sobre a situação da instituição. O processo está em segredo de Justiça.
A Bio-Rio ganhou destaque nacional em 2001 por abrigar a empresa Cryopraxis, responsável pelo primeiro banco privado de células-tronco do sangue de cordão umbilical no Brasil e um dos maiores do mundo. Ajuda no tratamento de uma série de doenças como leucemia. Em 2010, a fundação administrou contratos de construção da Ponte do Saber, ligando a Cidade Universitária à Linha Vermelha e da recuperação ambiental do canal do Cunha. A Bio-Rio participou de contratos que envolveram recursos públicos e que ainda estão sendo investigados pelo Ministério Público.
A GloboNews tentou entrar em contato com os envolvidos mas não obteve resposta até o momento.
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