Projetos EAS compartilhando com todos os amigos .
G1 globo.com
27/09/2016 08h59 - Atualizado em 27/09/2016 08h59
Comércio mundial deve crescer menos, puxado por Brasil e China
Estimativa da OMC é de uma alta de 1,7%; previsão anterior era de 2,8%.
Segundo a organização, PIB mundial deve aumentar 2,2%.
Da France Presse
A Organização Mundial do Comércio (OMC) anunciou uma redução drástica da previsão de crescimento do comércio mundial para 2016, com a advertência de que será a expansão mais lenta desde a crise financeira.
De acordo com a estimativa anunciada nesta terça-feira, o comércio mundial deve crescer 1,7% este ano, muito menos que a previsão de 2,8% de abril.
A desaceleração "se deve a uma queda mais forte que o previsto do volume do comércio de mercadorias no primeiro trimestre (-1,1% na comparação com o trimestre anterior, estabelecido pela média de exportações e importações corrigidas das variações sazonais) e a uma recuperação mais frágil do que o previsto no segundo trimestre (0,3%)", afirma a OMC em um comunicado.
De acordo com a organização, a desaceleração do crescimento do PIB e do comércio nas economias em desenvolvimento, como China e Brasil, mas também na América do Norte, provocou a revisão.
A previsão para 2017 também foi reduzida. O crescimento ficaria entre 1,8% e 3,1%, contra 3,6% da estimativa anterior.
"A impressionante desaceleração do comércio é grave e deve servir de sinal de alerta", afirmou o diretor geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo.
"É particularmente inquietante dada a hostilidade crescente à globalização", completou.
A OMC antecipa que o PIB real no mundo deve aumentar 2,2%.
"Se a projeção revisada for confirmada, 2016 será o ano em que pela primeira vez em 15 anos que a razão comércio/crescimento do PIB mundial ficará abaixo de 1 por 1", destaca a OMC.
Vários sinais apontam para uma recuperação do comércio mundial no segundo semestre, como a expansão do tráfego dos portos de contêineres ou o aumento dos encargos para a exportação nos Estados Unidos.
"Mas várias incertezas pesam nas perspectivas para o restante do ano e o próximo", adverte a organização.
"Como por exemplo a volatilidade financeira provocada pelas mudanças que afetam a política monetária dos países desenvolvidos, a possibilidade de que os discursos contra o comércio se reflitam cada vez mais nas políticas comerciais e os efeitos potenciais da votação do 'Brexit' na Grã-Bretanha", afirma a OMC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário