quinta-feira, 14 de junho de 2018

Setor de serviços avança 1% em abril, aponta IBGE

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Fonte de informação .

G1 globo.com

ECONOMIA

Setor de serviços avança 1% em abril, aponta IBGE

Este foi o primeiro resultado positivo do ano para o setor. Na comparação com abril do ano passado, crescimento foi de 2,2%, mas o acumulado do ano ainda segue em queda de 0,6%.

Por Daniel Silveira, G1 Rio
 
Setor de transportes foi o que teve maior influência no resultado positivo do setor de serviços em abril, diz IBGE. (Foto: Reprodução  TV Globo)Setor de transportes foi o que teve maior influência no resultado positivo do setor de serviços em abril, diz IBGE. (Foto: Reprodução  TV Globo)
Setor de transportes foi o que teve maior influência no resultado positivo do setor de serviços em abril, diz IBGE. (Foto: Reprodução TV Globo)
O setor de serviços no Brasil avançou 1% em abril na comparação com março. Já na comparação com abril do ano passado, o avanço foi de 2,2% - a taxa mais alta desde março de 2015, quando foi de 2,3%. É o que aponta o levantamento divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o primeiro resultado positivo do ano para o setor que representa 70% da composição do PIB.
Índice de volume dos serviços mês a mês
Varição mês contra mês anterior em %
-3,4-3,41,31,30,20,21,21,2-0,7-0,7-1,1-1,100-0,2-0,2111,21,2-1,8-1,800-0,2-0,211Março 2017Abril 2017Maio 2017Junho 2017Julho 2017Agosto 2017Setembro 2017Outubro 2017Novembro 2017Dezembro 2017Janeiro 2018Fevereiro 2018Março 2018Abril 2018-4-3-2-1012
Fonte: IBGE
Com o crescimento de abril em relação a março, o setor de serviços está 11,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em novembro de 2014. Em março, essa distância era de 12,8%.
Segundo o IBGE, o acumulado do ano para o setor de serviços ficou em -0,6%. No acumulado dos últimos 12 meses o setor segue no vermelho, com queda de 1,4%. Esta, porém, é a taxa negativa menos intensa desde agosto de 2015, quando foi de -1,2%, conforme enfatizou o instituto.
O resultado positivo na comparação com março foi observado em quatro das cinco atividades investigadas pelo IBGE. O principal destaque foi para os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que teve crescimento de 1,2%, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que avançou 1,7%. Os serviços prestados às famílias tiveram alta de 1,5% e outros serviços de 0,7%.
De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, “os transportes, que têm peso de 30% sobre o índice, foram a atividade de maior influência, um pouco acima dos serviços profissionais, que representam 21%”. Ele destacou que o setor de transportes apresenta recuperação desde meados de 2017.
O único impacto negativo no mês veio dos serviços de informação e comunicação, que tiveram queda de 1,1%.
Na comparação com abril do ano passado também foi observado avanço em quatro das cinco atividades pesquisadas. A principal influência positiva também partiu dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com alta de 4,4%. Os demais avanços vieram de outros serviços (11,4%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,7%) e de serviços prestados às famílias (0,8%). Os serviços de informação e comunicação responderam pela única queda, de 1,6%, também nesta base de comparação.

Acumulado do ano segue no vermelho

No acumulado do ano, o setor de serviços se manteve no vermelho - encerrou abril com queda de 0,6%. Dentre as cinco atividades, três tiveram taxas negativas: serviços de informação e comunicação (-3,2%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,2%) e serviços prestados às famílias (-1,6%). Tiveram alta os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) e outros serviços (4,1%).

Queda na maioria dos estados

Na análise regional, o IBGE apontou que, na passagem de março para abril, apenas 11 dos 27 estados registraram avanço no volume de serviços. Os principais destaques positivos foram São Paulo, com alta de 1,7%, e Rio Grande do Sul, com alta de 5,7%. Os principais resultados negativos vieram da Bahia, com queda de 5,5%, e do Paraná, com queda de 2,1%.
Na comparação com abril do ano passado, também foi observada queda no volume de serviços na maioria dos estados. Apenas 12 dos 27 tiveram alta. São Paulo e Rio Grande do Sul novamente exerceram os principais impactos positivos, com alta, respectivamente, de 5,1% e 6,8%. Bahia e Rio de Janeiro tiveram as influências negativas mais relevantes, de -11,2% e -1,1%, respectivamente.
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