terça-feira, 1 de agosto de 2017

Secretário-geral da ONU pede 'solução política' para crise na Venezuela; UE condena prisão de opositores

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15/05/2017 07:54 horas .

Fonte de informação

G1 globo.com

Secretário-geral da ONU pede 'solução política' para crise na Venezuela; UE condena prisão de opositores

António Guterres fez um apelo a todos os venezuelanos para que façam todos os esforços possíveis para reduzir tensões, evitar mais violência e perdas de vidas.

Por G1
 
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu nesta terça-feira (01) negociações políticas urgentes entre o governo da Venezuela e a oposição em um esforço para conter a escalada das tensões políticas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres (Foto: Lucas Jackson/Reuters)O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres (Foto: Lucas Jackson/Reuters)
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres (Foto: Lucas Jackson/Reuters)
"O secretário-geral faz um apelo a todos os venezuelanos, particularmente aqueles que representam os poderes do Estado, para que façam todos os esforços possíveis para reduzir tensões, evitar mais violência e perdas de vidas, assim como para encontrar caminhos para o diálogo político", declarou o porta-voz da ONU Stephane Dujarric em comunicado, acrescentando "o único caminho adiante é o do diálogo político".

Críticas europeias

A União Europeia (UE), por sua parte, criticou a prisão dos opositores ao regime de Maduro, a considerando como "um passo na direção errada". O bloco europeu estaria avaliando a possibilidade de aplicar sanções contra a Venezuela.
"Há umas semanas, comemoramos a transferência de Leopoldo López da prisão à detenção domiciliar. Hoje, esse gesto foi um passo na direção errada", afirmou Catherine Ray, porta-voz de Relações Exteriores da Comissão Europeia.
"Esperamos mais informações por parte das autoridades da Venezuela sobre essa situação, que continua não clara", insistiu a porta-voz da UE.
Ray também salientou como a EU "não pode reconhecer o resultado do voto para a Assembleia Constituinte" destacando como Bruxelas se recusará a reconhecer as leis promulgadas pela nova Assembleia.
O bloco já tinha expressado “dúvidas sobre a validade do resultado" em um comunicado divulgado no final de julho, indicando como a nova Assembleia "não pode ser parte da solução" e sua eleição ocorreu em meio à violência e "condições duvidosas".
Bruxelas pediu que Maduro "trabalhe com urgência para adotar medidas que construam a confiança para reduzir a tensão e impulsionar melhores condições para reiniciar os esforços em direção de uma solução pacífica e negociada".

EUA e Brasil pedem libertação de líderes da oposição

Os Estados Unidos também expressaram profundas preocupações pela prisão dos dois líderes da oposição e pediram a libertação imediata dos prisioneiros e o restabelecimento da democracia na Venezuela.
O Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, afirmou que a prisão de López e Ledezma é "muito alarmante". "Nós pedimos a libertação imediata dos dois", informou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.
O Brasil também exigiu a libertação imediata dos opositores. No comunicado do Iamaraty, o governo diz que "a prisão de dois dos mais importantes opositores ao governo do presidente Nicolás Maduro é mais uma demonstração da falta de respeito às liberdades individuais e ao devido processo legal, pilares essenciais do regime democrático".

Reino Unido retira familiares de diplomatas

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido publicou em seu site uma nota com a qual aconselha seus cidadãos a evitar qualquer viagem, exceto as essenciais, para a Venezuela, devido à forte instabilidade política no país. Além disso, a partir desta terça-feira todos os parentes dos funcionários da Embaixada Britânica em Caracas foram repatriados.
"Existe um risco de interrupção significativa nos transportes para dentro e fora da Venezuela. Se a situação política piorar, a Embaixada Britânica poderá sofrer limitações na assistência que ela pode providenciar", informou a Chancelaria do Reino Unido.
Na última quinta-feira os Estados Unidos ordenam que familiares de membros da embaixada saiam da Venezuela. Os integrantes da missão diplomática norte-americana receberam a autorização para a saída voluntária do país e cidadãos foram aconselhados a não viajarem para a Venezuela.
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