Tudo esta parado por falta de recursos financeiro esta aberto para investidores para todos os países ... Com os Projetos EAS e possível evoluir sem destruir o meio ambiente impacto ambiental zero .
ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .
ORDEM E PROGRESSO .
BRASIL NO SEU DIA A DIA .
Com os Projetos EAS e possível evoluir sem destruir o meio ambiente .
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Compartilhando com todos os amigos .
O governo petista dava uma de bonzinho enviando bilhões de reais para melhorias em países no estrangeiro Estados Brasileiros estavam indo a falência financeira .
G1 globo.com
VENEZUELANOS NO BRASIL .
Publicado em 03/09/2016
pesar da proximidade, moradores de cidades de Roraima nunca tinham visto tantos venezuelanos por lá. Os pedidos de refúgio no estado aumentaram 7.000% nos últimos dois anos. Em supermercados de cidades da fronteira, as vendas chegaram a dobrar. Os venezuelanos estão enchendo carrinhos com arroz, açúcar e outros alimentos, e também andam pelas ruas em busca de emprego e moradia. Muitos têm ensino superior, mas acabam assumindo funções que exigem menos qualificação. E, para economizar, dividem imóveis com conterrâneos na mesma situação.
A grave crise econômica e política no país vizinho e as facilidades para cruzar a fronteira enchem cidades de Roraima de venezuelanos em busca de alimentos e também de uma nova vida. Saiba como vivem os imigrantes e como as cidades se adaptam para receber novos moradores ou clientes com caixas cheias de bolívares.
INTRODUÇÃO
Inflação, insegurança e escassez de produtos básicos já eram o contexto da Venezuela em 2014, quando explodiram as manifestações de estudantes e opositores do governo de Nicolás Maduro que acabaram em confrontos violentos e a morte de pelo menos 40 pessoas.
Recentemente, porém, a situação se agravou. A inflação passou a ser a “maior do mundo”, segundo o FMI. A escassez de remédios levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”. O racionamento de energia, as longas filas nos supermercados e o aumento da criminalidade aumentaram o descontentamento social, os protestos e saques.
Recentemente, porém, a situação se agravou. A inflação passou a ser a “maior do mundo”, segundo o FMI. A escassez de remédios levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”. O racionamento de energia, as longas filas nos supermercados e o aumento da criminalidade aumentaram o descontentamento social, os protestos e saques.
Uma série de fatores agravou os problemas sociais e econômicos, como a alta dependência da importação de bens, a queda do preço do petróleo – maior fonte de suas divisas - e o controle estatal de produção e distribuição de produtos básicos.
A oposição tenta mobilizar o máximo de pessoas possível para conseguir realizar um referendo revogatório que tire Maduro do poder. Atualmente, as manifestações pressionam o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para dar sinal verde para o recolhimento das quatro milhões de assinaturas necessárias para realizar o referendo. Conheça abaixo algumas das histórias de venezuelanos que recorreram ao Brasil para se abrigar dos distúrbios em seu país.
UM NOVO LAR
Os dados são do Conselho Nacional de Refugiados (Conare), que, nos últimos três anos, recebeu ao todo 2.238 pedidos de refúgio de venezuelanos (37% deles foram feitos em Roraima). Esse tipo de visto se aplica a quem sofre perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas no país de origem. O documento também é concedido a quem vem de países onde há violação de direitos humanos.
Muitos dos venezuelanos chegam ao Brasil fugindo da grave crise política e econômica que atinge a Venezuela, onde a escassez de produtos básicos e de energia foi agravada com a queda do preço do petróleo. Eles pedem o visto de refúgio porque, mesmo tendo apenas a solicitação em mãos, já podem trabalhar legalmente no país.
Para fazer o pedido, o imigrante tem de buscar um posto da Polícia Federal. Depois, a solicitação vai para o Conare, que a analisa. Se for aceita, volta para a PF, que faz a emissão do visto de refugiado. Esse trâmite deveria levar, no mínimo, três meses. Na prática, no entanto, a espera pode ser bem maior. Conforme a PF, apenas nove pedidos de refúgio de venezuelanos foram analisados e concedidos entre janeiro de 2015 e agosto de 2016. Questionado pelo G1, o órgão não explicou por que ocorre a demora.
Roraima é a porta de entrada de muitos imigrantes pela facilidade da travessia entre a cidade brasileira Pacaraima e a venezuelana Santa Elena de Uairén, explica João Jarochinski, professor de relações internacionais da UFRR. "A fronteira com a Colômbia é de muito mais difícil acesso. Em contrapartida, a fronteira-seca [sem obstáculos naturais] entre Pacaraima e Santa Elena de Uairén é livre.” A passagem da Venezuela para a Colômbia foi fechada no ano passado, por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para evitar contrabando.
Para fazer o pedido, o imigrante tem de buscar um posto da Polícia Federal. Depois, a solicitação vai para o Conare, que a analisa. Se for aceita, volta para a PF, que faz a emissão do visto de refugiado. Esse trâmite deveria levar, no mínimo, três meses. Na prática, no entanto, a espera pode ser bem maior. Conforme a PF, apenas nove pedidos de refúgio de venezuelanos foram analisados e concedidos entre janeiro de 2015 e agosto de 2016. Questionado pelo G1, o órgão não explicou por que ocorre a demora.
Roraima é a porta de entrada de muitos imigrantes pela facilidade da travessia entre a cidade brasileira Pacaraima e a venezuelana Santa Elena de Uairén, explica João Jarochinski, professor de relações internacionais da UFRR. "A fronteira com a Colômbia é de muito mais difícil acesso. Em contrapartida, a fronteira-seca [sem obstáculos naturais] entre Pacaraima e Santa Elena de Uairén é livre.” A passagem da Venezuela para a Colômbia foi fechada no ano passado, por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para evitar contrabando.
Segundo o professor, a maioria dos venezuelanos que chega a Roraima tem o mesmo perfil: são jovens, homens e, geralmente, com formação universitária. É o caso do venezuelano Reinier Salazar, de 30 anos, que morava em Puerto Ordaz, a mais de 800 km de Boa Vista. Para conseguir emprego, ele teve de mudar de carreira. Formado em engenharia industrial, hoje trabalha como garçom na cidade.
"A situação na Venezuela é muito crítica. Lá eu cheguei a trabalhar como engenheiro, mas não há condições de viver no país. Não tem comida, e o dinheiro não dá para comprar coisas básicas, como alimentos e produtos de higiene", afirma Salazar, que já fez o pedido de refúgio. Ele é casado com uma engenheira venezuelana que também trabalha como garçonete em Roraima.
"A situação na Venezuela é muito crítica. Lá eu cheguei a trabalhar como engenheiro, mas não há condições de viver no país. Não tem comida, e o dinheiro não dá para comprar coisas básicas, como alimentos e produtos de higiene", afirma Salazar, que já fez o pedido de refúgio. Ele é casado com uma engenheira venezuelana que também trabalha como garçonete em Roraima.
A advogada Carol Formaniak saiu de seu país para virar operadora de caixa de um supermercado em Boa Vista. Até outubro de 2015, ela morava em Ciudad Bolívar, no Sudeste da Venezuela, com o filho e o marido. Especialista em direitos de crianças e mulheres, dava palestras e chegou a ser assessora jurídica de uma vice-primeira-dama do Estado de Bolívar.
"Guardei todos os meus sonhos porque tenho filho e não queria que nós estivéssemos na Venezuela neste grave momento", diz Carol, que se mudou para o Brasil há quase um ano e também aguarda resposta sobre o pedido de refúgio. Hoje ela ganha dois salários mínimos, mas continua em busca de condições melhores e, se possível, na sua área. "Primeiro, eu entregava meu currículo completo, mas depois comecei a tirar tudo. Fiz isso chorando, mas foi a única maneira para conseguir esse emprego. Mesmo assim, não me rendo, estou lutando."
"Guardei todos os meus sonhos porque tenho filho e não queria que nós estivéssemos na Venezuela neste grave momento", diz Carol, que se mudou para o Brasil há quase um ano e também aguarda resposta sobre o pedido de refúgio. Hoje ela ganha dois salários mínimos, mas continua em busca de condições melhores e, se possível, na sua área. "Primeiro, eu entregava meu currículo completo, mas depois comecei a tirar tudo. Fiz isso chorando, mas foi a única maneira para conseguir esse emprego. Mesmo assim, não me rendo, estou lutando."
Para tentar um emprego na área ao chegar no Brasil, o engenheiro mecânico Samuel Caycedo se preparou. Fez aulas de português e correu atrás dos documentos para revalidação do diploma. Em 2015, ele entrou no país pela fronteira entre o Panamá e o Amazonas, onde fez o pedido de refúgio. No entanto, como não conseguiu emprego no Polo Industrial de Manaus, se mudou para a capital de Roraima.
"Quando cheguei a Boa Vista, vi que teria de arrumar um emprego logo. Então, tive de recomeçar por baixo", disse. Depois de trabalhar como garçom e atendente em shopping, finalmente o engenheiro conseguiu um emprego na sua área. Em uma loja de manutenção de tacógrafos e taxímetros, ele é o responsável por testar equipamentos que medem velocidade, como velocímetros de carro.
Agora, recebendo mais de dois salários mínimos, Samuel consegue ajudar os pais e o irmão que continuam na Venezuela. "Sinto saudade de casa, mas por enquanto não há condições de voltar pra lá. Estou feliz com meu trabalho aqui e quero continuar vivendo em Roraima pelos próximos anos."
"Quando cheguei a Boa Vista, vi que teria de arrumar um emprego logo. Então, tive de recomeçar por baixo", disse. Depois de trabalhar como garçom e atendente em shopping, finalmente o engenheiro conseguiu um emprego na sua área. Em uma loja de manutenção de tacógrafos e taxímetros, ele é o responsável por testar equipamentos que medem velocidade, como velocímetros de carro.
Agora, recebendo mais de dois salários mínimos, Samuel consegue ajudar os pais e o irmão que continuam na Venezuela. "Sinto saudade de casa, mas por enquanto não há condições de voltar pra lá. Estou feliz com meu trabalho aqui e quero continuar vivendo em Roraima pelos próximos anos."
DIVIDINDO OS GASTOS
Em um condomínio na Zona Leste de Boa Vista, ao menos 15 venezuelanos moram no mesmo prédio. A engenheira industrial venezuelana Leomarys Duarte, de 32 anos, está entre eles. Há quatro meses, ela saiu da cidade de San Felix e percorreu 814 km até a capital de Roraima.
"Procurei imobiliárias, mas os aluguéis eram muito caros", diz Leomarys, que trabalha como auxiliar de cozinha em um shopping. Ela divide por três o aluguel de R$ 800 do apartamento de três quartos, dois banheiros, cozinha, sala de estar e área de serviço. O contrato foi fechado diretamente com o proprietário do imóvel.
Francisco Gomes, de 34 anos, vice-síndico do condomínio onde Leomarys mora, diz notar desde dezembro de 2015 a presença crescente dos estrangeiros. "Por semana, recebo de quatro a cinco ligações de venezuelanos procurando apartamentos", afirma.
Muitos venezuelanos que estão Roraima trouxeram os filhos. Só em 2015, havia 114 alunos venezuelanos nas escolas estaduais, conforme o Censo Escolar, da Secretaria de Educação do estado. No mesmo ano, as escolas municipais de Boa Vista tinham 49 crianças venezuelanas matriculadas. Ainda não há dados de 2016.
"Procurei imobiliárias, mas os aluguéis eram muito caros", diz Leomarys, que trabalha como auxiliar de cozinha em um shopping. Ela divide por três o aluguel de R$ 800 do apartamento de três quartos, dois banheiros, cozinha, sala de estar e área de serviço. O contrato foi fechado diretamente com o proprietário do imóvel.
Francisco Gomes, de 34 anos, vice-síndico do condomínio onde Leomarys mora, diz notar desde dezembro de 2015 a presença crescente dos estrangeiros. "Por semana, recebo de quatro a cinco ligações de venezuelanos procurando apartamentos", afirma.
Muitos venezuelanos que estão Roraima trouxeram os filhos. Só em 2015, havia 114 alunos venezuelanos nas escolas estaduais, conforme o Censo Escolar, da Secretaria de Educação do estado. No mesmo ano, as escolas municipais de Boa Vista tinham 49 crianças venezuelanas matriculadas. Ainda não há dados de 2016.
COMPRAS EM RORAIMA
"Viajamos 15 horas para comprar comida. Na Venezuela só podemos comprar comida fracionada, dois pacotes de macarrão, dois sacos de arroz, uma quantidade que não dura um mês. Juntamos 16 famílias e fretamos um ônibus para vir comprar comida aqui. É mais caro, mas tem", disse o mecânico Jesus Guevara, que percorreu os 878 km entre a cidade de El Tigre e Boa Vista.
Dono de uma empresa de construção, o venezuelano Jesus Socadagui, de 57 anos, diz que a única forma que encontrou para alimentar a mulher e o filho foi viajar os 832 km que separam Puerto Ordaz, no Nordeste da Venezuela, de Boa Vista.
"A situação que estamos vivendo na Venezuela é de não conseguir achar comida, os supermercados de lá estão vazios. Por isso, recorremos ao Brasil para conseguir sobreviver. As coisas na Venezuela estão cada dia piores", afirmou Socadagui enquanto fazia compras em um supermercado na zona Oeste da capital.
Dono de uma empresa de construção, o venezuelano Jesus Socadagui, de 57 anos, diz que a única forma que encontrou para alimentar a mulher e o filho foi viajar os 832 km que separam Puerto Ordaz, no Nordeste da Venezuela, de Boa Vista.
"A situação que estamos vivendo na Venezuela é de não conseguir achar comida, os supermercados de lá estão vazios. Por isso, recorremos ao Brasil para conseguir sobreviver. As coisas na Venezuela estão cada dia piores", afirmou Socadagui enquanto fazia compras em um supermercado na zona Oeste da capital.
Na cidade de fronteira de Pacaraima, as vendas dobraram neste ano, segundo dados da Associação Comercial e Industrial do Estado (Acir). Em Boa Vista, o crescimento foi de 30%. No dia 8 de agosto, na estrada que liga Pacaraima a cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén, mais de 10 ônibus esperavam por alimentos no acostamento.
A Receita Federal explica que cada estrangeiro pode sair do Brasil levando até US$ 2 mil em comida e produtos de higiene para consumo pessoal ou comercial. O valor da carga pode ser maior se os itens foram apenas para consumo próprio.
A Receita Federal explica que cada estrangeiro pode sair do Brasil levando até US$ 2 mil em comida e produtos de higiene para consumo pessoal ou comercial. O valor da carga pode ser maior se os itens foram apenas para consumo próprio.
Para levar o máximo de comida possível, respeitando os limites da alfândega, uma família de 10 pessoas adultas costuma fazer a viagem de Puerto Ordaz a Boa Vista todos os meses. "Esta é a quinta vez que fazemos esse percurso. Compramos o suficiente para passar o mês e depois voltamos aqui para comprar mais", diz um pastor de 58 anos, que pediu para não ser identificado.
Ele afirma que a maior dificuldade enfrentada pelos venezuelanos que fazem compras em Roraima é o preço do combustível. No país vizinho, o litro da gasolina custa em média R$ 0,58, enquanto que em Roraima a mesma quantidade não sai por menos R$ 3,87.
A sobrinha dele, uma comerciante de 23 anos, explica que a família também compra comida para doar a quem precisa e não tem condições de viajar ao Brasil. "As escolas não têm merenda e há relatos de crianças que desmaiam durante as aulas por causa da fome. Enquanto isso, as autoridades venezuelanas não nos dão respostas. Muitas pessoas vão até nossa casa pedir comida e, como temos um pouco de reserva, doamos para quem precisa."
Ele afirma que a maior dificuldade enfrentada pelos venezuelanos que fazem compras em Roraima é o preço do combustível. No país vizinho, o litro da gasolina custa em média R$ 0,58, enquanto que em Roraima a mesma quantidade não sai por menos R$ 3,87.
A sobrinha dele, uma comerciante de 23 anos, explica que a família também compra comida para doar a quem precisa e não tem condições de viajar ao Brasil. "As escolas não têm merenda e há relatos de crianças que desmaiam durante as aulas por causa da fome. Enquanto isso, as autoridades venezuelanas não nos dão respostas. Muitas pessoas vão até nossa casa pedir comida e, como temos um pouco de reserva, doamos para quem precisa."
Na Venezuela, a moeda corrente é o bolívar. No câmbio oficial, R$ 1 equivale a 3,10 bolívares. Já no câmbio alternativo, mais usado em Boa Vista e Pacaraima, R$ 1 custa 350 bolívares. O câmbio alternativo não é reconhecido pelo Banco Central.
Cleo Carvalho, gerente de um comércio atacadista na zona Oeste de Boa Vista, diz que com o aumento das compras feitas por venezuelanos na capital e, portanto, da demanda, alguns preços subiram para os comerciantes, que têm de trazer produtos alimentícios de outros estados. Ele afirma que não repassa todo o aumento para os clientes.
"Compramos os alimentos das indústrias e, desde que houve esse crescimento nas vendas, o fardo do arroz saiu de R$ 70 para R$ 90 [para os comerciantes], e o de açúcar saiu de R$ 70 para R$ 92. Por conta desses aumentos, nosso lucro é baixo e quase não há diferença entre o nosso ganho atual e o anterior à vinda dos venezuelanos", diz Carvalho.
Cleo Carvalho, gerente de um comércio atacadista na zona Oeste de Boa Vista, diz que com o aumento das compras feitas por venezuelanos na capital e, portanto, da demanda, alguns preços subiram para os comerciantes, que têm de trazer produtos alimentícios de outros estados. Ele afirma que não repassa todo o aumento para os clientes.
"Compramos os alimentos das indústrias e, desde que houve esse crescimento nas vendas, o fardo do arroz saiu de R$ 70 para R$ 90 [para os comerciantes], e o de açúcar saiu de R$ 70 para R$ 92. Por conta desses aumentos, nosso lucro é baixo e quase não há diferença entre o nosso ganho atual e o anterior à vinda dos venezuelanos", diz Carvalho.
Comerciantes de Pacaraima também reclamam do baixo lucro, mas em razão da concorrência com Boa Vista. “Tivemos que baixar a porcentagem de lucro para continuar vendendo, porque senão os venezuelanos iriam para Boa Vista. Antes de crise na Venezuela, nossa margem de lucro era de 25%, hoje é de 15%", diz Moabi da Costa Lima, que tem um supermercado há 11 anos na cidade.
Mas há quem veja oportunidades com a chegada dos venezuelanos. Há dois meses, Graziela Nunes Torres fechou a loja que tinha em Boa Vista para abrir um mercado em Pacaraima. "Dentro da loja tem 500 fardos de arroz e, em cerca de um dia e meio, todos são vendidos. Valeu a pena fechar o comércio em Boa Vista. Estamos vendendo muito. O lucro é pouco, mas é melhor do que lá. Aqui todo dia vende."
Mas há quem veja oportunidades com a chegada dos venezuelanos. Há dois meses, Graziela Nunes Torres fechou a loja que tinha em Boa Vista para abrir um mercado em Pacaraima. "Dentro da loja tem 500 fardos de arroz e, em cerca de um dia e meio, todos são vendidos. Valeu a pena fechar o comércio em Boa Vista. Estamos vendendo muito. O lucro é pouco, mas é melhor do que lá. Aqui todo dia vende."
DEPORTAÇÕES
Estão em situação irregular os estrangeiros que trabalham no Brasil e não fizeram o pedido de refúgio ou têm apenas o visto de turista. Quando policiais fazem operações e flagram venezuelanos nessa situação, eles são levados para a fronteira de Santa Elena de Uairén, onde são entregues às autoridades do país vizinho.
Há oito dias em Roraima, uma cabeleireira venezuelana de 56 anos nascida em Caracas, capital da Venezuela, é uma das que ainda não se regularizou. Ela disse que separou os documentos para pedir o refúgio, mas não ainda não foi à Polícia Federal e não quis comentar os motivos. Agora, se vê obrigada a trabalhar limpando para-brisas de carros em um semáforo no Centro de Boa Vista.
Há oito dias em Roraima, uma cabeleireira venezuelana de 56 anos nascida em Caracas, capital da Venezuela, é uma das que ainda não se regularizou. Ela disse que separou os documentos para pedir o refúgio, mas não ainda não foi à Polícia Federal e não quis comentar os motivos. Agora, se vê obrigada a trabalhar limpando para-brisas de carros em um semáforo no Centro de Boa Vista.
"Há cerca de três meses na Venezuela, um dos meus filhos saiu de casa para tentar comprar remédios para a esposa que havia feito uma cirurgia no útero. No caminho, ele foi surpreendido por um grupo, que o baleou e roubou o carro dele. Agora, meu filho está muito debilitado, não pode trabalhar e tem dois filhos. Assim, tive que tomar a decisão de vir trabalhar em Roraima, porque o que ganhava no salão era o equivalente a R$ 50 por mês. Hoje, na Venezuela, um quilo de arroz custa o equivalente a R$ 10", conta.
Trabalhando no semáforo, a cabeleireira afirma ganhar R$ 10 por dia. O ganho ainda não é suficiente para ajudar a família, mas, segundo ela, já a permite sobreviver. "Consigo comprar comida com o que ganho. Depois que obter o refúgio, irei em busca de outros trabalhos aqui em Roraima", afirma.
Antes de a mulher vir ao Brasil, outro filho dela já estava em Roraima, trabalhando como flanelinha. O homem, de 38 anos, chegou ao estado em 2014 e fez o pedido de refúgio. Ele diz que não trabalha com carteira assinada porque ainda não encontrou emprego fixo. "A gente criou toda uma vida lá, e tivemos que abandonar nosso país, deixar tudo."
Trabalhando no semáforo, a cabeleireira afirma ganhar R$ 10 por dia. O ganho ainda não é suficiente para ajudar a família, mas, segundo ela, já a permite sobreviver. "Consigo comprar comida com o que ganho. Depois que obter o refúgio, irei em busca de outros trabalhos aqui em Roraima", afirma.
Antes de a mulher vir ao Brasil, outro filho dela já estava em Roraima, trabalhando como flanelinha. O homem, de 38 anos, chegou ao estado em 2014 e fez o pedido de refúgio. Ele diz que não trabalha com carteira assinada porque ainda não encontrou emprego fixo. "A gente criou toda uma vida lá, e tivemos que abandonar nosso país, deixar tudo."
CRÉDITOS:
Reportagem: Emily Costa e Inaê Brandão
Produção: Emmily Melo
Edição: Amanda Polato
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Edição: Amanda Polato
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