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15/05/2017 07:54 horas .
Fonte de informação
G1 globo.comSessão do Conselho de Ética do Senado tem bate-boca entre parlamentares; vídeos
Sessão arquivou denúncia contra seis senadoras da oposição. Tumulto começou quando regras para escolha do relator eram anunciadas.
Por Gustavo Garcia, G1, Brasília
A sessão do Conselho de Ética do Senado desta terça-feira (8), que arquivou uma denúncia contra seis senadoras da oposição, começou com bate-boca entre os parlamentares (veja nos vídeos desta reportagem). Após o tumulto, a sessão foi suspensa por 10 minutos.
A sessão havia sido convocada para a escolha do relator da denúncia do senador José Medeiros (PSD-MT) contra as senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), Regina Sousa (PT-PI), Lídice da Mata (PSB-BA) e Ângela Portela (PDT-RR).
O tumulto começou no momento em que o presidente do conselho, João Alberto (PMDB-MA), anunciava as regras para escolha do relator. Lindbergh Farias (PT-RJ), então, tomou a palavra e disse que sessão era "ridícula" e uma "palhaçada".
A denúncia foi movida por José Medeiros contra as senadoras em razão de elas terem, no dia 11 de julho, ocupado a Mesa do Senado para protestar contra a votação da reforma trabalhista. Com isso, a votação atrasou em mais de seis horas. Por 12 votos a 2, o Conselho de Ética arquivou a denúncia nesta terça.
A confusão
Após pegar o microfone e dizer que a sessão era "ridícula", Lindbergh Farias lembrou que o mesmo Conselho de Ética do Senado decidiu arquivar a representação contra Aécio Neves (PSDB-MG), citado nas delações dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS.
Denunciado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça, Aécio Neves chegou a ser afastado do mandato parlamentar, em 18 de maio, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin. Mas, em 30 de junho, outro ministro da Corte, Marco Aurélio Mello, derrubou o afastamento.
Segundo a PGR, Aécio e o presidente Michel Temer agiram em conjunto para impedir o avanço das investigações da Operação Lava Jato. Ainda de acordo com a PGR, ele recebeu propina de R$ 2 milhões da JBS. O tucano nega as acusações.
Na sessão desta terça, Lindbergh Farias, então, disse ser "um absurdo" o conselho decidir dar continuidade ao caso contra as senadoras da oposição ao mesmo tempo em que decidiu arquivar a representação contra Aécio.
Neste momento, o líder do PT bateu-boca com os senadores Gladson Cameli (PP-AC), Sérgio Petecão (PSD-AC), José Medeiros (PSD-MT) e Airton Sandoval (PMDB-SP). Todos aliados ao governo.
Além disso, Lindbergh foi à mesa do presidente do conselho e novamente discutiu com João Alberto (PMDB-MA). O petista, em seguida, disse que o Conselho de Ética está "desmoralizado" e não pode dar continuidade à denúncia contra as senadoras da oposição.
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