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Fonte de informação .ACORDA BRASIL MUDA .
G1 globo.com
Após decisão da Justiça, Covas diz que SP poderá ficar sem coleta de lixo a partir do dia 14
Justiça proibiu a Prefeitura de SP de contratar empresas para varrição sem concorrência pública. Gestão municipal tenta recorrer da decisão.
Por SP2
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse nesta quinta-feira (7), que a cidade poderá ficar sem coleta de lixo a partir do dia 14, caso a Prefeitura não consiga reverter a decisão da Justiça, que proibiu a gestão municipal de contratar empresas para a varrição sem concorrência pública.
"Uma licitação demora em torno de 60 dias pra ser feita, e o contrato vence agora dia 13 de junho. Então, nós vamos recorrer mais uma vez da decisão pra que a gente possa fazer o contrato emergencial senão a cidade não tem coleta a partir do dia 14", afirmou Covas.
Pela decisão da Justiça, a Prefeitura terá que fazer uma “seleção pública e isonômica” para escolher as empresas que farão os serviços emergenciais da varrição na capital. O contrato emergencial vence daqui uma semana, em 13 de junho.
A Prefeitura entrou com um pedido de reconsideração pedindo a permissão de contratação emergencial dos serviços de limpeza pública por convite/convocação da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), órgão responsável pela limpeza da cidade, mas perdeu.
Chamamento público
No dia 5 de maio, a Prefeitura chegou a abrir um “chamamento público” para empresas interessadas em disputar o contrato bilionário de limpeza urbana. O comunicado foi publicado no Diário Oficial e os interessados poderiam apresentar os documentos de credenciamento e proposta comercial até 18 de maio.
No dia 26 de maio, a administração “tornou sem efeito” o chamamento sem explicar o motivo. As empresas interessadas não puderam nem apresentar os valores para o contrato.
“As propostas tinham um desconto de 10% a 15% no contrato atual”, disse Bruno Francisco Cabral Aurélio, advogado que defende a empresa que entrou com a ação na Justiça.
Contrato bilionário
O serviço de limpeza urbana é uma das maiores contratações da Prefeitura, com o custo de R$ 1,2 bilhão por ano. Atualmente, o serviço de varrição da capital é dividido em dois lotes:
- Um reúne as zonas Oeste, Norte, Centro e parte da Leste, e é administrado pelo Consórcio Inova.
- O outro agrupa a Zona Sul e a outra parte da Leste, e é administrado pela Soma.
Em dezembro do ano passado, o então secretário de Prefeituras Regionais, Cláudio Carvalho, disse que a Prefeitura tinha que fazer um contrato emergencial. "Nós não podemos parar 12 mil pessoas e nem o serviço de varrição nessa época de chuvas”, disse.
Seis meses se passaram e a Prefeitura vai ter que fazer outro contrato emergencial.
Polêmica
Essa não é a primeira polêmica envolvendo o serviço de varrição da capital. A Prefeitura tenta, desde outubro do ano passado, fazer a licitação para contratar os consórcios, mas até agora não conseguiu terminar o processo.
O Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu o edital naquela época por causa do modelo escolhido pela Prefeitura para a disputa, que seria uma concorrência pública.
Para o TCM, o ideal seria um pregão eletrônico onde o preço é fator determinante para a contratação da empresa diferente do que acontece na concorrência.
Em maio desse ano, o TCM suspendeu mais uma vez a licitação. O órgão apontou 19 irregularidades no edital.
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