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G1 globo.com
27/09/2016 18h13 - Atualizado em 27/09/2016 21h28
Cesan está em lista de propinas da Odebrecht investigada na Lava Jato
Documento foi divulgado em primeira mão pelo G1 no Espírito Santo.
Cesan disse que todos os seus contratos são licitados conforme as normas.
Bruno DalviDo G1 ES
Relatório feito pela Polícia Federal enviado ao juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, e que serviu de base para 35ª fase da Operação Lava Jato, mostra uma lista de obras em que a Odebrecht teria pago propina. Nessa lista aparecem obras feitas pela empreiteira para a Cesan, a Companhia Espírito Santense de Saneamento. Nas planilhas secretas, os beneficiários são identificados por codinomes.
Por nota, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) declarou que todos os seus contratos são licitados conforme as normas jurídicas vigentes e obedecem ao devido processo legal. A Companhia acrescentou que desconhece o teor das investigações.
O documento foi divulgado em primeira mão pelo G1 no Espírito Santo.
Obra da Cesan é citada em lista de propinas da Odebrecht (Foto: Reprodução/ Documento da PF)
"Relaciono algumas das obras públicas e/ou consórcios e empresas indicadas no documento mencionado, repetindo que, por se tratarem de arquivos recuperados, estão parcialmente corrompidos, não sendo permitindo vincular diretamente as obras e/ou consórcios e empresas indicadas com os beneficiários encontrados e mencionados acima. No entanto, é indubitável que os nomes que colaciono motivaram pagamento de vantagens indevidas a agentes ainda não identificados", diz um trecho do relatório.
De acordo com as investigações em poder da operação Lava Jato, a lista com os nomes das empresas e instituições foi apreendida no computador de uma funcionária da Odebrecht que aceitou fazer delação premiada.
A lista é intitulada "Indicação de obras relacionadas aos pagamentos ilícitos efetuados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht".
Segundo o documento, "os pagamentos ilícitos foram feitos em 2010 através do Setor de Operações Estruturadas da ODEBRECHT", apelidado pelos investigadores de "setor de propinas", com alguns endereços de entregas e contatos dos responsáveis pelo recebimento dos pagamentos em espécie. O documento não traz os valores pagos em propina.
A estatal capixaba é uma das 38 empresas e obras que constam no documento de 64 páginas assinado pelo delegado federal Filipe Hille Pace, que integra a força-tarefa da Lava Jato.
Além das obras da Cesan, no Espírito Santo, uma série de outras obras no Brasil e no exterior aparecem na lista de pagamento de propina por parte da Odebrecht.
Documento da PF cita obra da Cesan em lista de propina da Odebrecht (Foto: Reprodução/ Documento da PF)
35ª fase da Lava Jato
As 35ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Omertà, levou a prisão de Antônio Palocci, ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula.
As 35ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Omertà, levou a prisão de Antônio Palocci, ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula.
Ao todo, foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
O ex-secretário da Casa Civil Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic, que atuou como assessor na campanha de Palocci em 2006, também foram presos.
Nesta fase, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva em Vitória,quando o ex-funcionário da Prefeitura de Vitória Gradiston Coelho da Silva foi conduzido para prestar depoimento na sede da Polícia Federal do Espírito Santo.
Operação Omertà
Segundo a PF, o nome da operação, Omertà, é uma referência à "origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da fase, bem como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do setor de operações estruturadas”, permitiu o aprofundamento das investigações.
Segundo a PF, o nome da operação, Omertà, é uma referência à "origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da fase, bem como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do setor de operações estruturadas”, permitiu o aprofundamento das investigações.
Além disso, o nome remete à postura atual do comando da empresa, que se mostra "relutante em assumir e descrever os crimes praticados".
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