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G1 globo.com
Executivos da Odebrecht superfaturavam obras para ganhar bônus da empresa
Hilberto Mascarenhas, chefe do departamento criado para controlar repasses ilegais, detalhou esquema em delação premiada.
A Odebrecht sempre teve como prática estimular resultados de maneira agressiva, oferecendo bônus, um pagamento extra, para quem atingisse as metas da empresa.
Só que algumas vezes, para chegar a essas metas, os executivos superfaturavam obras e pagavam propina, contou Hilberto Mascarenhas, chefe do departamento criado para controlar repasses ilegais. A afirmação foi feita ao Ministério Público Federal em acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
"O que era combinado era o seguinte: eu vou lhe pagar bônus em função do resultado que você tem. E nós vamos negociar isso anualmente", disse Mascarenhas. "Então, fazia qualquer coisa que tinha que fazer pra poder atingir. Você pedir pra um cara desse que queria aumentar o faturamento da obra dele, mas que o faturamento da obra dele pra aumentar tinha que fazer um aditivo, e esse aditivo estava em cima da mesa de alguém que não estava aprovando, ele ia fazer miséria pra aprovar esse aditivo, aumentar a obra".
O contrato de rescisão dele com a Odebrecht indica que ele recebia um salário de R$ 330 mil e ganhou R$ 624 mil quando deixou a empresa. Fora os bônus, pagos até no exterior. "Ele [Marcelo Odebrecht] resolveu atribuir aqui para Hilberto, no ano de 2014, US$ 400 mil", disse ele.
Esses bônus, e mais todos os salários que os delatores receberam durante os anos em que cometeram crimes, agora serão a base do cálculo da multa que cada um deles terá que pagar para acertar as contas com a justiça.
Multa de R$ 500 milhões e devolução de bônus
Essas multas, somadas, chegam a cerca de R$ 500 milhões de reais. Além disso, os executivos que receberam bônus via caixa dois - geralmente em contas no exterior - terão de devolvê-los integralmente. Só depois de tudo pago, os delatores terão suas contas pessoais e bens desbloqueados.
Dos 77 delatores, 51 foram demitidos e 26 continuam na Odebrecht. Mas todos receberam indenizações da empresa e podem usar esse dinheiro para pagar multas. As multas individuais não fazem parte da que a empresa vai pagar: US$ 2 bilhões e 600 milhões, prevista no acordo de leniência.
Executivos de outras empresas que também fecharam acordos de colaboiração, como Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, também tiveram que aceitar o pagamento de multas individuais.
Carta aos funcionários
Em uma carta enviada na segunda (16) a todos os 80 mil funcionários, o atual presidente do grupo, Newton de Souza, destacou que a Odebrecht ofereceu todas as condições para que os delatores estivessem absolutamente tranquilos em relação à própria sobrevivência e à de suas famílias.
Hilberto Mascarenhas, do departamento de propinas, disse que não pensa em trabalhar depois de pagar sua pena e tirar a tornozeleira eletrônica. Ele foi um dos demitidos da Odebrecht.
Ao ser perguntado se queria outro trabalho, Mascarenhas respondeu: "Não. Não fui e nem quero. Eu quero curtir a minha vida quando 'ocês' tirarem esse negócio do meu pé e eu puder viajar, curtir o que eu, os 40 anos que eu trabalhei, que tô 'pra' justificar o que eu vou fazer agora".
Mascarenhas deu exemplos de valores, durante seu depoimento. “A Odebrecht tem umas formas de trabalhar com delegação plena. Esse assunto cabe ao líder empresarial [executivo] que decidiu assumir um custo de R$ 100 milhões, 150 milhões [com pagamento a políticos]. Ele assumiu aquilo, ele sabe que aqueles R$ 150 milhões vão afetar ele na veia. Que se o resultado dele for R$ 300 milhões e ele ganha 10% [de bônus], ele ganha R$ 30 milhões no bolso dele. E ele vendeu R$ 150 [milhões em propina], e ele só vai ter o resultado de R$ 150 milhões. Em vez de R$ 300 milhões, só vai ter o resultado de R$ 150 milhões, ele só vai botar no bolso dele R$ 15 milhões. Ele vai botar no ralo 15 milhões dele”, afirmou o executivo.
O delator diz que chegou a propor a Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, que fosse criado um sistema para acompanhar o cumprimento das contrapartidas pelos políticos, mas que o empresário não aceitou e disse que esse trabalho deveria ser feito pelos executivos que acertaram o pagamento da propina.
“Fui propor a Marcelo [o sistema de acompanhamento]. Marcelo disse: ‘não, isso não é seu trabalho. Isso é responsabilidade do cara lá [executivo]. Ele é que tem que saber quanto é que ele deu para A, B, C e D e cobrar desses caras. E se esses caras não derem a ele o que lhe cobraram, na eleição seguinte ele não dá [nova propina ou caixa dois] pros caras”, relatou Mascarenhas.
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